terça-feira, 24 de dezembro de 2019

E. M. Mário Lira - Conteúdos das provas de história do 4º bimestre 2019

Turma: 6º ano.

A prova do 6º ano será com base na leitura e interpretação de texto.

Turma: 7º ano

Páginas: 224, 226, 244, 245, 279.

Turma: 8º ano

Páginas: 260, 262, 281, 282, 289.

Turma: 9º ano

Páginas: 197, 198, 200, 220, 204.

Bons estudos a todos e um feliz Natal e abençoado Ano Novo.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

As parábolas de Jesus - A ovelha perdida e a Dracma perdida.


De acordo com o dicionário Michaelis parábola é uma narrativa alegórica que tem por objetivo transmitir uma mensagem de maneira indireta, usando como recurso a analogia ou a comparação. No campo da religião corresponde a uma narrativa alegórica que transmite preceitos morais ou religiosos, comum nas Escrituras Sagradas.

A parábola é comum na literatura oriental. Jesus Cristo fez uso da mesma para firmar seus ensinos no coração e mente dos seus ouvintes. Seu conteúdo tinha por base elementos da cultura popular, sendo estes facilitadores (Mt 13.10-11) ou não (Mt 13.13) da compreensão da mensagem.

Em Lucas 15 temos uma sequencia de narrativas classificadas como as parábolas dos achados e perdidos. Nessa unidade literária encontramos a história da ovelha perdida, da dracma perdida e do filho perdido. Em nosso trabalho nos deteremos nas duas parábolas iniciais onde faremos uma relação entre os textos e contextos culturais existentes.

Segundo Kenneth Bailey as parábolas de Lucas 15 não trata de uma defesa ou proclamação do evangelho, mas de uma defesa contundente da associação de Cristo com os pecadores. No contexto da parábola da Ovelha Perdida essa tese fica exposta no momento da comunhão a mesa.

Em sua análise acerca dos costumes da época fica claro o comprometimento do anfitrião com os convivas (pecadores e publicanos). A atitude de Cristo revela um forte grau de intimidade e aceitação mutua. Portanto, convidar uma pessoa para sentar a mesa significava comunhão, confiança, perdão e identidade. Para Bailey essa atitude reflete a essência do ministério de Jesus Cristo.  “Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores”  Mc 2. 17

A reação dos fariseus flui no texto em contraposição a ação de Cristo. Para esse grupo era inaceitável um contato tão intimo com pecadores e publicanos. “E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe e come com eles”. (Lucas 15.2)

Alguns pontos de destaque na parábola da ovelha perdida.

·         Ela é classificada por Bailey como uma prosa em paralelo que contem três estrofes e notável paralelismo estrutural.

·         O clímax da narrativa é alegria pela restauração.

·         A alegria é manifesta em dois momentos: No primeiro quando o pastor encontra a ovelha e noutro momento quando chega à comunidade.

Neste ponto Bailey trabalha a ideia do fardo da restauração. Achar a ovelha é a etapa inicial do trabalho, ela tem que ser conduzida ao aprisco nos ombros do pastor, daí a restauração. Na parábola o pastor encara esse sacrifício com disposição e alegria, assim como o próprio Cristo encararia sua paixão. A comunidade festeja o fato do pastor está vivo e o pastor pela missão cumprida com sucesso.

É interessante como Cristo mexe com o preconceito farisaico quando os coloca na condição de pastor de ovelha em sua narrativa. Essa profissão era tida como proscrita, portanto, jamais um fariseu ousaria praticá-la. Essa mesma abordagem é exposta na parábola da Dracma perdida quando introduz a figura feminina. Nesse último caso o preconceito farisaico recaia sobre as minorias sociais.

Na parábola da Dracma perdida não existe a alegria no fardo da restauração, contudo, o tema da alegria aparece no inicio e fim da mesma. Ela possui uma estrutura simples se limitando a duas estrofes curtas.

Quanto aos elementos culturais a parábola da Dracma perdida evidencia:

·         a falta de recursos financeiros por parte da comunidade camponesa;
·         a condição da mulher numa sociedade agrícola.

Esses elementos culturais são exatos quanto à época, visto que, retratam bem a realidade vivenciada por qualquer aldeã. O valor que se dá a uma moeda quando membro de uma comunidade agrícola-pastoril e autossuficiente é bem diferente de nossos dias. Naquela época o acesso aos produtos da terra era mais fácil que ao dinheiro. O uso que se fazia do mesmo era diversos podendo ser encontrados em colares e vestidos das mulheres em parte por sua raridade. Portanto, a falta de uma moeda fazia uma grande diferença na vida de uma aldeã.

Aqui como na parábola da ovelha perdida existe uma busca incansável por aquilo que se havia perdido. Essa condição demonstra profundamente a graça e a misericórdia de Deus em busca do pecador arrependido. Esta é a tese de Jesus Cristo, essa é a sua resposta aos fariseus que não enxergavam com clareza a vontade do SENHOR procurando a todo custo manter exclusivismo judaico da salvação.

Por fim, as duas parábolas formam uma unidade literária que apresenta de forma explicita a defesa de Cristo em sua associação com os pecadores.

