domingo, 16 de outubro de 2016

16 de outubro – Devocional Diário CHARLES SPURGEON

Versículo do dia: Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. (João 21.12)
Nestas palavras, o crente é chamado à intimidade santa com o Senhor Jesus. “Vinde, comei” implica participar da mesma mesa e da mesma comida.

 Às vezes, elas significam assentar-se lado a lado com o Senhor e reclinar a cabeça no seu ombro. É ser trazido à sala do banquete onde a bandeira de amor redentor balança. “Vinde, comei” nos dá a visão da união com o Senhor Jesus, por que a única comida com a qual podemos nos banquetear, ao comer com Jesus, é Ele mesmo.

 Oh! que união profunda! É uma profundidade que a mente não pode imaginar, esta de nos alimentarmos de Jesus. “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele” (João 6.56). “Vinde, comei” também é um convite para desfrutarmos de comunhão com os santos. Os crentes diferem em vários pontos, mas todos eles têm o mesmo apetite espiritual. Se não podemos ter os mesmos sentimentos, podemos nos alimentar do mesmo pão da vida enviado do céu.

 Na mesa de comunhão com Jesus, somos um único pão e um único cálice. Enquanto o cálice de amor passa pelos irmãos, empenhamos nosso amor e unidade uns aos outros com sinceridade. Aproxime-se de Jesus, e você se perceberá cada vez mais unido a todos os que são sustentados pelo mesmo maná celestial. 

Se fôssemos mais íntimos de Jesus, seríamos mais próximos uns dos outros. Também vemos nestas palavras a fonte de vigor de todo crente. Olhar para Cristo significa viver; mas também para ganhar poder para servir a Cristo, é preciso vir e comer. Trabalhamos sob grande fraqueza desnecessária, porque negligenciamos este preceito de nosso Senhor.

 Nenhum de nós precisa se submeter a uma dieta de baixas calorias; pelo contrário, devemos nos alimentar da gordura e do tutano da Palavra, para que assim acumulemos forças e empreguemos todo poder, em seu pleno vigor, no serviço do Senhor. Portanto, se você deseja intimidade com Jesus, união com Ele, amor por seu povo e vigor dele, venha e coma com Ele, pela fé


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O amor cristão é humilde

Jonathan Edwards
14 de Setembro de 2016 - Vida Cristã

Eu gostaria de mostrar o que é humildade. A humildade pode ser definida como sendo o hábito da mente e do coração que corresponde à nossa indignidade e vileza em comparação com Deus, ou o senso de nossa própria insignificância aos olhos de Deus, com a disposição para um comportamento correspondente à humildade. Ela consiste em parte no senso ou estima que temos de nós mesmos; e, em parte, na disposição que temos para um comportamento correspondente a este senso ou estima. E o primeiro elemento na humildade é

 1.1. O senso de nossa própria insignificância comparativa. Digo insignificância comparativa porque a humildade é uma graça peculiar aos seres que são gloriosos e excelentes em todos os seus muitos aspectos. Assim os santos e anjos, no céu, suplantam em humildade; e esta é peculiar a eles e adequada neles, ainda que sejam seres puros, impolutos e gloriosos, perfeitos em santidade e excelentes na mente e força. Mas, ainda que sejam assim gloriosos, contudo possuem uma insignificância comparativa diante de Deus, e disto são sensíveis; pois lemos que, aquele diante de quem devemos nos humilhar, contempla as coisas que estão no céu (Sl 113.6). Assim o homem Jesus Cristo, que é o mais excelente e glorioso de todas as criaturas, no entanto é manso e humilde de coração, e em humildade suplanta a todos os demais seres. A humildade é uma das excelências de Cristo, porque ele é não somente Deus, mas também homem, e, como homem, ele era humilde; pois humildade não é, e não pode ser, um atributo da natureza divina. A natureza de Deus é de fato infinitamente oposta ao orgulho, e contudo a humildade não pode ser, propriamente, um predicado dele; pois, se o fosse, isto implicaria imperfeição, o que é impossível em Deus. Deus, que é infinito em excelência e glória, e infinitamente acima de todas as coisas, não pode ter em si qualquer consciência de insignificância, e portanto não pode ser humilde. Humildade, porém, é uma excelência peculiar a todos os seres inteligentes criados, pois todos eles são infinitamente pequenos e insignificantes diante de Deus, e a maioria deles é de alguma maneira insignificante e inferior em comparação com alguns de seus semelhantes. Humildade implica compromisso com aquela norma do apóstolo (Rm 12.3), a saber, que não devemos pensar de nós mesmos mais do que convém pensarmos, mas que pensemos de nós mesmos sobriamente, segundo Deus trata a cada um, na medida não só da fé, mas também das demais coisas. E esta humildade, como uma virtude nos homens, implica o senso de sua própria insignificância comparativa, tanto quando compara com Deus, como quando comparada com seus semelhantes.

