domingo, 15 de janeiro de 2017

Quem é o juiz?

Atos dos Apóstolos: 18. 12. "Sendo Gálio procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus de comum acordo contra Paulo, e o levaram ao tribunal, 13. dizendo: Este persuade os homens a render culto a Deus de um modo contrário à lei. 14. E, quando Paulo estava para abrir a boca, disse Gálio aos judeus: Se de fato houvesse, ó judeus, algum agravo ou crime perverso, com razão eu vos sofreria; 15. mas, se são questões de palavras, de nomes, e da vossa lei, disso cuidai vós mesmos; porque eu não quero ser juiz destas coisas. 16. E expulsou-os do tribunal. 17. Então todos agarraram Sóstenes, chefe da sinagoga, e o espancavam diante do tribunal; e Gálio não se importava com nenhuma dessas coisas". - Bíblia JFA Offline

Essa passagem ilustra bem intolerância judaica contra o pensamento cristão. Na tentativa de calar Paulo procuram usar uma autoridade romana. Nada mas contraditório.

Acaia era uma província senatorial romana que compeendia parte do território grego (Peloponeso) e Macedônio. Era uma região disputadíssima pelos senadores romanos que desejavam governá-la
Sua importância política, econômica e cultural para o Império era grande assim como os interesses dos diversos grupos étnicos,  religiosos que ali viviam.

O cristianismo nascente representado por Paulo era um problema para os judeus, mas aceitável ao estado romano. Para Roma a nova fé era mais uma facção do judaísmo e como tal tolerada. O que temos aqui é uma clara tentativa de desassociar os cristãos do judaísmo e assim submetê-lo a perseguição estatal.

Essa tentativa mais tarde se tornará real, mas no momento os cristaos ainda gozavam de certa liberdade.

É sabido que Roma só permitia a existência de uma religião se está se submetessem e ao culto do imperador. O cristão jamais faria isso, portanto, seria considerados subversivo e caçado até a morte pelo Império. Era isso que desejavam esses senhores, daí, se aproveitarem da chegada a região de uma nova autoridade romana para lançá-la contra os cristãos.

Ao acusarem Paulo de persuadir os membros da comunidade a adorar a Deus de uma forma diferente do que está na lei, parecia as autoridade judaicas um argumento fortíssimo para condená-lo.
Aqui temos algo para se pensar.

1. Que só existe uma maneira de se adorar a Deus e que a forma judaica era a certa.
2. Que Deus era propriedade particular de um único povo, daí não ser possível anunciá-lo aos demais, salvo dentro dos ditames da sua lei.

3. Que a autoridade de Paulo não era reconhecida por eles, portanto, falsa.
4. Que a mensagem de Deus era propriedade exclusiva dos judeus. Tudo mais cheirava a rebelião e subversão da ordem.


O contraditório disso tudo é que as autoridades judaicas se utilizavam de uma legislação que consideravam opressora, imoral e criminosa quando aplicada ao seu povo. Isso é o chamamos de política. No ano 70 d.C, Jerusalém será destruída exatamente  por não se submeter a dominação romana e suas leis.

O interessante nesse texto é que não há registro que Paulo tenha falado nada em sua defesa. Gálio, (procônsul da Caia) entediado com o caso descarta qualquer tentativa de incriminação do apóstolo.
Ele faz pouco caso da denúncia:

  1. Talvez por cosiderar se tratar de questiúnculas de "escravos" (Roma dominava todos).
  2. Quem sabe, por entender que a segurança do Império não estava sob ameaça.
  3. É também provável que não tenha se interessado por não dá status diante da comunidade romana.
 Na verdade ele tinha coisas mais importantes para fazer.


Gálio encerra a audiência declarando sua decisão:

E, quando Paulo estava para abrir a boca, disse Gálio aos judeus: Se de fato houvesse, ó judeus, algum agravo ou crime perverso, com razão eu vos sofreria; mas, se são questões de palavras, de nomes, e da vossa lei, disso cuidai vós mesmos; porque eu não quero ser juiz destas coisas. E expulsou-os do tribunal.

Vemos claramente aqui a mão invisível de Deus trabalhando em prol do seu reino. Não seria desta vez que o Senhor receberia o supremo sacrifício de Paulo por amor ao evangelho.

O apóstolo estava livre assim como a sua mensagem. Muitos ainda iriam ser alcançados pelo evangelho libertador de Jesus Cristo.

Lições que aprendemos com esse texto.
  1. Só o eterno juiz do universo detém a palavra final sobre toda criação. 
  2. Que o inimigo não tem o poder para destruir a igreja do Senhor ... as portas do inferno não prevalecerão contra ela" Mateus 16:17-18.
  3. Que os servos de Deus tem a proteção do seu senhor.
  4. Que todos somos passíveis de sofrer incompreensões, perseguições, morte, mas jamais seremos abandonados por Deus enquanto estivermos no centro da sua vontade.


A Deus toda honra e glória hoje e para todo sempre.

Quer usufruir dos cuidados e bênçãos deste Deus? Aceite Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador e viva para a glória de Deus.

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