Bibliografia
BAILEY, Kenneth E. As parábolas de Lucas. 1 ed. São Paulo: Vida Nova, 1985.
Bíblia de Estudo Almeida. Barueri. S. Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Queda do Império Assírio foi influenciada por seca de 60 anos

Estudo internacional é um dos primeiros a usar estalagmites de cavernas como registro de mudanças ambientais.

Caçada real a leão, relevo encontrado no Palácio do Norte em Nínive: o poderoso Império Assírio caiu depois de uma seca de 60 anos. Crédito: Mark.murphy /Wikimedia

O colapso repentino da Assíria (o maior império de sua época), baseado no norte do Iraque e que se estendia do Egito ao atual Irã, consumado na queda de sua capital, Nínive, em 612 a.C., sempre foi um enigma para arqueólogos e historiadores. Afinal, havia uma enorme quantidade de documentação textual em caracteres cuneiformes, escavações arqueológicas e pesquisas de campo. Um estudo recente de pesquisadores internacionais que dá uma resposta ao desafio foi publicado na revista “Science Advances”.

Inúmeras teorias sobre o colapso – a “mãe de todas as catástrofes”, como dizem alguns historiadores – foram apresentadas desde que Nínive foi escavada pela primeira vez por arqueólogos, 180 anos atrás. Mas como dois pequenos exércitos – os babilônios, no sul, e os medos, no leste – conseguiram convergir na capital assíria e destruir completamente o que era então a maior cidade do mundo permanecia um ponto de interrogação.

Uma equipe de pesquisadores liderada por Ashish Sinha, da Universidade Estadual da Califórnia em Dominguez Hills, e usando dados arquivísticos e arqueológicos fornecidos por Harvey Weiss, professor da Universidade Yale, conseguiu pela primeira vez determinar a causa subjacente ao colapso. Ao examinar os novos registros de precipitação de chuvas da área, a equipe descobriu uma superseca abrupta de 60 anos que enfraqueceu o estado assírio a ponto de Nínive ser invadida em três meses e abandonada para sempre.

“Explicações anteriores sobre o colapso do império se concentraram na instabilidade política e nas guerras”, escreveram Sinha e seus colegas. “O papel da mudança climática foi amplamente ignorado, em parte devido à falta de registros paleoclimáticos de alta resolução da região.”

Dependência das chuvas
A Assíria era uma sociedade agrária dependente da precipitação sazonal para o cultivo de cereais. Ao sul, os babilônios dependiam da agricultura de irrigação, e por isso seus recursos, governo e sociedade não foram afetados pela seca, explicou Weiss.

A equipe analisou estalagmites (um tipo de espeleotema, formação rochosa que ocorre tipicamente no interior de cavernas como resultado da sedimentação e cristalização de minerais dissolvidos na água) recuperadas da caverna de Kuna Ba, no nordeste do Iraque. Os espeleotemas podem fornecer uma história do clima através das proporções de isótopos de oxigênio e urânio da água infiltrada que são preservadas em suas camadas. O oxigênio da água da chuva vem em duas variedades principais: pesada e leve. A proporção de tipos pesados ​​e leves de isótopos de oxigênio é extremamente sensível a variações de precipitação e temperatura. Com o tempo, o urânio preso nos espeleotemas se transforma em tório, permitindo que os cientistas datem os depósitos das formações.

A equipe de pesquisa sincronizou essas descobertas com registros arqueológicos e cuneiformes e conseguiu documentar os primeiros dados paleoclimáticos da superseca que afetou o coração da Assíria no momento do seu colapso do império, quando seus vizinhos menos atingidos pela estiagem invadiram o império.

Precipitação pequena
Os registros revelaram que o intervalo entre 850 a.C. e 740 a.C., quando o Império Assírio estava no auge, foi um dos períodos mais chuvosos em 4 mil anos, com níveis de precipitação durante a estação fria entre 15% e 30% mais altos do que no período de 1980 a 2007. Mas os dados registros também sugerem que a precipitação da estação fria durante uma megacolheita do século 7 a.C. pode ter ficado abaixo do nível necessário para a agricultura produtiva.

“Agora temos uma dinâmica histórica e ambiental entre o norte e o sul e entre a agricultura de sequeiro [técnica para cultivar terrenos onde a pluviosidade é pequena] e a agricultura de irrigação, através da qual podemos entender o processo histórico de como os babilônios conseguiram derrotar os assírios”, disse Weiss.

Com base na arqueologia e na história da região, Weiss entendeu como os dados de megaplanejamento da Assíria eram sincronizados com a cessação de campanhas militares de longa distância e a construção de canais de irrigação semelhantes aos dos vizinhos do sul, mas restritos em sua extensão agrícola. Outros textos notaram que os assírios estavam preocupados com suas alianças com lugares distantes, enquanto também temiam intrigas internas, observou o professor de Yale.

“Isso se encaixa em um padrão histórico que não é apenas estruturado no tempo e no espaço, mas também no tempo e no espaço repletos de mudanças ambientais”, acrescentou ele. “Essas sociedades experimentaram mudanças climáticas de tal magnitude que simplesmente não puderam se adaptar a elas.”