 Primeiro, a humildade, primária e principalmente, consiste no senso de nossa insignificância quando comparados com Deus, ou o senso da infinita distância que há entre Deus e nós. Somos criaturas pequenas, desprezíveis, sim, vermes no pó, e devemos sentir que não passamos de nulidade, menos que nada, em comparação com a Majestade do céu e da terra. Abraão expressa tal senso de sua nulidade quando disse: “Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza” (Gn 18.27). Não existe humildade sem alguma medida deste espírito; porque, seja qual for a medida do senso que tivermos de nossa insignificância, quando comparados com alguns de nossos semelhantes, não somos realmente humildes, a menos que tenhamos o senso de nossa nulidade quando comparados com Deus. Há pessoas que cultivam o pensamento de inferioridade, acerca de si mesmas, quando se comparam com outras pessoas, à vista da insignificância de suas circunstâncias, ou de um temperamento melancólico e de desalento que lhes é natural, ou de alguma outra causa, enquanto nada sabem da infinita distância que existe entre elas e Deus; e, muito embora estejam prontas a olhar para si como sendo humildes, contudo não possuem a verdadeira humildade. Aquilo que acima de todas as demais coisas nos convém saber de nós mesmos é o que somos em comparação com Deus, que é nosso Criador e aquele em quem vivemos, nos movemos e temos nosso ser, e que é infinitamente perfeito em todas as coisas. E caso ignoremos nossa insignificância quando comparados com ele, então o que é mais essencial para nós, o que é indispensável à genuína humildade, está ausente. Mas, onde este fato é realmente sentido, aí a humildade se sobressai.

 Segundo, o senso de nossa insignificância quando comparados com muitos de nossos semelhantes. Pois o homem é não só uma criatura insignificante em comparação a Deus, mas ele é mui insignificante quando comparado com as multidões de criaturas de uma posição superior no universo; e a maioria dos homens é insignificante em comparação a muitos de seus semelhantes. E quando o senso desta insignificância comparativa se origina de um justo senso de nossa insignificância como Deus a vê, então ela é da natureza da genuína humildade. Aquele que tem um correto senso e estima de si mesmo, em comparação a Deus, provavelmente terá seus olhos abertos para contemplar-se corretamente em todos os aspectos. Vendo realmente como ele é com respeito ao primeiro e mais elevado de todos os seres, isso tenderá grandemente a ajudá-lo a ter uma justa apreensão do lugar que ele ocupa entre as criaturas. E aquele que não conhece corretamente o primeiro e mais elevado dos seres, que é a fonte e manancial de todos os demais seres, realmente não pode conhecer tudo corretamente; mas, na medida em que vem ao conhecimento de Deus, então está preparado para e é guiado ao conhecimento das demais coisas, e, então, de si mesmo, quando relacionado com os demais, e quando situado entre eles.

 Este conceito de humildade deve aplicar-se aos homens considerados como seres perfeitos, e teria sido verdadeiro de nossa raça, se nossos primeiros pais não houvessem caído e assim envolvido sua posteridade em pecado. Mas a humildade nos homens caídos implica o senso dez vezes maior de insignificância, quer diante de Deus, quer diante dos homens. A insignificância natural do homem consiste em estar ele infinitamente abaixo de Deus em perfeição natural, e em estar Deus infinitamente acima dele em grandeza, poder, sabedoria, majestade etc. Uma pessoa realmente humilde é sensível da pequena extensão de seu próprio conhecimento e da grande extensão de sua ignorância, e da pequena extensão de seu entendimento, quando comparado com o entendimento de Deus. Tal pessoa é sensível de sua debilidade, de quão pequena é sua força e de quão pequena é ela em sua capacidade de agir. Ela é sensível de sua natural distância de Deus; de sua dependência dele; e de que é pelo poder de Deus que ela é sustentada e provida, e que necessita da sabedoria de Deus para ser conduzida e guiada, e de seu poder para capacitá-la a fazer o que deve por e para ele. Ela é sensível de sua sujeição a Deus, e que a grandeza dele consiste propriamente em sua autoridade, de que ele é o soberano Senhor e Rei sobre todos; e que ela se dispõe a sujeitar-se a essa autoridade, quando sente que lhe convém submeter-se à vontade divina e em tudo sujeitar-se à autoridade de Deus. O homem teve esta sorte de pequenez comparativa antes da queda. Então, ele era infinitamente pequeno e insignificante em comparação a Deus; mas sua insignificância natural se tornou muito maior a partir da queda, pois a ruína moral de sua natureza reduziu grandemente suas faculdades naturais, ainda que não as extinguisse.

