quarta-feira, 25 de junho de 2025

Esperança e a Fidelidade Divina

Diario de um servo  - Jerônimo Viana 

Hoje, convidamos a esperança a morar em nosso coração, como nos diz Lamentações 3:21: "Disto me recordarei no meu coração; por isso tenho esperança." Em meio às incertezas e aos desafios que a vida nos apresenta, há uma âncora que podemos lançar: a lembrança das verdades eternas.

Podemos nos lembrar, como Jeremias, que as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos (v. 22). Visualize essa verdade como um escudo protetor. Não é pela nossa força ou mérito que avançamos, mas pela inesgotável compaixão que nos cerca. Essa misericórdia não tem fim; ela é um rio contínuo que flui, purificando e sustentando.

E o que dizer do novo dia que se inicia? "Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade" (v. 23). Imagine o sol nascendo, e com ele, uma promessa fresca. Cada manhã traz consigo novas oportunidades, novas chances, e, acima de tudo, a renovação da fidelidade de Deus. Não importa o que aconteceu ontem, a cada novo amanhecer, a misericórdia e a fidelidade divina se apresentam como um presente.

Finalmente, deixe que sua alma declare, como no verso 24: "A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele." O Senhor não é apenas uma parte de sua vida; Ele é sua porção, sua herança, sua fonte inesgotável de tudo o que você precisa. Se Ele é a sua porção, então a espera não é um fardo, mas uma expectativa cheia de confiança.

Permita que essas palavras penetrem em seu espírito, trazendo paz e uma renovada esperança. Que você possa se lembrar hoje da inesgotável misericórdia, da fidelidade que se renova a cada manhã, e da certeza de que o Senhor é sua porção.

Espero que esta meditação lhe traga inspiração e paz! Há algo mais em que posso ajudar?

terça-feira, 24 de junho de 2025

A Vigília Constante

É uma alegria podermos meditar hoje na Palavra de Deus, e nosso foco estará em um capítulo de grande importância e, por vezes, de muita discussão: Mateus 24. Este texto nos fala sobre os sinais dos tempos e a segunda vinda de Jesus. Em meio a tantas interpretações e especulações, é fundamental que nos apeguemos à verdade das Escrituras.

Hoje, quero destacar três pontos essenciais de Mateus 24 para a nossa vida e fé:

1. Os Sinais Não São o Fim, Mas o Princípio das Dores

Jesus inicia Mateus 24 respondendo aos discípulos sobre a destruição do Templo e os sinais de Sua vinda e do fim dos tempos. Ele menciona guerras, rumores de guerras, fomes, terremotos e perseguições. É fácil olhar para o mundo de hoje e identificar muitos desses sinais. Vivemos em um tempo de conflitos geopolíticos, crises climáticas que afetam a produção de alimentos, e, infelizmente, a perseguição àqueles que professam a fé em Cristo continua em diversas partes do globo.

No entanto, Jesus faz uma declaração crucial no versículo 8: "Mas todas essas coisas são o princípio das dores." Isso nos ensina que, por mais intensos que sejam os sinais, eles não são o fim em si mesmos. Eles são como as dores de parto, indicando que algo grande e glorioso está para acontecer. Não devemos nos desesperar nem nos alarmar excessivamente com cada manchete. Em vez disso, devemos discernir os tempos e ter a certeza de que Deus está no controle. Os sinais servem para nos despertar, para nos lembrar que a vinda do Senhor está cada vez mais próxima, e não para nos paralisar pelo medo.

2. A Perseverança na Fé Diante da Apostasia e Perseguição

O segundo ponto que quero destacar em Mateus 24 é a ênfase de Jesus na perseverança. Ele adverte sobre o surgimento de falsos profetas, o esfriamento do amor de muitos e a perseguição que os crentes enfrentarão. "Então sereis entregues à aflição, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo." (Mateus 24:9-13).

Essas palavras são um chamado à sobriedade. Não é fácil viver em um mundo que, muitas vezes, é hostil à mensagem do Evangelho. Veremos o amor de muitos se esfriar, inclusive dentro da própria igreja. Haverá desilusões e apostasias. Mas a promessa é clara: "Aquele que perseverar até o fim será salvo." Isso significa manter-se firme na fé, custe o que custar, independentemente das pressões externas ou das decepções internas. Significa continuar amando a Deus e ao próximo, mesmo quando o amor parece escasso. Que possamos ser achados fiéis, firmes e inabaláveis na Rocha que é Cristo Jesus.