Segundo Weiss, com esses novos registros de espeleotemas, paleoclimatologistas e arqueólogos agora podem identificar mudanças ambientais no registro histórico global que eram desconhecidas e inacessíveis até 25 anos atrás. “A história não é mais bidimensional; o estágio histórico agora é tridimensional”, vaticinou o professor de Yale.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

“Estamos vendo profecias da Bíblia se cumprirem”, diz arqueóloga de Israel

Anarina Heymann atua em um projeto de escavações em Jerusalém e disse que a Bíblia tem importante papel neste processo.

Por JM Notícia -2 de novembro de 2019


Quando as pessoas visitam a Cidade Velha de Jerusalém, elas podem acreditar que é o mesmo lugar que o rei Davi estabeleceu como sua capital há mais de 3.000 anos. Mas esse não é exatamente o caso. Arqueólogos estão descobrindo o local que seria originalmente a “Cidade de Davi” e contando aos outros sua incrível história.

Anarina Heymann é arqueóloga atua como coordenadora de divulgação da “Cidade de Davi”.

“Bem-vindos à Cidade de Davi”, disse Heymann à equipe da CBN News. “É o lar da antiga Jerusalém bíblica e até 150 anos atrás, todos pensaram que a antiga Jerusalém bíblica estava dentro dos limites da Cidade Velha, logo atrás de vocês, dentro destes muros. Então a questão é: “O que aconteceu 150 Anos atrás e onde está a antiga Jerusalém bíblica?”.

Ela então ajudou a responder a essa pergunta, explicando como a cidade de Davi ficou escondida por quase 2.000 anos até que um arqueólogo britânico começou a escavar e suas descobertas continuam até hoje.

“Estamos em um lugar mágico agora”, continuou Heymann. “Este é o lugar ao qual Charles Warren chegou através dos resquícios que ele encontrou. Ele viu alguma coisa. E quando Charles Warren viu isso, ele percebeu que estava redescobrindo a antiga Jerusalém bíblica”.

Questionada se o trabalho de Warren teria sido o início da inauguração da Cidade de Davi nos tempos modernos, ela respondeu: “Exatamente porque estamos falando de um período de 2.000 anos, no qual ninguém sabia onde era a cidade antiga. A maioria dos visitantes pensavam que o que eles viam na Cidade Velha, era a antiga Jerusalém bíblica. Mas só quando Warren fez suas descobertas, comprovou que a antiga Jerusalém está fora do que hoje chamamos de Cidade Velha”.


A descoberta do sistema de túnel conhecido como “Eixo de Warren” conta visualmente como o rei David capturou a cidade e ilustra relatos bíblicos.

“Quando vimos isso, de repente percebemos exatamente como a imagem se montava”, continuou Heymann. “E muitas vezes, quando fazemos escavações, também não sabemos o que estamos procurando e então temos de ir à Bíblia e é ela mesma quem começa a nos explicar. Então, a Bíblia vem primeiro e depois as escavações. Quando juntamos os dois fatores, isso nos dá a imagem completa sobre a antiga Jerusalém”.

Anunciando Reis de Israel

Se aprofundando em suas pesquisas, os arqueólogos descobriram mais detalhes sobre como os homens se tornavam reis em Israel.

“A maioria dos reis de Israel foram ungidos exatamente onde estamos de pé agora. Estamos de pé no lugar da unção. E Isaías diz que você irá tirar água com alegria das origens da salvação”, disse ela.

Na verdade, a Cidade de Davi ecoa com toda a mensagem e o povo da Bíblia.

“Abraão, quando conheceu Melquisedeque e depois chegamos a Davi, a Salomão, chegamos a Isaías quando ele estava dando suas profecias esses muros aqui”, disse ela. “Jeremias, quando posteriormente teve que falar sobre a destruição que se aproximava de Jerusalém … todas essas coisas aconteceram exatamente onde estamos de pé agora”.

Há mais de 10 anos, os arqueólogos descobriram outro local de importância bíblica, o Tanque de Siloé, que foi alimentado pela Fonte de Giom. O tanque foi o lugar onde Jesus curou o cego e também onde o povo judeu se reuniu para as Festas do Senhor.

“Três vezes por ano, todos os homens tiveram que vir ao mikvah (banho ritual) neste tanque e de lá se preparavam para ir ao Monte do Templo. Esta é a caminhada, a ascensão final, que todos os peregrinos podem fazer novamente quando visitam Jerusalém”, explicou.

Heymann vê essa ascensão final como uma fusão entre a arqueologia e a as próprias profecias bíblicas.

“Algo incrível está acontecendo, porque você vê que agora estamos escavando esta estrada e a profecia novamente está sendo cumprida. Em Isaías diz ‘Passai, passai pelas portas; preparai o caminho ao povo; aplanai, aplanai a estrada, limpai-a das pedras; arvorai a bandeira aos povos”, lembrou a arqueóloga.

Uma escavação em curso é o túnel que leva do Tanque de Siloé ao Monte do Templo. Heymann diz que isso revela o passado e abre uma porta para o futuro.

Um dos projetos mais ambiciosos da cidade de Davi é uma escavação chamada Givati, onde toda a história de Jerusalém está sendo revelada como se as rochas estivessem gritando.

