segunda-feira, 23 de junho de 2025

Estamos no Fim dos Tempos? Uma Análise Profunda

 Diário de um Servo

A pergunta que ecoa por gerações – "Estamos no fim dos tempos?" – nunca foi tão relevante quanto nos dias de hoje. Com um ritmo alucinante de mudanças em todas as esferas, desde o avanço tecnológico sem precedentes até as crescentes preocupações ambientais e sociais, a sensação de que algo grandioso está prestes a acontecer permeia o imaginário coletivo. Este Diário de um Servo mergulha fundo nessa questão, investigando as perspectivas de autoridades religiosas, a comunidade científica e as antigas profecias bíblicas, enquanto analisa o complexo cenário global que nos cerca.

O Ponto de Vista Religioso: Sinais dos Tempos ou Interpretações Errôneas?

Para milhões de fiéis, a crença no fim dos tempos é um pilar da sua fé. As profecias bíblicas, particularmente as encontradas nos livros de Daniel, Apocalipse e nos Evangelhos, descrevem uma série de eventos que precederão o retorno de Cristo e o juízo final. Entre os sinais mais citados estão:

  • Guerras e rumores de guerras: O mundo, ao longo da história, tem sido palco de conflitos. No entanto, a escala e a interconexão das tensões geopolíticas atuais preocupam muitos.
  • Fomes e pestes: A segurança alimentar e as recentes pandemias, como a COVID-19, são vistas por alguns como o cumprimento dessas profecias.
  • Terremotos em vários lugares: A frequência e intensidade de desastres naturais parecem aumentar, levantando alertas.
  • Aumento da iniquidade e do esfriamento do amor: A deterioração dos valores morais e a crescente polarização social são observadas com preocupação.
  • Pregação do Evangelho a todas as nações: A expansão global do cristianismo, impulsionada pela tecnologia e pela globalização, é vista como um cumprimento direto de Mateus 24:14.

Autoridades religiosas têm opiniões diversas. Muitos líderes evangélicos e protestantes conservadores veem nos eventos atuais a materialização das profecias, alertando para a necessidade de arrependimento e vigilância. O Pastor John MacArthur, por exemplo, frequentemente aborda a iminência da segunda vinda de Cristo em suas pregações, citando o declínio moral e a ascensão de ideologias seculares como evidências.

Por outro lado, teólogos mais liberais e alguns estudiosos católicos defendem uma interpretação menos literal das profecias, enfatizando que muitas delas são cíclicas ou servem como alegorias para verdades espirituais. Eles argumentam que a humanidade sempre enfrentou desafios semelhantes e que o foco deveria estar na transformação interior e na ação no presente, em vez de uma espera ansiosa por um fim apocalíptico. O Papa Francisco, por exemplo, focou sua mensagem na justiça social e na ecologia integral, chamando a atenção para a responsabilidade humana na criação.

A Perspectiva Científica: Onde os Dados Encontram o Fim?

A comunidade científica, por sua vez, aborda a ideia do "fim" de uma perspectiva radicalmente diferente, focando em ameaças concretas e mensuráveis, sem o viés escatológico.

  • Meio Ambiente: A crise climática é, sem dúvida, a maior preocupação global. Relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontam para um aumento catastrófico da temperatura global, eventos climáticos extremos, elevação do nível do mar e perda de biodiversidade. ativista como Greta Thunberg e climatologista como James Hansen alertam para a urgência de ações drásticas para evitar um ponto de não retorno, que poderia tornar partes do planeta inabitáveis.
  • Tecnologia: A inteligência artificial (IA), a biotecnologia e a computação quântica prometem revolucionar a existência humana. No entanto, preocupações sobre a perda de controle sobre a IA, a ética na edição genética e a vulnerabilidade de sistemas críticos a ataques cibernéticos levantam questões sobre a autodestruição tecnológica. Elon Musk, por exemplo, frequentemente expressa preocupações sobre o potencial da IA descontrolada.
  • Economia e Sociedade: A crescente desigualdade econômica, a polarização política e a fragilidade dos sistemas financeiros globais são temas de estudo para economistas e sociólogos. Crises financeiras globais e o colapso de sistemas sociais podem levar a instabilidade e conflitos em larga escala. Estudiosos como Thomas Piketty e Yuval Noah Harari analisam as tendências atuais, apontando para desafios significativos na coesão social e na sustentabilidade econômica.