3. A Grande Missão: Proclamar o Evangelho a Todas as Nações

Por fim, Mateus 24 nos apresenta uma das mais importantes declarações de Jesus sobre a missão da Igreja antes de Sua vinda. No versículo 14, Ele afirma: "E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim."

Esta é uma verdade poderosa e encorajadora! A vinda de Jesus está diretamente ligada à pregação do Evangelho a todas as nações. Isso nos mostra que Deus tem um plano soberano e que a Igreja desempenha um papel fundamental nesse plano. Não podemos ficar de braços cruzados esperando o fim. Temos uma responsabilidade, um mandamento: levar a mensagem transformadora de Jesus Cristo a cada pessoa, a cada tribo, a cada língua e a cada povo.

Isso nos convoca a um compromisso missionário renovado. Seja orando, contribuindo, indo ou enviando, cada um de nós tem um papel a desempenhar nessa grande comissão. O fim não virá até que essa obra seja completa, e Deus nos convida a sermos Seus colaboradores nesse propósito grandioso.

Amados, Mateus 24 não é um capítulo para nos aterrorizar, mas para nos alertar, nos preparar e nos motivar. Os sinais nos lembram da proximidade da volta de Jesus; a necessidade de perseverança nos fortalece em meio às tribulações; e a grande comissão nos impulsiona a cumprir o propósito de Deus para nossas vidas.

Que o Senhor nos ajude a viver com vigilância constante, com fé inabalável e com zelo missionário, para que, quando Jesus voltar, Ele nos encontre ocupados em Seu Reino. Que assim seja. Amém.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Estamos no Fim dos Tempos? Uma Análise Profunda

 Diário de um Servo

A pergunta que ecoa por gerações – "Estamos no fim dos tempos?" – nunca foi tão relevante quanto nos dias de hoje. Com um ritmo alucinante de mudanças em todas as esferas, desde o avanço tecnológico sem precedentes até as crescentes preocupações ambientais e sociais, a sensação de que algo grandioso está prestes a acontecer permeia o imaginário coletivo. Este Diário de um Servo mergulha fundo nessa questão, investigando as perspectivas de autoridades religiosas, a comunidade científica e as antigas profecias bíblicas, enquanto analisa o complexo cenário global que nos cerca.

O Ponto de Vista Religioso: Sinais dos Tempos ou Interpretações Errôneas?

Para milhões de fiéis, a crença no fim dos tempos é um pilar da sua fé. As profecias bíblicas, particularmente as encontradas nos livros de Daniel, Apocalipse e nos Evangelhos, descrevem uma série de eventos que precederão o retorno de Cristo e o juízo final. Entre os sinais mais citados estão:

  • Guerras e rumores de guerras: O mundo, ao longo da história, tem sido palco de conflitos. No entanto, a escala e a interconexão das tensões geopolíticas atuais preocupam muitos.
  • Fomes e pestes: A segurança alimentar e as recentes pandemias, como a COVID-19, são vistas por alguns como o cumprimento dessas profecias.
  • Terremotos em vários lugares: A frequência e intensidade de desastres naturais parecem aumentar, levantando alertas.
  • Aumento da iniquidade e do esfriamento do amor: A deterioração dos valores morais e a crescente polarização social são observadas com preocupação.
  • Pregação do Evangelho a todas as nações: A expansão global do cristianismo, impulsionada pela tecnologia e pela globalização, é vista como um cumprimento direto de Mateus 24:14.

Autoridades religiosas têm opiniões diversas. Muitos líderes evangélicos e protestantes conservadores veem nos eventos atuais a materialização das profecias, alertando para a necessidade de arrependimento e vigilância. O Pastor John MacArthur, por exemplo, frequentemente aborda a iminência da segunda vinda de Cristo em suas pregações, citando o declínio moral e a ascensão de ideologias seculares como evidências.

Por outro lado, teólogos mais liberais e alguns estudiosos católicos defendem uma interpretação menos literal das profecias, enfatizando que muitas delas são cíclicas ou servem como alegorias para verdades espirituais. Eles argumentam que a humanidade sempre enfrentou desafios semelhantes e que o foco deveria estar na transformação interior e na ação no presente, em vez de uma espera ansiosa por um fim apocalíptico. O Papa Francisco, por exemplo, focou sua mensagem na justiça social e na ecologia integral, chamando a atenção para a responsabilidade humana na criação.

