A lição deste domingo na EBD versa sobre o concerto de Deus com Israel no Sinai. Oração perseverante, divisão de atividades, celebração consciente de uma aliança e atitude são palavras chaves deste estudo.
Na lição passada estudamos diversas provações enfrentadas por Israel no deserto. Vejam algumas:
- Provação da incredulidade - Ex 14.11,12.
- Provação do medo - Ex 14.15; 14.21.
- Provação da sede - Ex 15. 4; Ex 16.4.
- Aprovação da fome - Ex 16.3-4.
Na lição de hoje entra o sexto elemento: a guerra. Como se comportaria Israel numa guerra? Em termos militares era para ser um desastre. Pense comigo. Israel permaneceu no Egito 430 anos [Êxodo 12:41] dos quais uma boa fatia na condição de escravos. Até onde sei a nobreza deste e demais períodos da história jamais repassariam para os jovens escravos a arte da guerra. Escravos em condições de se defender, treinados para matar, isso seria suicídio político de qualquer nação imperialista. Veja o caso daquele hebreu que estava levando uma baita surra aponto de levar Moisés a defendê-lo [Ex 2.11-12]. Portanto, guerra era algo que os israelense teriam que ser provados e lições deveriam ser aprendidas aqui. Uma delas: dependência de Deus.
Moisés em defesa de um escravo hebreu |
Segundo o texto de Ex. 17.8-16, os amalequitas descendentes da Esaú [Gn 36.12] partem para a agressão na tentativa de eliminar israel da face da terra, bem como, inviabilizar a futura vinda do Messias por meio de Israel. É meus irmãos, aqui temos sinais de uma guerra que é espiritual. Satanás conhecia a promessa da vinda do Messias e desejava eliminar essa hipotese pela raíz.
Além do elemento espiritual haviam outros interesses bem mais intelegiveis para o momento são eles:
- Tomar as riquezas transportadas pelos filhos de Israel do Egito.
- Disputa de território.
O cenário de Refidim que anteriormente havia sido palco da provação da falta de água, agora seria de sangue. Semelhante a tantas outras ocasiões de decisões radicais Moisés toma para si a responsabilidade da direção do povo de Deus e logo instrui Josué no que deveria fazer [Ex 17. 9-10] e define seu papel na peleja. Essa luta se reveste de importância por dois motivos:
- Era a primeira batalha que os próprios israelitas teriam que combater com baixas humanas e tudo mais que envolve uma guerra. Anteriormente quem combatera em primeira frente fora o Senhor [travessia do Mar Vermelho].
- Seria testada a sabedoria e capacidade da liderança em resolver problemas. Certamente haveria dificuldades no desenrolar da peleja muito embora Deus em ultima analise os dirigiriam através dos seus servos.
- Só para reforçar: era uma Guerra Espiritual. Não se esqueçam, o Messias viria de Israel.
Essa batalha era de pequena monta, mas o suficiente para o proposito de Deus [Josué escolheu entre seus irmãos os melhores "soldados"].
Detalhes desta refrega e da sentença de Deus sobre os amalequitas:
- Eles atacaram israel pela extremidade do acampamento, lugar dos doentes e debilitados fisicamente
"Como te saiu ao encontro no caminho, e feriu na tua retaguarda todos os fracos que iam atrás de ti, estando tu cansado e afadigado; e não temeu a Deus. Deuteronômio 25:18
Note irmãos que essa estratégia amalequita é a mesma de satanás, ou seja, atacar em nosso ponto fraco. e para complicar ainda mais, numa hora em que a liderança de Moisés e as orientações divinas estavam sendo posta em cheque, veja:
E chamou aquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós, ou não?Êxodo 17:7
O momento era de fragilidade, A ordem de Moisés para que Josué escolhesse alguns homens para a batalha certamente estava ligado diretamente a essa situação. Não seria qualquer um. Como alguém pode lutar com ardor uma batalha espiritual se não confia em seu Deus e em sua liderança? Agora pense em desafios atuais:
- Construção ou reforma de Igreja.
- Abertura de frente missionária.
- Outros.
Nem todos estão no mesmo espirito, nem todos discerne a vontade de Deus, portanto, jamais poderemos contar com o apoio irrestrito de todos em qualquer que seja a luta espiritual. Moisés sabia disso e como líder experiente que era deu a Josué TOTAL AUTONOMIA para agir naquilo que sabia fazer melhor que qualquer um outro: depender de Deus. O extermínio dos amalequitas viria mais tarde através de Saul e Davi [I Sm 15.7; 27.8] fruto dos seus atos insanos e desrespeitosos para com seus parentes.