Embora a ciência não use o termo "fim dos tempos" em seu vocabulário, as projeções e alertas em áreas como o meio ambiente e a tecnologia podem ser interpretadas como cenários de "fim" para a civilização como a conhecemos, caso não haja uma mudança de rumo.

A Confluência de Fatores: Tecnologia, Meio Ambiente, Política, Sociedade, Economia e Cultura

A análise de que estamos nos "fins dos tempos" ganha força quando observamos a interconexão dos desafios globais:

  • Tecnologia: A ascensão da inteligência artificial levanta questões existenciais. Será que ela nos libertará ou nos dominará? A capacidade de gerar "deepfakes" e disseminar desinformação em massa já impacta a política e a sociedade, corroendo a confiança e fomentando divisões.
  • Meio Ambiente: As secas, inundações e incêndios florestais extremos não são apenas eventos isolados; eles impulsionam migrações em massa, geram instabilidade política e afetam a economia global, especialmente a agricultura e a produção de alimentos.
  • Política e Sociedade: A ascensão de nacionalismos, o declínio da democracia em algumas regiões e a polarização ideológica criam um terreno fértil para conflitos. A sociedade global parece cada vez mais fragmentada, com bolhas de informação e narrativas que se chocam.
  • Economia: A fragilidade do sistema financeiro global, as bolhas imobiliárias e a crescente dívida pública em muitos países são motivos de preocupação. Uma crise econômica em cascata poderia ter efeitos devastadores na cultura e na estabilidade social.
  • Cultura: A cultura do consumo desenfreado, a busca por gratificação instantânea e a desconexão com valores mais profundos podem ser vistas como sintomas de uma sociedade em crise. A perda de identidade cultural e o afastamento de tradições milenares são pontos levantados por pensadores que veem a modernidade como um agente de desintegração.

Conclusão: Uma Questão Aberta e Urgente

A pergunta "Estamos no fim dos tempos?" não tem uma resposta simples ou única. Para os religiosos, os sinais estão por toda parte, convidando à reflexão e à preparação espiritual. Para os cientistas, os dados são alarmantes, exigindo ação imediata para mitigar desastres iminentes.

O que é inegável é que vivemos em um período de transformações sem precedentes. A tecnologia oferece tanto a promessa de um futuro melhor quanto a ameaça de um abismo. O meio ambiente grita por socorro. A política, a sociedade, a economia e a cultura parecem estar em um ponto de inflexão.

Talvez o "fim dos tempos" não seja um evento único e cataclísmico, mas sim uma série de crises interligadas que testarão a resiliência humana e a nossa capacidade de adaptação. A questão, então, deixa de ser se estamos no fim, e passa a ser: o que faremos com o tempo que nos resta? A resposta a essa pergunta definirá o nosso futuro, seja ele qual for.

Fontes:

1. Fontes Religiosas e Teológicas:

  • Bíblia Sagrada:
    • Livros de Daniel, Ezequiel, Mateus (capítulo 24 e 25), Marcos (capítulo 13), Lucas (capítulo 21), 1 Tessalonicenses, 2 Pedro, Apocalipse.
  • Comentários Bíblicos e Obras de Teólogos Proeminentes:
    • John MacArthur: Livros como "O Evangelho Segundo Jesus", "Bíblia de Estudo MacArthur" e artigos/sermões do site Grace to You (gty.org).
    • Papa Francisco: Encíclicas (ex: Laudato Si') e discursos/mensagens oficiais veiculados pelo site do Vaticano (vatican.va).

