domingo, 8 de julho de 2018

A DIFICULDADE EM CONTINUAR A OBRA NA SÍRIA



Pastor Simon supervisiona três igrejas ao sul do país e compartilha sobre os impactos da crise econômica

Depois de sete anos de guerra, a Síria enfrenta uma crise financeira que afeta a população que permaneceu no país. O custo de vida alto faz com as pessoas não consigam comprar nem mesmo itens básicos de sobrevivência. Por isso, a ajuda emergencial é tão importante para os sírios. Em 2017, quase 200 mil pessoas receberam esse auxílio, que inclui cestas básicas, kits de higiene pessoal, cuidados médicos, remédios, roupas, cobertores, entre outros.

Esse é o caso do pastor Simon, que supervisiona três igrejas no sul da Síria. Com frequência ele ouve pessoas dizendo que o apoio da igreja, possível com a ajuda da Portas Abertas, faz uma grande diferença. Isso o motiva a continuar, apesar de suas filhas pedirem quase que todos os dias para deixarem a Síria. “Quando a crise começou, havia cerca de 900 famílias cristãs na cidade. Agora, temos apenas 310 que auxiliamos e as cestas básicas os ajudam a ficar”, explica o pastor. Por meio da sua doação, a Portas Abertas apoia o pastor Simon não apenas com alimentos, mas também na reconstrução de casas e igrejas.

Apesar de saber que tem um chamado e ver Deus agindo, o pastor compartilha sobre as dificuldades enfrentadas por ele e pela família. “A questão não é apenas a segurança, o nível de educação também caiu muito e já não temos bons médicos. A pressão tem aumentado para os pais. Minhas filhas dizem adeus para os amigos todos os dias e por isso também querem ir embora”, declarou. Ele afirma que Deus ainda não o instruiu a partir. “Quando encontro pessoas sofrendo vejo que minha presença faz diferença. Eles pedem para não os deixar aqui. Sei que se eu for, não terá ninguém para servi-los”, completa.

Uma questão de sobrevivência 

Você pode continuar ajudando os cristãos sírios a reconstruir o país e ter uma vida digna. Contribua para o programa de ajuda emergencial e apoie nossos irmãos nessa grande obra de restauração. Com a sua parceria, cristãos têm acesso a itens básicos, como comida, roupas e remédios. Ore pela paz na Síria, pelo fim dos combates e bombardeios. Interceda pelo governo, para que tome decisões certas que beneficiem a população e o futuro do país.


*Nomes alterados por segurança

sexta-feira, 6 de julho de 2018

O estresse e seu impacto em nosso relacionamento com Deus (Parte 1)

Artigo
Sharon Dickens
26 de Junho de 2018 - Vida Cristã

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30).

Eu estava no palco palestrando em nosso evento “Weekender”, de repente percebi que eu não sabia o que deveria dizer. Felizmente todos pensaram que a longa pausa era proposital, mas os poucos na sala que me conheciam bem sabiam que algo estava acontecendo. Eu esqueci as palavras, perdi a linha de raciocínio e estava em silêncio entrando em pânico mental. Felizmente, eu tinha minhas anotações e li a página de modo rápido, encontrando o próximo tópico de minha palestra.

Essa não foi a primeira vez nos últimos tempos que meu cérebro não funcionou como deveria ou eu tinha esquecido de algo significativo. Os papéis duplos de diretora de operações e do ministério de mulheres eram demais. Eu estava sob pressão, tentando equilibrar vinte coisas ao mesmo tempo, confiar em Deus, manter a calma e liderar uma equipe enquanto continuamos a construir uma infraestrutura, servir nossas plantações de igrejas e a trabalhar no ministério de mulheres. Eu estava exausta, quase esgotada, completamente estressada e isso estava começando a ter um impacto físico sobre mim. Havia muito a fazer e pouquíssimo tempo.

Logo após isso, a melhor coisa que já aconteceu foi: Eu “lavei” meu iPhone na máquina de lavar roupas (estava no bolso do meu moletom). Não é a resposta normal se alegrar e agradecer a Deus nesses momentos, mas o dom de três semanas incomunicável foi uma bênção. Foi um bom descanso forçado. Até aquele momento eu não acho que realmente havia percebido quão cansada e estressada eu realmente estava.