- Moisés e toda sua liderança estavam unidos no mesmo espirito de oração.
Essa foi a grande diferença: intimidade com Deus. A vida de Moisés era uma inspiração para seus liderados, independente das idas e vindas espirituais de Arão ou Hur. Moisés sozinho não poderia levar aquela luta a bom termo. Ele tinha Deus, tinha seu cajado, mas era humano e necessitava de outros da sua espécie para levar adiante a luta do povo de Deus. Literalmente Arão e Hur ajudaram a Moisés a segurar seu cajado [Ex 17.12].
Nesse momento tão tenso da vida de Moisés é que aparece Jetro [Ex 18.24] para confortá-lo e ajudá-lo na direção do povo de Deus. Sua orientação em dividir tarefas livrou Moisés e Israel de Sucumbir pela burocracia administrativa. Triste daquele líder que centraliza tudo em sua volta, que não dialoga de forma equilibrada com seus liderados, que tem ciume do seu posto e por fim, se acha acima do bem e do mal, portador único da revelação de Deus.
Meu professor de história da igreja essa semana falou algo que me deixou perplexo: "quando a palavra de Deus afirma que as portas do inferno não prevalecerá contra a sua igreja [Mt 16.18] ela se referia a igreja total, universal e não a igreja local. Essa dependendo da situação fecha as portas mesmo, como temos visto e ouvido relatos em nossos dias".
Fui obrigado a concordar com ele. Se Moisés fosse só para o cume do monte teria até vencido a batalha, pois aquela luta era de Deus, mas a quantidade de mortos e feridos seria no minimo dobrada, se Moisés continuasse a julgar sozinho todo o povo de Israel o resultado seria o mesmo [dor, desgaste, morte...]. Para que fazer a igreja do Senhor sofrer com nossas atitudes egoístas? Vamos caminhar juntos. Assim dar certo.
Após a experiência com os Amalequitas partem de Refidim e chegam ao Sinal. Nesse lugar se cumpre a promessa de Deus feita a Moisés em Ex 3.12:
E disse: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte.
No Sinai Deus faz uma aliança com Israel. As bases desta aliança era obediência as orientações de Deus.
"Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel".
Propósitos:
- Ser uma nação santa;
- Ser portador de uma mensagem de salvação universal;
- Ser um reino sacerdotal.
Se Israel fosse obediente a vontade de Deus teria sua proteção e benção. É interessante notar que esse pacto foi feito primeiramente a Abraão [Gn 12.1-3] e repetido com Isaque e Jacó e agora com toda a nação no Sinai. A lei seria a parte prática desta aliança.
Na época havia outras leis como as do Código de Hamurabi [1700 a.C.,], porém não possuía os mesmos princípios morais e éticos da Lei do Sinal. A lei de Hamurabi fazia acepção de pessoas, de forma que as penalidades cometidas por membros das classes inferiores eram punidos com mais rigor, enquanto na Lei Moisaica não [Levítico 19.15]. Pais não pagavam por pecados dos filhos [Dt 24.16] enquanto no Código de Hamurabi sim [Se uma casa cair e morrer o filho do dono da casa o filho do arquiteto morrerá também - Seção 230]
As leis apresentadas por Deus se divide em:
- Dez mandamentos - Princípios religiosos e morais - 20. 2-17.
- Leis Cerimonial - Normas e procedimento do culto - Ex 20.22-26
- Leis civis - Vida civil - Ex 21.1 a 23.19.
Para o recebimento da Lei do Senhor foram tomados alguns cuidados. O povo teve que ficar fora do limite do Monte Sinai, tomarem banho e evitarem por completo as relações sexuais. Percebe-se aqui que o espírito de santidade era um requisito básico para a celebração deste pacto.
É importante observar que no momento em que você aceita a Cristo como seu salvador e senhor você estabelece um pacto com Deus. O sinal desta aliança é o sangue de Cristo derramado na Cruz do calvário por nossos pecados. Sua parte nessa Nova Aliança foi aceitar o amor de Deus e dedicar a ele a sua vida. Deus é fiel e poderoso para honrar a sua parte nesse novo pacto, mas precisamos ser fiel a esse pacto. Pacto é compromisso e é isso que Deus requer de você: comprometimento com seu reino. A todos um ótimo domingo e fique na doce paz de Deus.
"E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel". Ex 19.6
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