2. Fontes Científicas e Acadêmicas:

  • Relatórios e Publicações de Organizações Internacionais:
    • Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC): Relatórios de avaliação (AR6 synthesis report), sumários para formuladores de políticas. Disponível em ipcc.ch.
    • Nações Unidas (ONU): Relatórios sobre desenvolvimento sustentável, população, segurança alimentar e desastres naturais. Disponível em un.org.
    • Organização Mundial da Saúde (OMS): Dados e relatórios sobre pandemias e saúde global. Disponível em who.int.
  • Pesquisas e Declarações de Cientistas Renomados:
    • James Hansen: Artigos científicos publicados em periódicos como Science ou Nature, e comunicados de imprensa/entrevistas sobre mudanças climáticas. Referências podem ser encontradas em sites como Columbia University's Earth Institute.
    • Instituições de Pesquisa: Publicações de universidades e centros de pesquisa sobre IA (ex: MIT, Stanford), biotecnologia e meio ambiente.

3. Fontes de Análise Econômica, Política e Social:

  • Obras de Economistas e Sociólogos:
    • Thomas Piketty: "O Capital no Século XXI", "Capital e Ideologia".
    • Organizações Econômicas Internacionais: Relatórios do Fundo Monetário Internacional (FMI - imf.org), Banco Mundial (worldbank.org), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE - oecd.org).

4. Fontes sobre Tecnologia e Futuro:

    • Publicações do Future of Life Institute, OpenAI, Google DeepMind.
    • Wired, MIT Technology Review, TechCrunch.

domingo, 22 de junho de 2025

Esperando o pentecoste

 Atos 1.1-26

 "E comendo com eles, deu-lhes esta ordem: Não se afastem de Jerusalém, mas esperem a promessa do Pai, a qual vocês ouviram de mim." Atos 1.4


  • Introdução:

    • Tudo o que acabamos de ler nos ensina que antes de tudo devemos aprender a esperar em Deus.
    • É uma ordem. Bem mais que compreendida, precisa ser obedecida.
    • Há uma promessa de Deus para a sua vida? Assim como os discípulos de Cristo tinham que esperar o batismo no espírito do Senhor, devemos também exercer a nossa paciência em meio às lutas.
  • Em Atos vemos a ação do Espírito Santo dentro do Plano de Redenção dos pecadores.
  • Neste plano, tivemos:

O Papel do Pai

Elaboração do plano

João 3.16; Efésios 1.3-6; Romanos 8.28-30

O papel do filho

Execução do plano

João 19.30; Hebreus 9.26b-28; Filipenses 2.8

O papel do E. Santo

Continuação do plano

João 14.6-11; Tito 3.5; Romanos 8.14-17; Efésios 1.13b

 

  • Essa mesma lógica é exposta no evangelho de Lucas [Lc 22.42; 4.18-19;12.10-12] e demais evangelhos está presente no livro de Atos.

 "Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar" (Atos 1.1).

Quando lemos Atos 1.1, percebemos uma continuidade do FAZER /ENSINAR de Cristo. Essa ação do Filho do Homem foi a causa primeira do:

  • nascimento da igreja;
  • crescimento da esposa do cordeiro.

Apesar de Cristo não estar mais no mundo físico (Atos 1.9), Ele se fazia presente espiritualmente.

“²⁰ Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação do mundo. Amém.” Mateus 28.20

  • A sua presença é visível quando:
    • Seleciona um apóstolo para substituir Judas (At 1.24).
    • Derramando o Espírito Santo em novo poder (2.33).
    • Acrescentando dia a dia pessoas à Igreja (2.47).
    • Aparecendo a Ananias (9.10) e Paulo (9.5; 18.9).
    • Curando um paralítico (9.34).
    • Recebendo adoração da Igreja (13.2).
    • Detendo um mágico que se opunha ao evangelho (13.11).
    • Abrindo o coração das pessoas para crerem no evangelho (16.14).

 

  • Jesus simplesmente dirige e medeia a execução do programa divino.

 

I.                       DA RESSURREIÇÃO À ASCENSÃO - ATOS 1.6-8.

"Então os que estavam reunidos com Jesus lhe perguntaram: 'Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?' Jesus respondeu: 'Não cabe a vocês conhecer tempos ou épocas que o Pai fixou pela sua própria autoridade, mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da Terra'."

  • Do dia da ressurreição de Cristo até a ascensão, se passaram 40 dias (quaresma) (Atos 1.1-3).
  • Da ascensão ao Pentecostes mais 10 dias.
  • No total, 50 dias em que Cristo procurou instruir seus discípulos acerca DO REINO DE DEUS.