 A pessoa realmente humilde, desde a queda, é também sensível de sua insignificância e vileza morais. Isto consiste em sua pecaminosidade. Sua insignificância natural é sua pequenez como criatura; sua pequenez moral é sua vileza e imundície, como pecador. O homem antes da queda era infinitamente distante de Deus em suas qualidades ou atributos naturais; o homem caído está infinitamente distante dele também como pecador, e, por isso, imundo. E uma pessoa realmente humilde em alguma medida é sensível de sua insignificância comparativa neste aspecto: ela percebe quão excessivamente imunda é diante de um Deus infinitamente santo, a cujos olhos os céus não são limpos. Ela percebe o quanto Deus é puro e quão imunda e abominável é ela diante dele. Isaías teve esse senso de sua insignificância quando contemplou a glória de Deus e clamou: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos” (Is 6.5). O humilde senso de nossa insignificância, neste aspecto, implica aversão de nossa própria miséria, tal como a que levou Jó a exclamar: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora meus olhos te veem. Por isso, me abomino e me arrependo no pé e na cinza” (Jó 42.5, 6). Implica ainda aquela contrição e quebrantamento de coração de que fala Davi, quando diz: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Sl 51.17). E também o que Isaías contemplou quando declarou: “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos” (Is 57.15). E tanto o senso de nossa pequenez pessoal quanto o senso de nossa vileza moral diante de Deus, estão implícitos naquela pobreza de espírito de que fala o Salvador, quando afirma: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino do céu” (Mt 5.3).

 Além deste senso de nossa própria insignificância e indignidade, que está implícito na humildade, ser muito necessário para conhecermos a Deus, e termos o senso de sua grandeza, sem o qual não podemos conhecer a nós mesmos, precisamos também ter o senso correto de sua excelência e amabilidade. Os demônios e espíritos condenados veem uma grande porção da grandeza de Deus, de sua sabedoria, onipotência etc. Deus os torna sensíveis dessa grandeza, pela qual veem em seus modos de tratá-los e sentem em seus próprios sofrimentos. Por mais indispostos sejam eles em reconhecê-lo, Deus os faz saber o quanto ele está acima deles hoje, e saberão e o sentirão ainda mais, durante e após o julgamento. Eles, porém, não possuem humildade, nem jamais a possuirão, porque, ainda que vendo e sentindo a grandeza de Deus, contudo nada veem e nada sentem de sua amabilidade. E sem isto não pode haver real humildade, pois ela não pode existir a menos que a criatura sinta sua distância de Deus, não só com respeito à sua grandeza, mas também quanto à sua amabilidade. Os anjos e os espíritos redimidos, no céu, veem ambas estas coisas; não só quão maior é Deus do que eles, mas também quão mais amável é ele; de modo que, ainda quando não tenham contaminação e mácula absolutas, como possuem os homens caídos, contudo, em comparação a Deus, lemos que “nem os céus são puros a seus olhos” (Jó 15.15), e “aos seus anjos atribui imperfeições” (Jó 4.18). A partir desse senso de sua insignificância comparativa, as pessoas se tornam sensíveis de quão indignas são da misericórdia ou da observação graciosa de Deus. Jacó expressou esse senso quando disse: “Sou indigno de todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo” (Gn 32.10), e Davi, quando exclamou: “Quem sou eu, Senhor Deus, e qual é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui?” (2Sm 7.18). E aquele que realmente se humilha diante de Deus também possui esse senso.

Fonte: Editora Fiel

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

“Eu não consigo ver Jesus nesse tipo de show”, diz Rodolfo sobre música gospel

“Eu não consigo ver Jesus nesse tipo de show”, diz Rodolfo sobre música gospel

Antigo pergaminho hebreu foi "desembrulhado" digitalmente pela primeira vez

Técnica inovadora de imagem digital permite ler o frágil manuscrito


Um extremamente frágil e antigo pergaminho hebreu foi virtualmente "desembrulhado" pela primeira vez, revelando a mais antiga cópia já encontrada de uma escritura da Bíblia do Antigo Testamento, anunciaram investigadores esta quarta-feira.

Conhecido como o pergaminho Ein Gedi, incluem textos do Livro de Levítico e datam de pelo menos até o III ou IV século, possivelmente mais cedo, segundo o relatório publicado na revista Science Advances.

De acordo com a revista, decifrar o seu conteúdo será uma "descoberta significativa da arqueologia bíblica".

O pergaminho não é o mais antigo já encontrado. O mais antigo pertence aos Manuscritos do Mar Morto, que vão desde o século III Antes de Cristo até ao século II, adianta a revista.

Análises de radiocarbono revelaram que o livro Ein Gedi data do III ou IV século.

Alguns especialistas pensam que poderá ser mais velho, devido ao estilo de escrita e à forma como as letras estão desenhadas.

Os investigadores pensavam que o pergaminho estava perdido, porque foi queimado no século VI e era impossível tocar-lhe sem se dissolver em cinza.

O pergaminho foi encontrado por arqueólogo em 1970 em Ein Gedi, local de uma antiga comunidade judaica, e os seus fragmentos foram preservados pela Autoridade das Antiguidades de Israel durante décadas.

Os investigadores utilizaram avançadas ferramentas de digitalização para "virtualmente desembrulhar" o pergaminho e ver o seu conteúdo.

O pergaminho é o mais antigo livro do Pentateuco -- relacionado com os primeiros cinco livros das escrituras judaicas ou cristãs -- já encontrados.