“Você pode ver exatamente como ela (Jerusalém) desapareceu lentamente da civilização, justamente porque uma cidade foi construída sobre a outra, e você podia ver como provavelmente a cidade poderia ter perdido a esperança, pensando: ‘quem vai me descobrir de novo?’. Mas isso é até que Deus diga: ‘Mas em um momento de favor, nada pode detê-lo’ e é isso que vemos em Giviti. Jerusalém está sendo revelada lentamente “, disse ela.

A pesquisadora não tem dúvida de que está vendo as profecias – sobretudo esta de Isaías – se cumprindo.

“Estamos começando a ver na última década, o modelo. Ela está começando a compartilhar novamente como era sua aparência. Então, você pode ver como o cumprimento da profecia está acelerando enquanto nós avançamos aqui. É dito que [em hebraico] ‘Levante-se, sacode sua poeira, tome o seu lugar legítimo, Jerusalém’. Se você vê as escavações aqui diariamente, você pode ver o pó desta terra literalmente voando. A cidade está sacudindo a poeira”.

Heymann se considera uma privilegiada em poder trabalhar na “Cidade de Davi”.

“Eu digo que sou a pessoa mais feliz do mundo, porque tenho a oportunidade de mostrar o que vemos aqui e contar às pessoas sobre a Cidade de Davi, sobre a antiga Jerusalém e sobre todas as pessoas apaixonadas por Jerusalém, além das diversas provas sobre a profecia bíblica que se cumpre”, disse ela. Com informações Guiame, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Jesus

Quantas experiências, quantas lutas
Em todas fostes comigo
Passei o vale incólume
Já não estou só

Entoarei uma nova canção
Nada mais me assusta
Estou pleno em ti
Sinto a tua presença

Há paz de espírito
Há gozo no viver
O vazio me deixou
A dor anda longe

Deus é meu Senhor
Meu ser está seguro
Sou amado do Pai
Ele vive em mim

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Conteúdos para avaliação de história 3° bimestre de 2019

9° ano
Páginas:

122
137
139
140
141
144
145

8° Ano
Páginas:

202
205
207
226
227
228
229
233
234

7° Ano
Páginas:

164
165
166
167
169
171
172
182
183

A avaliaçãodo 6° ano terá por base a interpretação de texto. Portanto, não há necessidade da indicação de páginas. 

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Arqueólogos teriam achado selo de Adonias, filho do rei Davi


Fonte: Sputniknews

Arqueólogos encontram o que seria o selo de um dos filhos do rei Davi, Adonias, durante escavações no Muro das Lamentações, em Israel.

O objeto tem cerca de 2.600 anos e era usado para selar cartas. O selo tem a escrita "pertence a Adonias, o mordomo real" e seu comprimento é de apenas um centímetro.

A relíquia foi encontrada durante escavações feitas nas fundações do Muro das Lamentações, ponto importante para os judeus por se tratar da única parte ainda em pé do chamado Terceiro Templo, ou mais conhecido como Templo de Herodes.

O selo seria de Adonias. Acredita-se que este seria o mesmo Adonias descrito no livro bíblico de I Crônicas, onde ele é referido como filho do rei Davi, o mais proeminente monarca judeu na Bíblia.

De acordo com a Fundação Cidade de Davi, existem três pessoas com o nome Adonias na Bíblia, sendo o mais famoso um dos filhos do rei Davi.

No selo, Adonias é descrito como um mordomo real, em hebraico "Asher al Habayit". Este posto seria de extrema importância nos assuntos reais. É com essa mesma designação que José, filho de Jacó, foi referido ao se tornar governador do Egito, conforme o livro bíblico de Gêneses descreve.

Importância arqueológica
O achado surpreendeu os pesquisadores israelenses. Eli Shukron, um dos arqueólogos da equipe, falou da importância do selo em entrevista ao The Times of Israel.

"Depois de 2.600 anos, você pega este selo que era usado para selar cartas escritas há 2.600 anos pelo maior ministro do reino. Isso é uma coisa incrível [...] Isso faz meu coração parar de tanta emoção", disse Shukron.

Segundo Shukron, o selo poderá resolver outros mistérios da história de Israel. Em 1870, uma sepultura com os dizeres "mordomo real" foi achada no país. Arqueólogos querem agora saber se esta seria a sepultura de Adonias.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Arqueólogos descobrem mosaico bíblico de 1.600 anos que narra o fim dos dias


Mais um achado arqueológico extraordinário está lançando luz sobre a história do povo hebreu, descrita na Bíblia Sagrada. Se trata de uma escavação conduzida pela professora Jodi Magness, da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill.

Os estudos, porém, foram realizados na antiga vila de Huqoq, na Baixa Galileia de Israel. Foi nesse local que a equipe de Magness, composta por vários especialistas, realizam escavações há nove anos.

Eles encontraram peças de mosaico que retratam passagens da Bíblia Sagrada, especificamente do Antigo Testamento. “Descobrimos a primeira representação do episódio de Elim já encontrado na antiga arte judaica”, disse Magness.