A Perspectiva Científica: Onde os Dados Encontram o Fim?

A comunidade científica, por sua vez, aborda a ideia do "fim" de uma perspectiva radicalmente diferente, focando em ameaças concretas e mensuráveis, sem o viés escatológico.

  • Meio Ambiente: A crise climática é, sem dúvida, a maior preocupação global. Relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontam para um aumento catastrófico da temperatura global, eventos climáticos extremos, elevação do nível do mar e perda de biodiversidade. ativista como Greta Thunberg e climatologista como James Hansen alertam para a urgência de ações drásticas para evitar um ponto de não retorno, que poderia tornar partes do planeta inabitáveis.
  • Tecnologia: A inteligência artificial (IA), a biotecnologia e a computação quântica prometem revolucionar a existência humana. No entanto, preocupações sobre a perda de controle sobre a IA, a ética na edição genética e a vulnerabilidade de sistemas críticos a ataques cibernéticos levantam questões sobre a autodestruição tecnológica. Elon Musk, por exemplo, frequentemente expressa preocupações sobre o potencial da IA descontrolada.
  • Economia e Sociedade: A crescente desigualdade econômica, a polarização política e a fragilidade dos sistemas financeiros globais são temas de estudo para economistas e sociólogos. Crises financeiras globais e o colapso de sistemas sociais podem levar a instabilidade e conflitos em larga escala. Estudiosos como Thomas Piketty e Yuval Noah Harari analisam as tendências atuais, apontando para desafios significativos na coesão social e na sustentabilidade econômica.

Embora a ciência não use o termo "fim dos tempos" em seu vocabulário, as projeções e alertas em áreas como o meio ambiente e a tecnologia podem ser interpretadas como cenários de "fim" para a civilização como a conhecemos, caso não haja uma mudança de rumo.

A Confluência de Fatores: Tecnologia, Meio Ambiente, Política, Sociedade, Economia e Cultura

A análise de que estamos nos "fins dos tempos" ganha força quando observamos a interconexão dos desafios globais:

  • Tecnologia: A ascensão da inteligência artificial levanta questões existenciais. Será que ela nos libertará ou nos dominará? A capacidade de gerar "deepfakes" e disseminar desinformação em massa já impacta a política e a sociedade, corroendo a confiança e fomentando divisões.
  • Meio Ambiente: As secas, inundações e incêndios florestais extremos não são apenas eventos isolados; eles impulsionam migrações em massa, geram instabilidade política e afetam a economia global, especialmente a agricultura e a produção de alimentos.
  • Política e Sociedade: A ascensão de nacionalismos, o declínio da democracia em algumas regiões e a polarização ideológica criam um terreno fértil para conflitos. A sociedade global parece cada vez mais fragmentada, com bolhas de informação e narrativas que se chocam.
  • Economia: A fragilidade do sistema financeiro global, as bolhas imobiliárias e a crescente dívida pública em muitos países são motivos de preocupação. Uma crise econômica em cascata poderia ter efeitos devastadores na cultura e na estabilidade social.
  • Cultura: A cultura do consumo desenfreado, a busca por gratificação instantânea e a desconexão com valores mais profundos podem ser vistas como sintomas de uma sociedade em crise. A perda de identidade cultural e o afastamento de tradições milenares são pontos levantados por pensadores que veem a modernidade como um agente de desintegração.

Conclusão: Uma Questão Aberta e Urgente

A pergunta "Estamos no fim dos tempos?" não tem uma resposta simples ou única. Para os religiosos, os sinais estão por toda parte, convidando à reflexão e à preparação espiritual. Para os cientistas, os dados são alarmantes, exigindo ação imediata para mitigar desastres iminentes.

O que é inegável é que vivemos em um período de transformações sem precedentes. A tecnologia oferece tanto a promessa de um futuro melhor quanto a ameaça de um abismo. O meio ambiente grita por socorro. A política, a sociedade, a economia e a cultura parecem estar em um ponto de inflexão.

Talvez o "fim dos tempos" não seja um evento único e cataclísmico, mas sim uma série de crises interligadas que testarão a resiliência humana e a nossa capacidade de adaptação. A questão, então, deixa de ser se estamos no fim, e passa a ser: o que faremos com o tempo que nos resta? A resposta a essa pergunta definirá o nosso futuro, seja ele qual for.