Vejamos:

  1. O REINO DE DEUS DETERMINOU O MOMENTO DO CUMPRIMENTO DA PROMESSA.

'Não cabe a vocês conhecer tempos ou épocas que o Pai fixou pela sua própria autoridade.

    • Atos 1.3-4 - mandou seus apóstolos esperarem pelo batismo do Espírito Santo.
    • A IGREJA só se manteria viva sob ação do Espírito Santo.
    • Atos 1.6-8 - corrigiu algumas noções falsas da natureza, extensão e chegada do Reino de Deus.

·        Segundo ensinamento.

 

2.        O REINO DE DEUS É ESPIRITUAL QUANTO AO SEU CARÁTER.

Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus lhes respondeu: "O Reino de Deus não vem com visíveis aparências. Nem dirão: 'Ele está aqui' ou 'Lá está ele' porque o Reino está entre vós". (Lucas 17.20-21)

o   Cristo deixa claro que o Reino de Deus é espiritual quanto ao seu caráter.

o   O Reino de Deus não tem conceito territorial.

o   O Reino de Deus não é geográfico, político ou eclesiástico.

o   Ele seria manifesto de forma visível através da mudança de vida das pessoas.

o   Cristo era o reino de Deus manifesto nas pessoas que o seguiam.

 

·        Terceiro ensinamento:

 

3.        O REINO DE DEUS É INTERNACIONAL QUANTO AOS SEUS MEMBROS.

 

⁶ Então os que estavam reunidos com Jesus lhe perguntaram:  — Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?  Atos 1:6

 

·        Os apóstolos ainda estavam infectados com o vírus do exclusivismo, nacionalista e preconceituoso.

    • Era só Israel que importava.
  • Por que os discípulos fizeram está pergunta? Resposta: Temos vários exemplos de restaurações divinas no Antigo Testamento, daí, os discípulos esperarem semelhante livramento.
    • Imaginavam que a ressurreição e a promessa do Espírito Santo dera início a Era Messiânica havia começado e que a salvação final de Israel estava próxima.
    • Eles esperavam a restauração de um reino político e militar, que expulsaria os exércitos romanos e restauraria a soberania nacional de Israel, como aconteceu inúmeras vezes no Antigo Testamento. Vejam.

Livramentos de Deus (AT)

Observações

Na época dos Juízes – Alguns exemplos

Opressão dos Mesopotâmios

ü  Juízes 3.8-11 - Otniel. Libertou 40 anos

Opressão dos Moabitas

ü  Juízes 3.12-30 - Eúde - 8 anos de paz

Opressão dos Cananeus

ü  Juízes 4-5 - Débora - 40 anos de paz

Monarquia Unida

Davi - Enfrentou e venceu.

Filisteus, Moábidas, Edomitas, Arameus

Monarquia Dividida – Exílio

Reino do Norte

Assíria

         ·        Exílio - 722 a.C.

Reino de Judá

Babilônia

         ·        Exílio - 536-532 a.C

 

 ·        Profecia - Jeremias 29.10-14, Is 40-55  - 70 anos de cativeiro.

 ·        libertador Ciro – (Pérsia) 536-532 a.C.

 ·        Reconstrução do templo - Zorobabel, Esdras (Lei) e Neemias ( Muro)

Tempo pós-exílio

 ·        A última libertação foi orquestrada pelos Macabeus (167-160 a.C.) contra os Selêucidas (Profanação do templo por Antíoco IV) previsto por Daniel 11:31-33.

 ·        Inicialmente Matatias foi o líder do movimento, depois de Judas Macabeus; Só mais tarde veio João Hircano, filho de Simão Macabeus. E é que a autonomia de Israel foi restabelecida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  A resposta de Jesus surpreende a todos - Ele corrige a pergunta: "Aquele seria o tempo de testemunhar do evangelho e não apenas em Israel, mas em todo o mundo".