Em um documentário da BBC chamado “The Truth about Stress” [A Verdade sobre o Estresse], a apresentadora Fiona Phillips afirmou que “a Organização Mundial de Saúde o declarou (o estresse) a epidemia de saúde do século XX”. No ano passado, o estresse foi responsável por metade de todos os dias de afastamento do trabalho por doenças.

“O estresse se manifesta como uma disfunção física, psicológica ou social, fazendo com que os indivíduos se sintam incapazes de preencher a lacuna das exigências ou expectativas colocadas sobre eles” — Health and Safety Executive

O que é estresse?
O estresse é uma parte inevitável da vida, mesmo na vida cristã. É claro que somos todos diferentes; o que estressa uma pessoa pode nem sequer preocupar outra. Meu pior cenário não inclui uma aranha enorme, peluda e feia, mas o que aumenta meu nível de estresse é falar em público. Meu ritmo cardíaco aumenta, meu cérebro trabalha mais rápido e fico agitada enquanto meu corpo responde ao estresse, inundando-o com substâncias e hormônios que são liberados para me ajudar a lidar com a situação.

O estresse tem sido frequentemente chamado de “resposta de fuga ou luta”. Trata-se de uma parte normal de nossa estrutura, e é algo bom, pois nos ajuda a ficar alertas ao perigo e poder responder rapidamente. Semelhante a um mecanismo de segurança. Deve ser uma coisa temporária; nós não devemos viver em um estado constante de perigo e estresse. Os estilos de vida que vivemos, o trabalho, as pressões e as exigências podem dar a entender que podemos estar continuamente em modo de “fuga ou luta”. Rapidamente nos sentimos oprimidos. O resultado é desequilíbrio, gerando problemas de saúde e outros prejuízos.

Você está estressado — desgastado?
O estresse se manifesta de várias maneiras. Você está sobrecarregado, irritável, irado, ansioso, temeroso, preocupado, encontrando dificuldades para se concentrar, tendo dificuldade em tomar decisões ou tendo muitas dores de cabeça? Você se sente constantemente cansado, tem tido problemas para dormir ou talvez tem evitado totalmente o contato com as pessoas e se isolado completamente? Esta não é uma lista exaustiva e qualquer pessoa que tenha se identificado deve procurar aconselhamento médico apropriado.

Talvez você esteja um pouco como eu: cansada e estressada, mas se arrastando. Você acorda de manhã e se pergunta como é possível se sentir mais cansada do que quando foi dormir? Você pode até tentar desacelerar, mas parece que não dá certo. Algo sempre fica no caminho: o celular, um e-mail, as crianças, as demandas do trabalho, as atividades domésticas. Recursos que deveriam nos ajudar e economizar tempo apenas aumentam a pressão, já que agora temos a possibilidade de fazer mais coisas: bancos on-line, agendas, e-mails, mensagens de voz e de textos, Twitter e Facebook. Tudo isso se infiltra em nossa vida. Se há algum tempo livre, nós apenas colocamos outra coisa no lugar. Isso descreve você?

Que impacto o estresse tem no seu relacionamento com Deus?
Ter um tempo com Deus é uma prioridade para você ou é outro item da lista, exigindo o seu tempo? Você o comprime em um espaço livre no seu dia? Você sabe o que quero dizer — de repente você desenvolve o hábito de fazer o seu “momento devocional” no carro enquanto ouve a Bíblia em áudio e ora sobre algumas coisas no caminho do trabalho. Você realmente não meditou na Palavra de Deus, mas marcou o item “devocional” na sua lista de afazeres. Quando se trata de passar tempo com Deus, o verdadeiro problema não é que tenhamos muita coisa acontecendo, mas que permitimos que essas coisas nos distraiam de passar um tempo significativo com ele. Essa é a dura realidade!

Continua na Parte 2.

Tradução: Camila Rebeca Teixeira.

Revisão: William Teixeira.