Os pesquisadores se concentraram nos restos de uma sinagoga romana, datada de 1.600 anos atrás. “Elim é onde os israelitas acamparam depois de deixar o Egito e vagando no deserto sem água”, disse Magness, referindo-se a passagem descrita no livro de Êxodo, capítulo 15, versículo 27.

Nos mosaicos, há uma peça que também descreve uma passagem que se encontra no capítulo 7 do livro de Daniel. O estado de conservação das peças e a clareza dos detalhes permitiram aos pesquisadores concluir com precisão a natureza dos mosaicos.

“O painel de Daniel é interessante porque aponta para expectativas escatológicas, ou do final do dia, entre esta congregação”, disse Magness. “O painel de Elim é interessante, pois é geralmente considerado um episódio relativamente pequeno nas andanças pelo deserto dos israelitas – o que levanta a questão de por que ele foi significativo para essa congregação judaica da Baixa Galiléia.”.

Achados arqueológicos e a precisão bíblica
Chama atenção do mundo científico, especificamente dos arqueologistas, o grande número de achados históricos que confirmam a precisão dos textos bíblicos.

Desde a obra clássica chamada “E a Biblia Tinha Razao”, escrita por Werner Keller, lançada ainda em 1955, até os dias de hoje, o número de achados arqueológicos em prol da cultura judaico-cristã só tem aumentado.

“Nosso trabalho lança luz sobre um período em que nossas únicas fontes escritas sobre o judaísmo são literatura rabínica dos sábios judeus desse período e referências na literatura cristã primitiva”, disse Magness, comemorando a importância dos mosaicos.

A pesquisadora destacou que o lapso histórico acerca das evidências sobre o paradeiro do povo judeu em um determinado período antes de Cristo, e no primeiro século, agora pode ser melhor compreendido a partir dos novos achados.

“A arqueologia preenche essa lacuna, lançando luz sobre aspectos do judaísmo entre os séculos IV e VI aC – sobre os quais não saberíamos nada de outra forma”, disse Magness, segundo informações da Universidade da Carolina do Norte.

“Nossas descobertas indicam que o judaísmo continuou a ser diverso e dinâmico muito depois da destruição do segundo templo de Jerusalém em 70 EC.”, conclui ela.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Cidade bíblica onde Davi se escondeu de Saul é descoberta em Israel

Fonte: Ministério Engel (GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL)

Depois de anos de busca, os pesquisadores dizem finalmente ter localizado a cidade filisteia onde Davi se escondeu do rei Saul antes de ascender à monarquia de Israel.

Sítio arqueológico em Khirbet a-Ra’i, onde os pesquisadores acreditam ter localizado a cidade bíblica de Ziclague. (Foto: Autoridade de Antiguidades de Israel)
Apontando a historicidade do rei bíblico Davi, uma equipe internacional de arqueólogos informou nesta segunda-feira (8) a descoberta da cidade filistéia de Ziclague, que ainda não tinha sua localização identificada.

Ziclague é mencionada na Bíblia como a cidade filistéia na qual Davi se refugiou do rei Saul, com a permissão de Aquis, rei de Gate. Depois de derrotar os incursores e receber a notícia da morte de Saul em Ziclague, Davi deixou a cidade e partiu para Hebrom, onde foi ungido rei de Israel.

Mais tarde, Ziclague é mencionada no Livro de Neemias como um centro para os judeus que retornaram do exílio babilônico.

De acordo com a Autoridade de Antiguidades de Israel, a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Universidade Macquarie de Sydney, na Austrália, o verdadeiro local de Ziclague é Khirbet a-Ra’i, no sopé da Judéia, entre Qiryat Gat e Laquis, no sul de Israel.

Ao longo dos anos de pesquisas arqueológicas em busca da cidade, vários locais alternativos foram propostos, mas nenhum atendeu a todos os critérios exigidos. As escavações em Khirbet a-Ra’i começaram em 2015 e apresentaram indícios de assentamentos contínuos.

De acordo com os pesquisadores, o local mostra sinais de uma comunidade filistéia e um assentamento judaico da era do rei Davi, atendendo aos critérios exigidos por Ziclague. Além disso, o sítio arqueológico mostra evidências de ter sido destruído por um incêndio maciço — a Ziclague judaica foi derrubada nas mãos dos amalequitas.

Após sete escavações que revelaram cerca de 1.000 metros quadrados, a equipe arqueológica encontrou estruturas maciças de pedra, estruturas típicas e artefatos culturais dos filisteus, incluindo 100 vasos de cerâmica para armazenamento de óleo e vinho.

Vasos de cerâmica encontrados em Khirbet a-Ra’i, identificada por arqueólogos como Ziclague bíblica. (Foto: Expedição de Escavação para Khirbet a-Ra’i)

segunda-feira, 1 de julho de 2019

A não linearidade da vida


Salmo 88

A busca pelo sucesso profissional, pela eterna beleza, pela saúde, pelo relacionamento estável e tudo mais que possa tornar a vida interessante e prazerosa é legitimo, contudo, não existe garantia que esse nosso desejo ocorra da forma como queremos ou pensamento.

Quando as coisas não acontecem como planejamos um oceano de frustrações pode assaltar o nosso coração tornando nossa experiência de vida difícil e penosa.