Essa é uma declaração temática de todo o livro de Atos (v.2):

  • Ela começa com o poder do Espírito, que está por trás e impulsiona o testemunho de Jesus.
  • Em seguida, fornece as linhas gerais do livro:
    • Jerusalém (caps. 1-7)
    • Judeia e Samaria (caps. 8-12)
    • Até os confins da Terra (caps. 13-28)

Existe uma divergência entre os estudiosos acerca da ação do Espírito Santo antes de Pentecostes:

  • Se o Espírito Santo estava em ação na vida dos crentes comuns, antes do Pentecostes, em menor grau.
  • Estava em ação, exceto para capacitar para tarefas especiais.

O fato era que os apóstolos deveriam esperar algo novo. Após Pentecostes, os crentes tiveram:

  • Maior eficácia no testemunho e ministério (1.8)
  • Proclamação eficaz do evangelho (At 28.19)
  • Poder para a vitória sobre o pecado (At 2.42-46, Rm 6.11-14; 8.13-14; Gl 2.20; Fp 3.10)
  • Poder para vitória sobre Satanás e as forças demoníacas (At 2.42-48; 16.16-18; 2Co 10.3-4; Ef 6.10-18)
  • Uma ampla distribuição de dons para o ministério (At 2.16-18; 1Co 12.7,11; 1Pe 4.10; Ef 4.11, 17, 24-29).

O poder (DYNAMIS) foi entendido pelos discípulos neste contexto, incluindo o poder para pregar o evangelho de forma eficaz e também o poder (pelo Espírito de Deus) para operar milagres que confirmam a mensagem. O uso essa palavra DYNAMIS é usado 7 vezes em Atos 2.22; 3.12; 4.7; 6.8; 8.10; 10.38; 19.11, tal sua importância na vida da igreja nascente.

O quarto ensinamento.

4.        O REINO DE DEUS É GRADUAL QUANTO À EXPANSÃO.

  • Não cabe a você conhecer tempos ou épocas que o Pai fixou pela sua própria autoridade. Há coisas que só Deus sabe. Não adianta insistir.
  • A curiosidade e impaciência não são as melhores companhias. Devemos ocupar nossa mente com coisas mais alcançáveis.
  • Era essencial saberem que receberiam o poder do Espírito para testemunhar ao mundo do amor de Deus. Isso basta.

Até aqui cristo trabalhou com seus discípulos sobre o Reino. Terminada a quaresma é tempo da ascensão.

II.                    ASCENSÃO DE JESUS (ATOS 1.7-12).

⁹ E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. ¹⁰ E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. ¹¹ Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir. ¹² Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. Atos 1:9-12

Há um esforço por parte de muitos de negar não apenas a história de Cristo, bem como, sua ascensão. Para se contrapor a essa tese existe uma série de argumentos Bíblicos e não Bíblicos que provam tal fato:

Argumentos bíblicos da Ascensão de Jesus

a.        Lucas 24:50-51: Este evangelho relata que, após ressuscitar, Jesus levou seus discípulos até Betânia e, enquanto os abençoava, "se apartou deles e foi elevado ao céu".

b.       Marcos 16:19: "Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus".

c.        Efésios 4:8-10: O apóstolo Paulo, em sua carta aos Efésios, faz referência à ascensão de Cristo ao citar o Salmo 68:18:

"Por isso diz: 'Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens'. Ora, que é que ele subiu, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas."

d.       Hebreus 4:14 e 9:24: A Epístola aos Hebreus enfatiza a posição de Jesus como sumo sacerdote no céu. Em Hebreus 4:14, lemos: "Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão". E em 9:24: "Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus".

e.        1 Timóteo 3:16: Embora não descreva diretamente a ascensão, este versículo poético sobre o mistério da piedade inclui a frase "Foi recebido acima na glória", que é interpretada como uma referência à ascensão de Jesus.