Fontes:

1. Fontes Religiosas e Teológicas:

  • Bíblia Sagrada:
    • Livros de Daniel, Ezequiel, Mateus (capítulo 24 e 25), Marcos (capítulo 13), Lucas (capítulo 21), 1 Tessalonicenses, 2 Pedro, Apocalipse.
  • Comentários Bíblicos e Obras de Teólogos Proeminentes:
    • John MacArthur: Livros como "O Evangelho Segundo Jesus", "Bíblia de Estudo MacArthur" e artigos/sermões do site Grace to You (gty.org).
    • Papa Francisco: Encíclicas (ex: Laudato Si') e discursos/mensagens oficiais veiculados pelo site do Vaticano (vatican.va).

2. Fontes Científicas e Acadêmicas:

  • Relatórios e Publicações de Organizações Internacionais:
    • Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC): Relatórios de avaliação (AR6 synthesis report), sumários para formuladores de políticas. Disponível em ipcc.ch.
    • Nações Unidas (ONU): Relatórios sobre desenvolvimento sustentável, população, segurança alimentar e desastres naturais. Disponível em un.org.
    • Organização Mundial da Saúde (OMS): Dados e relatórios sobre pandemias e saúde global. Disponível em who.int.
  • Pesquisas e Declarações de Cientistas Renomados:
    • James Hansen: Artigos científicos publicados em periódicos como Science ou Nature, e comunicados de imprensa/entrevistas sobre mudanças climáticas. Referências podem ser encontradas em sites como Columbia University's Earth Institute.
    • Instituições de Pesquisa: Publicações de universidades e centros de pesquisa sobre IA (ex: MIT, Stanford), biotecnologia e meio ambiente.

3. Fontes de Análise Econômica, Política e Social:

  • Obras de Economistas e Sociólogos:
    • Thomas Piketty: "O Capital no Século XXI", "Capital e Ideologia".
    • Organizações Econômicas Internacionais: Relatórios do Fundo Monetário Internacional (FMI - imf.org), Banco Mundial (worldbank.org), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE - oecd.org).

4. Fontes sobre Tecnologia e Futuro:

    • Publicações do Future of Life Institute, OpenAI, Google DeepMind.
    • Wired, MIT Technology Review, TechCrunch.

domingo, 22 de junho de 2025

Esperando o pentecoste

 Atos 1.1-26

 "E comendo com eles, deu-lhes esta ordem: Não se afastem de Jerusalém, mas esperem a promessa do Pai, a qual vocês ouviram de mim." Atos 1.4


  • Introdução:

    • Tudo o que acabamos de ler nos ensina que antes de tudo devemos aprender a esperar em Deus.
    • É uma ordem. Bem mais que compreendida, precisa ser obedecida.
    • Há uma promessa de Deus para a sua vida? Assim como os discípulos de Cristo tinham que esperar o batismo no espírito do Senhor, devemos também exercer a nossa paciência em meio às lutas.
  • Em Atos vemos a ação do Espírito Santo dentro do Plano de Redenção dos pecadores.
  • Neste plano, tivemos:

O Papel do Pai

Elaboração do plano

João 3.16; Efésios 1.3-6; Romanos 8.28-30

O papel do filho

Execução do plano

João 19.30; Hebreus 9.26b-28; Filipenses 2.8

O papel do E. Santo

Continuação do plano

João 14.6-11; Tito 3.5; Romanos 8.14-17; Efésios 1.13b

 

  • Essa mesma lógica é exposta no evangelho de Lucas [Lc 22.42; 4.18-19;12.10-12] e demais evangelhos está presente no livro de Atos.

 "Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar" (Atos 1.1).

Quando lemos Atos 1.1, percebemos uma continuidade do FAZER /ENSINAR de Cristo. Essa ação do Filho do Homem foi a causa primeira do:

  • nascimento da igreja;
  • crescimento da esposa do cordeiro.

Apesar de Cristo não estar mais no mundo físico (Atos 1.9), Ele se fazia presente espiritualmente.

“²⁰ Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação do mundo. Amém.” Mateus 28.20

  • A sua presença é visível quando:
    • Seleciona um apóstolo para substituir Judas (At 1.24).
    • Derramando o Espírito Santo em novo poder (2.33).
    • Acrescentando dia a dia pessoas à Igreja (2.47).
    • Aparecendo a Ananias (9.10) e Paulo (9.5; 18.9).
    • Curando um paralítico (9.34).
    • Recebendo adoração da Igreja (13.2).
    • Detendo um mágico que se opunha ao evangelho (13.11).
    • Abrindo o coração das pessoas para crerem no evangelho (16.14).