Original: Stressed to the Max: How Do You Know if You’re Too Stressed?

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Antigo mosaico pode revelar como seriam os rostos dos apóstolos Pedro e Paulo

Fotos do mosaico descoberto em Roma.
(Foto: Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra)
por Jarbas Aragão
Fonte: GospelPrime

Arqueólogos encontraram as mais antigas representações dos apóstolos Pedro e Paulo.  As imagens faziam parte de um mosaico nas pequenas catacumbas de Santa Tecla, localizada a uns 500 metros da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma.


No mesmo local há cerca de uma década foram encontrados ossos de um homem que especialistas do Vaticano identificaram como de Paulo, que sabidamente morreu em Roma.

Os ícones estavam em um mural, a quatro metros de profundidade, num cubículo de uma antiga tumba. Na verdade, a existência deste cubículo é conhecida desde 1720, mas as imagens estavam ocultas por uma grossa camada de cal.

Com a aplicação de novas técnicas da arqueologia, principalmente o uso do laser, eles foram revelados ao mundo. Apresentados pelo presidente da Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra e do Pontifício Conselho para a Cultura, o cardeal Gianfranco Ravasi, acredita-se que as faces sejam a representação mais próxima das figuras bíblicas.

Mosaico com o possível rosto do apóstolo Pedro.
(Foto: Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra)
Ao contrário de muitos registros antigos, descobertos em igrejas no Oriente Médio, os desenhos dos 12 não são todos muito parecidos. Fabrizio Bisconti, professor de Arqueologia Cristã e Medieval da Universidade de Roma, explicou que após várias tentativas, o laser permitiu revelar os primeiros três ícones, que representariam Pedro, André e João.

Mosaico com o possível rosto do apóstolo Paulo.
(Foto: Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra)
Mais tarde foi revelado também o de Paulo. Fica claro como os primeiros cristãos conseguiram distinguir os rostos de cada um desses personagens. Com informações Aleteia.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Cidade datada de 200 antes de Cristo descoberta na Catalunha

Um georradar descobriu a rede urbana de uma cidade abandonada cerca de 200 anos antes de Cristo, enterrada em Banyeres del Penedès, perto de Tarragona, na Catalunha, com uma superfície aproximada de 2,5 hectares.

A cidade foi descoberta no âmbito de um programa científico promovido pela Universidade de Barcelona (UB) e pelo 'Ayuntamiento' (Câmara) de Banyeres del Penedès, cujos primeiros resultados foram apresentados hoje no palacete do século XVIII Heretat Sabartés, em Banyeres, 500 metros a norte da descoberta.

Joan Sanmartí e Jaume Noguera, docentes da UB, e Maria Carmen Belarte, do Instituto Catalão de Arqueologia Clássica, lideraram o projeto que descobriu uma povoação de importância similar à de Ullastret, o maior núcleo dos iberos descoberto até agora na Catalunha.

Os arqueólogos explicaram que os resultados da prospeção geofísica, realizada pela empresa SOT Prospección Arqueológica, e dirigida por Roger Sala, "revelaram boa parte de uma cidade com uma estrutura viária bastante regular, formada por umas ruas aproximadamente paralelas e largas e cruzadas perpendicularmente por umas vias mais estreitas".

De momento, foram identificados cerca de 200 recintos, como praças, edifícios singulares, muralhas, torres e um grande fosso da que, aparentemente, foi a grande cidade da tribo ibérica dos cesetanos.

Os cesetanos viviam na zona que se estende entre o maciço de Garraf e de Balaguer e tinham a capital em Kesse, atual Tarragona.

Escavações nas décadas de 1980 e 1990 já apontavam para a eventual existência de uma grande cidade, que agora foi descoberta.

Os arqueólogos tinham garantido que a recolha de material cerâmico superficial e os anteriores trabalhos de escavação indicam que já existia um núcleo de povoação no século VI antes de Cristo, que durou até ao ano 200 antes de Cristo, quando foi abandonado devido à Segunda Guerra Púnica ou às revoltas indígenas imediatamente posteriores.

Fonte: Lusa