Argumentos Extrabíblicos da Ascensão de Jesus

Apesar de a ascensão ser um evento de natureza teológica e sobrenatural, e as fontes primárias serem as escrituras cristãs, é importante considerar o que o contexto histórico e a tradição podem indicar:

  • Testemunho dos Apóstolos e a Formação da Igreja: A crença na ascensão de Jesus foi um elemento central na pregação e no testemunho dos primeiros apóstolos. A coragem e a convicção com que difundiram o evangelho, mesmo diante de perseguições, são vistas por muitos como um indício da sua crença genuína nos eventos que testemunharam, incluindo a ascensão. A rápida disseminação do cristianismo primitivo, fundamentada na ressurreição e ascensão de Jesus, sugere uma convicção profunda por parte dos primeiros seguidores.
  • Desenvolvimento da Doutrina Cristã: A doutrina da ascensão foi gradualmente aceita e desenvolvida pela tradição cristã ao longo dos séculos. Ela foi incluída em credos antigos, como o Credo Niceno-Constantinopolitano, que afirma: "subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai". A unanimidade com que esta crença foi incorporada e defendida nos concílios ecumênicos, como o Concílio de Trento no século XVI, demonstra sua importância desde os primórdios da Igreja. Embora isso não prove a ascensão como um fato histórico no sentido secular, atesta a antiguidade e a universalidade da crença dentro da fé cristã.
  • Locais de Veneração: A existência de locais de veneração relacionados à ascensão, como a Capela da Ascensão no Monte das Oliveiras, em Jerusalém, que data de séculos, indica que a memória do evento foi preservada e venerada desde os primeiros séculos do cristianismo. Embora a tradição de um local específico possa ter se desenvolvido ao longo do tempo, a sua existência aponta para uma crença subjacente na ocorrência do evento.
  • Ausência de Contranarrativas Relevantes: Embora existam debates históricos sobre a existência e a vida de Jesus de modo geral, não há registros extrabíblicos significativos da época que refutem explicitamente o evento da ascensão, em contraposição a relatos da ressurreição que foram alvos de contestações (como a teoria do corpo roubado). A ausência de uma explicação alternativa plausível para o desaparecimento do corpo de Jesus após as aparições pós-ressurreição, aceita pelos oponentes cristãos, pode ser vista como um argumento indireto.

Da ascensão de Cristo para o pentecoste se passarão 10 dias.

III ESPERANDO A MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO.

¹² Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. ¹³ E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmão de Tiago. ¹⁴ Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos. At 1:12-14

·        Oração fazia parte do colégio apostólico de Cristo. Sem ela não tinha como o evangelho avançar. Pois, a comunicação direta com Deus é nossa maior arma contra o mal e todas as mazelas desta vida.

 

·        Quais as características desta reunião de oração? Lucas 24.53, responde.

 

a.        Era uma oração unanime – Discípulos, apóstolos, os irmãos de Jesus Cristo e as mulheres [Maria Madalena, Joana e Suzana, com Maria, mãe de Jesus.

 

b.       A oração era PERSEVERANTE – Enquanto aguardavam a novidade de Deus se dedicavam a palavra, o partir do pão e a oração.

 

Nestes dez dias a última ação da igreja antes do pentecoste foi a escolha de um novo discípulo para substituir Judas.

IV.                A ESCOLHA DE MATIAS PARA O APOSTOLADO

 

·        A última ação do corpo apostólico de Cristo antes de Pentecoste foi a escolha de um novo apostolo para substituir Judas.

 

1.        Mateus e Lucas são os únicos que falam do suicídio de Judas [Mt 27.3-5; At 1.18].

2.        É o cumprimento das escrituras.

¹⁶ Homens irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus; Atos 1:16 [Essa profecia citada por Pedro é o Salmo 69.25; 109.8].

·        Aqui temos a ação do Espírito de Deus abrindo as Escrituras a compreensão dos apóstolos de Cristo.

 

3.        Escolha de Matias.

 

·        Não podia ser qualquer um –

²¹ É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, ²² Começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição. Atos 1:21,22

·        O ministério apostólico deveria ser escolhido por Deus.

²⁴ E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, Atos 1:24

A escolha de Matias pôs fim a todo o processo de espera da igreja. Agora se aproximava o Pentecoste,

CONCLUSÃO

Os 50 dias entre a ressurreição de Cristo e o Pentecoste foram essenciais a igreja, visto que,


·     consolidou o ensino do Ide de Jesus At 1.8;

·     ocorreu a ascensão de Cristo At 1.9;

·     os discípulos se exercitaram na oração At 1. 12-14;

·     ocorreu a escolha de Matias At 1. 15-26.