 

  • Jesus simplesmente dirige e medeia a execução do programa divino.

 

I.                       DA RESSURREIÇÃO À ASCENSÃO - ATOS 1.6-8.

"Então os que estavam reunidos com Jesus lhe perguntaram: 'Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?' Jesus respondeu: 'Não cabe a vocês conhecer tempos ou épocas que o Pai fixou pela sua própria autoridade, mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da Terra'."

  • Do dia da ressurreição de Cristo até a ascensão, se passaram 40 dias (quaresma) (Atos 1.1-3).
  • Da ascensão ao Pentecostes mais 10 dias.
  • No total, 50 dias em que Cristo procurou instruir seus discípulos acerca DO REINO DE DEUS.

Vejamos:

  1. O REINO DE DEUS DETERMINOU O MOMENTO DO CUMPRIMENTO DA PROMESSA.

'Não cabe a vocês conhecer tempos ou épocas que o Pai fixou pela sua própria autoridade.

    • Atos 1.3-4 - mandou seus apóstolos esperarem pelo batismo do Espírito Santo.
    • A IGREJA só se manteria viva sob ação do Espírito Santo.
    • Atos 1.6-8 - corrigiu algumas noções falsas da natureza, extensão e chegada do Reino de Deus.

·        Segundo ensinamento.

 

2.        O REINO DE DEUS É ESPIRITUAL QUANTO AO SEU CARÁTER.

Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus lhes respondeu: "O Reino de Deus não vem com visíveis aparências. Nem dirão: 'Ele está aqui' ou 'Lá está ele' porque o Reino está entre vós". (Lucas 17.20-21)

o   Cristo deixa claro que o Reino de Deus é espiritual quanto ao seu caráter.

o   O Reino de Deus não tem conceito territorial.

o   O Reino de Deus não é geográfico, político ou eclesiástico.

o   Ele seria manifesto de forma visível através da mudança de vida das pessoas.

o   Cristo era o reino de Deus manifesto nas pessoas que o seguiam.

 

·        Terceiro ensinamento:

 

3.        O REINO DE DEUS É INTERNACIONAL QUANTO AOS SEUS MEMBROS.

 

⁶ Então os que estavam reunidos com Jesus lhe perguntaram:  — Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?  Atos 1:6

 

·        Os apóstolos ainda estavam infectados com o vírus do exclusivismo, nacionalista e preconceituoso.

    • Era só Israel que importava.
  • Por que os discípulos fizeram está pergunta? Resposta: Temos vários exemplos de restaurações divinas no Antigo Testamento, daí, os discípulos esperarem semelhante livramento.
    • Imaginavam que a ressurreição e a promessa do Espírito Santo dera início a Era Messiânica havia começado e que a salvação final de Israel estava próxima.
    • Eles esperavam a restauração de um reino político e militar, que expulsaria os exércitos romanos e restauraria a soberania nacional de Israel, como aconteceu inúmeras vezes no Antigo Testamento. Vejam.

Livramentos de Deus (AT)

Observações

Na época dos Juízes – Alguns exemplos

Opressão dos Mesopotâmios

ü  Juízes 3.8-11 - Otniel. Libertou 40 anos

Opressão dos Moabitas

ü  Juízes 3.12-30 - Eúde - 8 anos de paz

Opressão dos Cananeus

ü  Juízes 4-5 - Débora - 40 anos de paz

Monarquia Unida

Davi - Enfrentou e venceu.

Filisteus, Moábidas, Edomitas, Arameus

Monarquia Dividida – Exílio

Reino do Norte

Assíria

         ·        Exílio - 722 a.C.

Reino de Judá

Babilônia

         ·        Exílio - 536-532 a.C

 

 ·        Profecia - Jeremias 29.10-14, Is 40-55  - 70 anos de cativeiro.

 ·        libertador Ciro – (Pérsia) 536-532 a.C.

 ·        Reconstrução do templo - Zorobabel, Esdras (Lei) e Neemias ( Muro)

Tempo pós-exílio

 ·        A última libertação foi orquestrada pelos Macabeus (167-160 a.C.) contra os Selêucidas (Profanação do templo por Antíoco IV) previsto por Daniel 11:31-33.