Como agir em momentos como estes onde nada dá certo e a perspectiva da morte passa a ser real? Na palavra de Deus conhecemos inúmeras experiências de vidas dolorosas. Algumas com desdobramentos felizes como Jó (Jó 42. 10-17), a mulher do fluxo de sangue (Mt 9. 20-22; Lc 8. 42b – 48), Noemi (Rute 4. 13-18).

Existem também aquelas que foram assaltadas pelo sofrimento e não tiveram alívio da sua dor. Contudo, o servo sofredor não se rendeu as circunstâncias e procurou em Deus o alívio. Nessa condição se enquadra o salmo 88.

Salmo 88

O Salmo 88 é um profundo lamento. A primeira vista pode ser aplicado a um individuo, contudo, existem elementos internos que apontam para um coletivo. Exemplo: Hemã era um nome comum no Antigo Testamento (1Rs 4.31; 1Cr 15. 17,19) e ezraíta pode significar a família de Ezra ou nascido em.

O salmista abre seu coração sem reservas diante do Todo Poderoso. O propósito do salmo está logo nos primeiros versos:

SENHOR Deus da minha salvação, diante de ti tenho clamado de dia e de noite. Chegue a minha oração perante a tua face, inclina os teus ouvidos ao meu clamor;  Salmos 88:1,2

É um pedido de socorro com insistência:

a.       “Dia e noite” (v1).
b.      “Dia após dia” (v9).
c.       “Madrugada” (v13).

Existe uma suspeita de que o Senhor é quem o feriu:

a.       Já não te lembras; pois foram abandonados pelas tuas mãos. (v5)
b.      Puseste-me na mais profunda cova... (v6)
c.       Sobre mim pesa a tua ira; Tu me abates com todas as tuas ondas... (v7)

Seu estado é lamentável. Os amigos o deixaram e o considera uma abominação (v8). A morte se apresenta como consequência natural do seu mal, porém, com um agravante: O fato de ser fruto da ira de Deus e ser esquecido pelo Criador. Essa condição aponta para a morte de um ímpio e não de um servo de Deus. Esse pensamento o aflige duramente, visto que, no seu entendimento o sofrimento continuaria depois da morte. Terrível!

E a escalada da dor só aumenta: “estou preso... meus olhos desfalecem de aflição” (vs 8-9) assim, como o clamor do servo ferido: “... dia após dia venho clamando a ti, Senhor, e a ti levanto as minhas mãos” (v9).
Diante desta conjuntura o salmista argumenta:

“Será que farás maravilhas para os mortos? Ou será que os finados se levantarão para te louvar? A tua bondade será anunciada na sepultura? Acaso nas trevas se manifestam as tuas maravilhas? E a tua justiça, na terra do esquecimento?”

Alguns dos atributos divinos são destacados: maravilhas [onipotência], bondade, justiça. Contudo, questiona: Morrer desta forma lhes tiraria a oportunidade de:

a.       Vê as maravilhas de Deus.
b.      De louvá-lo.
c.       De desfrutar da bondade divina.
d.      De visualizar a sua justiça.

Além de redundar em prejuízos pessoais e divinos, visto que, deixaria de testemunhar de Deus aos homens. De certa forma é uma chantagem espiritual. Quando lemos II Reis 20. 3 temos os mesmos argumentos em ordem inversa. Enquanto há uma promessa por parte do salmista de relatar as maravilhas de Deus a partir da sua cura, em Crônicas Ezequias argumenta que promovera inúmeras reformas em Israel no intuito de reativar o culto a javé (2 Crônicas 29-31) e usa este fato para mover o coração de Deus em seu favor.

Nos versos 13 e 14 encontramos a seguinte situação:

Eu, porém, Senhor, clamo a ti, e de madrugada te envio à minha oração. Senhor, por que rejeitas a minha alma? Por que escondes de mim a tua face?

O salmista volta à carga. Ele resiste. Fragilizado, com pouca ou nenhuma convicção que será atendido, mas, conscientemente que está no caminho certo não para de clama. Ele sabe quem pode livrá-lo do mal e o busca. A incompreensão do seu tormento igualha a condição de Jó.

O texto finaliza (vs. 15-18) com uma explosão de lamentos:

·         Estou aflito e preste a morrer desde a minha mocidade; (v. 15)
·         Sente a ira de Deus e não sua misericórdia; (v.16)
·         Está sob forte opressão; (v. 17)
·         Reclama da ausência dos amigos e companheiros, portanto, perdera um suporte imprescindível em sua luta pela vida;
·         Sente-se isolado e em trevas.

 A dor é transparente, direta, impactante. Os cantores que davam vida a letra e música desta peça passavam um alto grau de dramaticidade. A congregação que participava da adoração tinha clareza da sua limitação e dependência de Deus. É um clamor que aparentemente não é respondido.