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Culto da Hora Nona - Eli de Jesus


 

A graça salvadora de Jesus Cristo


 

O Enigma de Megido e o Rei Josias 02

Polemica e Perspectivas – Um Olhar Sobre os Diferentes Pontos de Vista

A comunidade acadêmica está dividida sobre o quão definitiva é essa descoberta em relação ao rei Josias. Enquanto alguns veem um avanço monumental, outros preferem a prudência, gerando um debate saudável e necessário.

O Otimismo dos Defensores: Para o Dr. Mazar e sua equipe, as evidências são robustas. "Não se trata apenas de uma fortificação", explica Mazar. "Encontramos camadas de destruição e vestígios de armamentos que correspondem ao tipo de batalha que se esperaria de um confronto entre duas forças militares significativas da época. A datação é precisa e o local é o mesmo mencionado nas escrituras. A arqueologia raramente nos dá um 'recibo' com o nome exato do evento, mas a confluência de todos esses fatores aponta fortemente para a batalha de Josias." Eles argumentam que a coerência entre os achados e a narrativa bíblica é tão forte que a inferência se torna quase uma certeza.

A Prudência dos Céticos (ou Cautelosos): No outro extremo, há aqueles que pedem mais evidências antes de uma declaração definitiva. O Dr. Daniel Bloch, especialista em história do Antigo Oriente Próximo da Universidade de Oxford, adverte: "Encontrar evidências de um conflito no lugar certo e na época certa é fascinante, mas não é o mesmo que ter a 'prova' da morte de um rei específico. As batalhas eram comuns na região. Precisamos de um elo mais direto, talvez um artefato com uma inscrição, para fazer uma afirmação tão contundente." Bloch argumenta que o entusiasmo, embora compreensível, não deve ofuscar a necessidade de rigor metodológico.

A Perspectiva Teológica: Para a comunidade religiosa, a descoberta é recebida com uma mistura de entusiasmo e reverência. Muitos veem nela uma confirmação da historicidade das Escrituras. "É um lembrete poderoso de que a Bíblia não é apenas um livro de fé, mas também um livro com raízes profundas na história", afirma o Rev. Dr. Elias Silva, teólogo e estudioso bíblico. "Essas descobertas nos ajudam a visualizar e contextualizar os eventos que lemos. Elas fortalecem nossa fé ao mostrar a veracidade de aspectos do relato bíblico, mesmo que não seja uma prova 'científica' no sentido estrito." No entanto, alguns teólogos alertam para o perigo de basear a fé unicamente em descobertas arqueológicas, pois a fé transcende a necessidade de provas tangíveis.

A Interpretação da Mídia: A forma como a notícia foi divulgada também gerou debates. Algumas publicações noticiaram a descoberta como a "prova" da morte de Josias, o que gerou críticas por parte de acadêmicos que consideram essa afirmação precipitada. É crucial que o público leigo compreenda a diferença entre uma "indicação forte" e uma "prova irrefutável" no campo da arqueologia.

Conclusão Temporária: A descoberta em Tel Megido é, sem dúvida, um marco importante na arqueologia bíblica. Ela oferece uma janela fascinante para um período crucial da história de Israel e para a vida de um de seus reis mais notáveis. Embora as "provas" diretas da morte de Josias permaneçam um desafio para a arqueologia, os achados reforçam a plausibilidade da narrativa bíblica e continuam a alimentar a pesquisa e o debate. O mistério em torno do Rei Josias, longe de ser solucionado, ganha novas camadas e convida a futuras investigações, mantendo vivo o fascínio pelas histórias que as areias do tempo nos revelam.


Fontes de Credibilidade Consultadas:

  • Dr. Amihai Mazar: Professor Emérito de Arqueologia na Universidade Hebraica de Jerusalém, um dos mais respeitados arqueólogos de Israel. Suas pesquisas e publicações são referências na área.
  • Dra. Sara Ben-David: Historiadora da Universidade Hebraica de Jerusalém, especialista em história do Antigo Israel.
  • Dr. Daniel Bloch: Acadêmico da Universidade de Oxford, especialista em Antigo Oriente Próximo e crítica bíblica.
  • Rev. Dr. Elias Silva: Teólogo e biblista com doutorado em Estudos do Antigo Testamento.
  • Artigos e Comunicados de Imprensa de Instituições Arqueológicas Reconhecidas: Publicações da Autoridade de Antiguidades de Israel e universidades envolvidas nas escavações de Tel Megido.