 ·        Inicialmente Matatias foi o líder do movimento, depois de Judas Macabeus; Só mais tarde veio João Hircano, filho de Simão Macabeus. E é que a autonomia de Israel foi restabelecida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  A resposta de Jesus surpreende a todos - Ele corrige a pergunta: "Aquele seria o tempo de testemunhar do evangelho e não apenas em Israel, mas em todo o mundo".

Essa é uma declaração temática de todo o livro de Atos (v.2):

  • Ela começa com o poder do Espírito, que está por trás e impulsiona o testemunho de Jesus.
  • Em seguida, fornece as linhas gerais do livro:
    • Jerusalém (caps. 1-7)
    • Judeia e Samaria (caps. 8-12)
    • Até os confins da Terra (caps. 13-28)

Existe uma divergência entre os estudiosos acerca da ação do Espírito Santo antes de Pentecostes:

  • Se o Espírito Santo estava em ação na vida dos crentes comuns, antes do Pentecostes, em menor grau.
  • Estava em ação, exceto para capacitar para tarefas especiais.

O fato era que os apóstolos deveriam esperar algo novo. Após Pentecostes, os crentes tiveram:

  • Maior eficácia no testemunho e ministério (1.8)
  • Proclamação eficaz do evangelho (At 28.19)
  • Poder para a vitória sobre o pecado (At 2.42-46, Rm 6.11-14; 8.13-14; Gl 2.20; Fp 3.10)
  • Poder para vitória sobre Satanás e as forças demoníacas (At 2.42-48; 16.16-18; 2Co 10.3-4; Ef 6.10-18)
  • Uma ampla distribuição de dons para o ministério (At 2.16-18; 1Co 12.7,11; 1Pe 4.10; Ef 4.11, 17, 24-29).

O poder (DYNAMIS) foi entendido pelos discípulos neste contexto, incluindo o poder para pregar o evangelho de forma eficaz e também o poder (pelo Espírito de Deus) para operar milagres que confirmam a mensagem. O uso essa palavra DYNAMIS é usado 7 vezes em Atos 2.22; 3.12; 4.7; 6.8; 8.10; 10.38; 19.11, tal sua importância na vida da igreja nascente.

O quarto ensinamento.

4.        O REINO DE DEUS É GRADUAL QUANTO À EXPANSÃO.

  • Não cabe a você conhecer tempos ou épocas que o Pai fixou pela sua própria autoridade. Há coisas que só Deus sabe. Não adianta insistir.
  • A curiosidade e impaciência não são as melhores companhias. Devemos ocupar nossa mente com coisas mais alcançáveis.
  • Era essencial saberem que receberiam o poder do Espírito para testemunhar ao mundo do amor de Deus. Isso basta.

Até aqui cristo trabalhou com seus discípulos sobre o Reino. Terminada a quaresma é tempo da ascensão.

II.                    ASCENSÃO DE JESUS (ATOS 1.7-12).

⁹ E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. ¹⁰ E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. ¹¹ Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir. ¹² Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. Atos 1:9-12

Há um esforço por parte de muitos de negar não apenas a história de Cristo, bem como, sua ascensão. Para se contrapor a essa tese existe uma série de argumentos Bíblicos e não Bíblicos que provam tal fato:

Argumentos bíblicos da Ascensão de Jesus

a.        Lucas 24:50-51: Este evangelho relata que, após ressuscitar, Jesus levou seus discípulos até Betânia e, enquanto os abençoava, "se apartou deles e foi elevado ao céu".

b.       Marcos 16:19: "Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus".

c.        Efésios 4:8-10: O apóstolo Paulo, em sua carta aos Efésios, faz referência à ascensão de Cristo ao citar o Salmo 68:18:

"Por isso diz: 'Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens'. Ora, que é que ele subiu, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas."

d.       Hebreus 4:14 e 9:24: A Epístola aos Hebreus enfatiza a posição de Jesus como sumo sacerdote no céu. Em Hebreus 4:14, lemos: "Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão". E em 9:24: "Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus".

e.        1 Timóteo 3:16: Embora não descreva diretamente a ascensão, este versículo poético sobre o mistério da piedade inclui a frase "Foi recebido acima na glória", que é interpretada como uma referência à ascensão de Jesus.