Lições que podemos tirar deste texto:

a.       Todas as nossas petições devem ser dirigidas a Deus. A consciência de que só o Senhor é capaz de reverter às circunstâncias leva o salmista a buscar seu socorro (salmo 121).
b.      Devemos desenvolver uma fé resistente. Apesar dos céus aparentemente não se moverem diante da sua petição o salmista insiste, demonstrando que mesmo diante de grandes desafios jamais devemos declinar na fé. Aqui não se destaca a intensidade da fé, mas a qualidade. É Deus, só Ele e basta.
c.       É possível lamentar e questionar a Deus faz parte do exercício da vida cristã. Essa postura:

·         revela sinceridade de alma;
·         põem abaixo qualquer ideologia triunfalista que colocam os servos de Deus como imunes aos males comuns aos homens. Além disso, deixa claro que Deus entende essa forma de expressão como genuinamente humana e não como um ato de desrespeito a sua santidade.
d.      Finalmente: Ensina-nos acerca da soberania de Deus. O Senhor administra as circunstancias da nossa vida de acordo com a sua soberana vontade. Ele tem um propósito em tudo que faz.

Que Deus abençoe a todos em nome de Jesus Cristo.

No momento em que concluo esta reflexão a irmã Deyse acaba de perder seu pai para uma enfermidade. Foram mais de 40 dias de oração, contudo, paulatinamente a saúde paterna se agravava. Por diversas ocasiões seu coração parou, sendo que numa dessas vezes durou 18 minutos. Nessas ocasiões Deus operava maravilhas, visto que, quando o médico ia assinar o seu atestado de óbito ele recuperava a consciência. Os médicos diziam não compreender o que estava acontecendo, ao que ela respondia ser o agir de Deus. Em suas visitas adorava ao Senhor próximo ao seu ouvido e em diversas ocasiões foi correspondida pelo abrir dos olhos e choro do seu pai. Por fim, em algumas das suas melhoras esporádicas liberou perdão e pediu perdão a familiares e amigos e só assim descansou no Senhor.
Quarenta dias de oração, de clamor, de choro de aflição. A cura não veio, mais a fé resistente conduziu ambos até o momento em que o Senhor o chamou. No velório que acabo de participar, além de testemunhar todos os fatos acima relatados teve folego para adorar a Deus com a abençoada música Deus é Deus. Coisas tremendas Deus tem reservados para seus filhos.


sexta-feira, 28 de junho de 2019

O teu bordão e o teu cajado me consolam

Aaron L. Garriott
19 de Junho de 2019 - Vida Cristã

Havia muito a temer nos barrancos e desfiladeiros secos e escarpados de Judá, apresentando-se entre os elementos mais perigosos aos rebanho de ovelhas durante sua migração. No entanto, o medo das ovelhas era dissipado com o reconhecimento de dois implementos transportados pelo pastor, um bordão e um cajado, com os quais cuidava de seu rebanho. A vara e o cajado podem ser certamente definidos como ferramentas de proteção e orientação, respectivamente. O bordão afastava os predadores; o cajado era uma ferramenta de orientação com um gancho em uma extremidade para segurar uma ovelha ao redor de seu peito. Só as duas ferramentas juntas forneciam conforto para as ovelhas.

Quando Davi, o pastor que se tornou rei coloca-se no papel de uma ovelha, seus medos de todo o mal são debelados por um vislumbre do verdadeiro Rei-Pastor de Israel. David compara o governar cuidadoso de Deus sobre seu rebanho – sua providência – ao bordão e ao cajado, uma visão que deve acalmar todos os medos e garantir ao rebanho a certeza dos cuidados de seu fiel e capaz pastor.

Os membros da Assembleia de Westminster deliberadamente discutiram as obras de criação e providência de Deus depois de abordar o decreto de Deus, pois nestes dois modos – criação e providência – Deus exerce seu decreto eterno. A santa e sábia providência de Deus é universal em um sentido, contudo, em outro sentido, “de um modo muito especial ele cuida da Igreja e tudo dispõe a bem dela” (CFW 5.7). Uma providência especial – poderíamos chamá-la de providência pastoral – é exercida para com o rebanho de Deus, que ele comprou com seu próprio sangue (Atos 20.28). A primeira questão do Catecismo de Heidelberg nos ajuda a ver como é esse “modo especial”: “Ele também me guarda de tal maneira que sem a vontade de meu Pai celeste nem um fio de cabelo pode cair da minha cabeça; na verdade, todas as coisas cooperam para a minha salvação”. O sangue de Cristo não apenas nos assegura do nosso resgate do pecado e do diabo, mas também nos assegura de que fomos contados entre o rebanho do Bom Pastor, de modo que nenhuma calamidade possa acontecer sem que seja permitido por Deus, e até mesmo essas providências “desagradáveis” ??cooperam para nossa salvação (veja Rm 8. 31–39).

As ovelhas precisam de proteção, mas também precisam de orientação. A orientação que os cristãos precisam é de uma orientação escatológica (final, definitiva). Há pastos verdes e águas tranquilas do outro lado do vale desta vida. A certeza de Davi de que ele acabaria no lugar certo no momento certo, tendo passado pelo vale, o levou a descansar na graça direcional do Pastor.

O profeta Zacarias descreve as maldições da aliança de Deus como a de um pastor que quebra seu cajado, significando o término de uma aliança previamente ratificada (Zc 11.10). O rebanho é deixado sem o pastor com seu cajado. Este é o estado de Israel quando Jesus começa o seu ministério: “viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor”. (Mc 6.34). Eles eram desprovidos de orientação na verdade de Deus, de modo que vagavam sem rumo, suscetíveis a várias ameaças que os desviariam.

