sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Arqueólogos teriam achado selo de Adonias, filho do rei Davi


Fonte: Sputniknews

Arqueólogos encontram o que seria o selo de um dos filhos do rei Davi, Adonias, durante escavações no Muro das Lamentações, em Israel.

O objeto tem cerca de 2.600 anos e era usado para selar cartas. O selo tem a escrita "pertence a Adonias, o mordomo real" e seu comprimento é de apenas um centímetro.

A relíquia foi encontrada durante escavações feitas nas fundações do Muro das Lamentações, ponto importante para os judeus por se tratar da única parte ainda em pé do chamado Terceiro Templo, ou mais conhecido como Templo de Herodes.

O selo seria de Adonias. Acredita-se que este seria o mesmo Adonias descrito no livro bíblico de I Crônicas, onde ele é referido como filho do rei Davi, o mais proeminente monarca judeu na Bíblia.

De acordo com a Fundação Cidade de Davi, existem três pessoas com o nome Adonias na Bíblia, sendo o mais famoso um dos filhos do rei Davi.

No selo, Adonias é descrito como um mordomo real, em hebraico "Asher al Habayit". Este posto seria de extrema importância nos assuntos reais. É com essa mesma designação que José, filho de Jacó, foi referido ao se tornar governador do Egito, conforme o livro bíblico de Gêneses descreve.

Importância arqueológica
O achado surpreendeu os pesquisadores israelenses. Eli Shukron, um dos arqueólogos da equipe, falou da importância do selo em entrevista ao The Times of Israel.

"Depois de 2.600 anos, você pega este selo que era usado para selar cartas escritas há 2.600 anos pelo maior ministro do reino. Isso é uma coisa incrível [...] Isso faz meu coração parar de tanta emoção", disse Shukron.

Segundo Shukron, o selo poderá resolver outros mistérios da história de Israel. Em 1870, uma sepultura com os dizeres "mordomo real" foi achada no país. Arqueólogos querem agora saber se esta seria a sepultura de Adonias.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Arqueólogos descobrem mosaico bíblico de 1.600 anos que narra o fim dos dias


Mais um achado arqueológico extraordinário está lançando luz sobre a história do povo hebreu, descrita na Bíblia Sagrada. Se trata de uma escavação conduzida pela professora Jodi Magness, da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill.

Os estudos, porém, foram realizados na antiga vila de Huqoq, na Baixa Galileia de Israel. Foi nesse local que a equipe de Magness, composta por vários especialistas, realizam escavações há nove anos.

Eles encontraram peças de mosaico que retratam passagens da Bíblia Sagrada, especificamente do Antigo Testamento. “Descobrimos a primeira representação do episódio de Elim já encontrado na antiga arte judaica”, disse Magness.

Os pesquisadores se concentraram nos restos de uma sinagoga romana, datada de 1.600 anos atrás. “Elim é onde os israelitas acamparam depois de deixar o Egito e vagando no deserto sem água”, disse Magness, referindo-se a passagem descrita no livro de Êxodo, capítulo 15, versículo 27.

Nos mosaicos, há uma peça que também descreve uma passagem que se encontra no capítulo 7 do livro de Daniel. O estado de conservação das peças e a clareza dos detalhes permitiram aos pesquisadores concluir com precisão a natureza dos mosaicos.

“O painel de Daniel é interessante porque aponta para expectativas escatológicas, ou do final do dia, entre esta congregação”, disse Magness. “O painel de Elim é interessante, pois é geralmente considerado um episódio relativamente pequeno nas andanças pelo deserto dos israelitas – o que levanta a questão de por que ele foi significativo para essa congregação judaica da Baixa Galiléia.”.

Achados arqueológicos e a precisão bíblica
Chama atenção do mundo científico, especificamente dos arqueologistas, o grande número de achados históricos que confirmam a precisão dos textos bíblicos.

Desde a obra clássica chamada “E a Biblia Tinha Razao”, escrita por Werner Keller, lançada ainda em 1955, até os dias de hoje, o número de achados arqueológicos em prol da cultura judaico-cristã só tem aumentado.

“Nosso trabalho lança luz sobre um período em que nossas únicas fontes escritas sobre o judaísmo são literatura rabínica dos sábios judeus desse período e referências na literatura cristã primitiva”, disse Magness, comemorando a importância dos mosaicos.

A pesquisadora destacou que o lapso histórico acerca das evidências sobre o paradeiro do povo judeu em um determinado período antes de Cristo, e no primeiro século, agora pode ser melhor compreendido a partir dos novos achados.

“A arqueologia preenche essa lacuna, lançando luz sobre aspectos do judaísmo entre os séculos IV e VI aC – sobre os quais não saberíamos nada de outra forma”, disse Magness, segundo informações da Universidade da Carolina do Norte.

“Nossas descobertas indicam que o judaísmo continuou a ser diverso e dinâmico muito depois da destruição do segundo templo de Jerusalém em 70 EC.”, conclui ela.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Cidade bíblica onde Davi se escondeu de Saul é descoberta em Israel

Fonte: Ministério Engel (GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL)

Depois de anos de busca, os pesquisadores dizem finalmente ter localizado a cidade filisteia onde Davi se escondeu do rei Saul antes de ascender à monarquia de Israel.

Sítio arqueológico em Khirbet a-Ra’i, onde os pesquisadores acreditam ter localizado a cidade bíblica de Ziclague. (Foto: Autoridade de Antiguidades de Israel)
Apontando a historicidade do rei bíblico Davi, uma equipe internacional de arqueólogos informou nesta segunda-feira (8) a descoberta da cidade filistéia de Ziclague, que ainda não tinha sua localização identificada.

Ziclague é mencionada na Bíblia como a cidade filistéia na qual Davi se refugiou do rei Saul, com a permissão de Aquis, rei de Gate. Depois de derrotar os incursores e receber a notícia da morte de Saul em Ziclague, Davi deixou a cidade e partiu para Hebrom, onde foi ungido rei de Israel.

Mais tarde, Ziclague é mencionada no Livro de Neemias como um centro para os judeus que retornaram do exílio babilônico.

De acordo com a Autoridade de Antiguidades de Israel, a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Universidade Macquarie de Sydney, na Austrália, o verdadeiro local de Ziclague é Khirbet a-Ra’i, no sopé da Judéia, entre Qiryat Gat e Laquis, no sul de Israel.

Ao longo dos anos de pesquisas arqueológicas em busca da cidade, vários locais alternativos foram propostos, mas nenhum atendeu a todos os critérios exigidos. As escavações em Khirbet a-Ra’i começaram em 2015 e apresentaram indícios de assentamentos contínuos.

De acordo com os pesquisadores, o local mostra sinais de uma comunidade filistéia e um assentamento judaico da era do rei Davi, atendendo aos critérios exigidos por Ziclague. Além disso, o sítio arqueológico mostra evidências de ter sido destruído por um incêndio maciço — a Ziclague judaica foi derrubada nas mãos dos amalequitas.

Após sete escavações que revelaram cerca de 1.000 metros quadrados, a equipe arqueológica encontrou estruturas maciças de pedra, estruturas típicas e artefatos culturais dos filisteus, incluindo 100 vasos de cerâmica para armazenamento de óleo e vinho.

Vasos de cerâmica encontrados em Khirbet a-Ra’i, identificada por arqueólogos como Ziclague bíblica. (Foto: Expedição de Escavação para Khirbet a-Ra’i)