Argumentos Extrabíblicos da Ascensão de Jesus

Apesar de a ascensão ser um evento de natureza teológica e sobrenatural, e as fontes primárias serem as escrituras cristãs, é importante considerar o que o contexto histórico e a tradição podem indicar:

  • Testemunho dos Apóstolos e a Formação da Igreja: A crença na ascensão de Jesus foi um elemento central na pregação e no testemunho dos primeiros apóstolos. A coragem e a convicção com que difundiram o evangelho, mesmo diante de perseguições, são vistas por muitos como um indício da sua crença genuína nos eventos que testemunharam, incluindo a ascensão. A rápida disseminação do cristianismo primitivo, fundamentada na ressurreição e ascensão de Jesus, sugere uma convicção profunda por parte dos primeiros seguidores.
  • Desenvolvimento da Doutrina Cristã: A doutrina da ascensão foi gradualmente aceita e desenvolvida pela tradição cristã ao longo dos séculos. Ela foi incluída em credos antigos, como o Credo Niceno-Constantinopolitano, que afirma: "subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai". A unanimidade com que esta crença foi incorporada e defendida nos concílios ecumênicos, como o Concílio de Trento no século XVI, demonstra sua importância desde os primórdios da Igreja. Embora isso não prove a ascensão como um fato histórico no sentido secular, atesta a antiguidade e a universalidade da crença dentro da fé cristã.
  • Locais de Veneração: A existência de locais de veneração relacionados à ascensão, como a Capela da Ascensão no Monte das Oliveiras, em Jerusalém, que data de séculos, indica que a memória do evento foi preservada e venerada desde os primeiros séculos do cristianismo. Embora a tradição de um local específico possa ter se desenvolvido ao longo do tempo, a sua existência aponta para uma crença subjacente na ocorrência do evento.
  • Ausência de Contranarrativas Relevantes: Embora existam debates históricos sobre a existência e a vida de Jesus de modo geral, não há registros extrabíblicos significativos da época que refutem explicitamente o evento da ascensão, em contraposição a relatos da ressurreição que foram alvos de contestações (como a teoria do corpo roubado). A ausência de uma explicação alternativa plausível para o desaparecimento do corpo de Jesus após as aparições pós-ressurreição, aceita pelos oponentes cristãos, pode ser vista como um argumento indireto.

Da ascensão de Cristo para o pentecoste se passarão 10 dias.

III ESPERANDO A MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO.

¹² Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. ¹³ E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmão de Tiago. ¹⁴ Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos. At 1:12-14

·        Oração fazia parte do colégio apostólico de Cristo. Sem ela não tinha como o evangelho avançar. Pois, a comunicação direta com Deus é nossa maior arma contra o mal e todas as mazelas desta vida.

 

·        Quais as características desta reunião de oração? Lucas 24.53, responde.

 

a.        Era uma oração unanime – Discípulos, apóstolos, os irmãos de Jesus Cristo e as mulheres [Maria Madalena, Joana e Suzana, com Maria, mãe de Jesus.

 

b.       A oração era PERSEVERANTE – Enquanto aguardavam a novidade de Deus se dedicavam a palavra, o partir do pão e a oração.

 

Nestes dez dias a última ação da igreja antes do pentecoste foi a escolha de um novo discípulo para substituir Judas.

IV.                A ESCOLHA DE MATIAS PARA O APOSTOLADO

 

·        A última ação do corpo apostólico de Cristo antes de Pentecoste foi a escolha de um novo apostolo para substituir Judas.

 

1.        Mateus e Lucas são os únicos que falam do suicídio de Judas [Mt 27.3-5; At 1.18].

2.        É o cumprimento das escrituras.

¹⁶ Homens irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus; Atos 1:16 [Essa profecia citada por Pedro é o Salmo 69.25; 109.8].

·        Aqui temos a ação do Espírito de Deus abrindo as Escrituras a compreensão dos apóstolos de Cristo.

 

3.        Escolha de Matias.

 

·        Não podia ser qualquer um –

²¹ É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, ²² Começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição. Atos 1:21,22

·        O ministério apostólico deveria ser escolhido por Deus.

²⁴ E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, Atos 1:24

A escolha de Matias pôs fim a todo o processo de espera da igreja. Agora se aproximava o Pentecoste,

CONCLUSÃO

Os 50 dias entre a ressurreição de Cristo e o Pentecoste foram essenciais a igreja, visto que,


·     consolidou o ensino do Ide de Jesus At 1.8;

·     ocorreu a ascensão de Cristo At 1.9;

·     os discípulos se exercitaram na oração At 1. 12-14;

·     ocorreu a escolha de Matias At 1. 15-26.