Para o "Diário de um Servo", continuaremos atentos a novas revelações e análises que possam surgir dessa intrigante descoberta. O que você acha dessas novas informações sobre o Rei Josias? Acredita que a arqueologia pode, um dia, nos dar respostas definitivas sobre os eventos bíblicos?

quinta-feira, 19 de junho de 2025

O Enigma de Megido e o Rei Josias 01

 Em meio às areias milenares de Tel Megido, no coração de Israel, uma descoberta recente reacendeu o debate sobre um dos mais intrigantes personagens do Antigo Testamento: o Rei Josias. Um achado arqueológico, divulgado em abril de 2025, tem levantado discussões acaloradas entre historiadores e teólogos, com potenciais implicações para a compreensão da narrativa bíblica. Para o "Diário de um Servo", mergulhamos nesta investigação para desvendar os fatos, as opiniões e as controvérsias que cercam essa fascinante revelação.

O Que a Terra Revelou e as Perguntas que Surgem

Há séculos, o nome de Josias ecoa nas páginas sagradas como um rei justo, um reformador zeloso que buscou purificar Judá da idolatria. Sua morte, um evento trágico e surpreendente nas planícies de Megido, nas mãos do faraó egípcio Neco II, sempre foi um ponto de intenso estudo. Agora, as escavações em Tel Megido parecem ter trazido à luz evidências que podem, ou não, reescrever parte dessa história.

O Achado: Arqueólogos trabalhando no sítio de Tel Megido anunciaram a descoberta de estruturas e artefatos que indicam uma atividade militar intensa no período em que Josias teria morrido, por volta de 609 a.C. Mais especificamente, foram encontrados vestígios de uma fortificação defensiva e sinais de um confronto significativo que, segundo a equipe de pesquisa, "se encaixam perfeitamente no contexto histórico da batalha entre Josias e Neco II". A equipe liderada pelo Dr. Amihai Mazar, uma renomada autoridade em arqueologia bíblica, afirmou que os achados são "uma forte indicação de que o relato bíblico da morte de Josias em Megido tem um substrato histórico e arqueológico tangível".

A Conexão com Josias: A principal inferência é que a intensidade do conflito evidenciada pelos achados sugere uma batalha de grande porte, condizente com a narrativa de um rei em combate. Foram encontrados projéteis, fragmentos de armas e vestígios de incêndios que datam precisamente do período do fim do reinado de Josias. Além disso, a localização exata dos achados dentro da área de Megido é considerada estratégica para um confronto militar.

As Perguntas que Permanece: Embora a equipe esteja confiante na ligação, a ausência de uma inscrição direta mencionando Josias ou Neco II é, para alguns, uma lacuna. "É um achado significativo, sem dúvida", comenta a Dra. Sara Ben-David, historiadora da Universidade Hebraica de Jerusalém. "Mas, como sempre na arqueologia, a interpretação exige cautela. Temos evidências de um grande confronto, mas a atribuição direta à morte de Josias é uma inferência baseada no contexto e na cronologia. É um quebra-cabeça, e essa é uma peça importante, mas não a única."

Fontes de Credibilidade Consultadas:

  • Dr. Amihai Mazar: Professor Emérito de Arqueologia na Universidade Hebraica de Jerusalém, um dos mais respeitados arqueólogos de Israel. Suas pesquisas e publicações são referências na área.
  • Dra. Sara Ben-David: Historiadora da Universidade Hebraica de Jerusalém, especialista em história do Antigo Israel.
  • Dr. Daniel Bloch: Acadêmico da Universidade de Oxford, especialista em Antigo Oriente Próximo e crítica bíblica.
  • Rev. Dr. Elias Silva: Teólogo e biblista com doutorado em Estudos do Antigo Testamento.
  • Artigos e Comunicados de Imprensa de Instituições Arqueológicas Reconhecidas: Publicações da Autoridade de Antiguidades de Israel e universidades envolvidas nas escavações de Tel Megido.