Não obstante, o Bom Pastor veio, e ele tem seu cajado. Esse cajado significa que ele providencialmente nos conduz através do vale por sua Palavra, por seu Espírito e por seus “subpastores”. Primeiro, nós temos a Palavra. Não ficamos vagando no escuro, mas temos a lei como “lâmpada para nossos pés e luz para [nosso] caminho” (Sl 119. 105). Em segundo lugar, nós temos o Espírito. A Confissão de Westminster atribui essa orientação à perseverança pela “habitação do Espírito” e à “semente de Deus dentro de nós” (17.2). Terceiro, temos os “subpastores” de Deus – líderes que são guias de nossas almas (Hb 13.17; 1Pe 2.25). Jesus cumpre a aliança davídica como o rei-pastor na linhagem de Davi (Ez 34. 23-24), e uma das maneiras pelas quais ele faz isso é através dos Presbíteros da igreja – homens qualificados designados para atuarem como seus “subpastores”.

Nós, cristãos, somos ovelhas peregrinas que ainda não alcançaram nosso descanso eterno. Até então, quando o perigo espreita, quando a tentação ronda, quando dificuldades e adversidades são frequentes, o que nos trará conforto além do bordão e do cajado de nosso Pastor? Quando as dificuldades acontecem e o medo paralisa, descansamos inteiramente na providência de nosso Bom Pastor que nos protegerá e nos guiará ao longo de nossa migração para as eternas águas tranquilas e pastos verdejantes (Ap 22. 1–2). Naturalmente, o equipamento de pastoreio só é eficaz na medida em que o pastor é competente e forte. Considere, então, se o aviso de Davi sobre o bordão e o cajado de seu Pastor alivia seus medos, o Pastor que os empunha deve ser de força sublime. Tal força caracteriza o Bom Pastor – tanto o Pastor de Davi como o nosso – cuja perfeita e santa providência não permitirá que uma ovelha seja arrebatada do seu rebanho (Jo 10.28).

Tradução: Paulo Reiss Junior.
Revisão: Filipe Castelo Branco.
Fonte: Your Rod and Your Staff, They Comfort Me.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários

Iain Duguid

23 de Junho de 2019 - Vida Cristã

Havia muito a temer nos barrancos e desfiladeiros secos e escarpados de Judá, apresentando-se entre os elementos mais perigosos aos rebanho de ovelhas durante sua migração. No entanto, o medo das ovelhas era dissipado com o reconhecimento de dois implementos transportados pelo pastor, um bordão e um cajado, com os quais cuidava de seu rebanho. A vara e o cajado podem ser certamente definidos como ferramentas de proteção e orientação, respectivamente. O bordão afastava os predadores; o cajado era uma ferramenta de orientação com um gancho em uma extremidade para segurar uma ovelha ao redor de seu peito. Só as duas ferramentas juntas forneciam conforto para as ovelhas.

Quando Davi, o pastor que se tornou rei coloca-se no papel de uma ovelha, seus medos de todo o mal são debelados por um vislumbre do verdadeiro Rei-Pastor de Israel. David compara o governar cuidadoso de Deus sobre seu rebanho – sua providência – ao bordão e ao cajado, uma visão que deve acalmar todos os medos e garantir ao rebanho a certeza dos cuidados de seu fiel e capaz pastor.

Os membros da Assembleia de Westminster deliberadamente discutiram as obras de criação e providência de Deus depois de abordar o decreto de Deus, pois nestes dois modos – criação e providência – Deus exerce seu decreto eterno. A santa e sábia providência de Deus é universal em um sentido, contudo, em outro sentido, “de um modo muito especial ele cuida da Igreja e tudo dispõe a bem dela” (CFW 5.7). Uma providência especial – poderíamos chamá-la de providência pastoral – é exercida para com o rebanho de Deus, que ele comprou com seu próprio sangue (Atos 20.28). A primeira questão do Catecismo de Heidelberg nos ajuda a ver como é esse “modo especial”: “Ele também me guarda de tal maneira que sem a vontade de meu Pai celeste nem um fio de cabelo pode cair da minha cabeça; na verdade, todas as coisas cooperam para a minha salvação”. O sangue de Cristo não apenas nos assegura do nosso resgate do pecado e do diabo, mas também nos assegura de que fomos contados entre o rebanho do Bom Pastor, de modo que nenhuma calamidade possa acontecer sem que seja permitido por Deus, e até mesmo essas providências “desagradáveis” ??cooperam para nossa salvação (veja Rm 8. 31–39).

As ovelhas precisam de proteção, mas também precisam de orientação. A orientação que os cristãos precisam é de uma orientação escatológica (final, definitiva). Há pastos verdes e águas tranquilas do outro lado do vale desta vida. A certeza de Davi de que ele acabaria no lugar certo no momento certo, tendo passado pelo vale, o levou a descansar na graça direcional do Pastor.

O profeta Zacarias descreve as maldições da aliança de Deus como a de um pastor que quebra seu cajado, significando o término de uma aliança previamente ratificada (Zc 11.10). O rebanho é deixado sem o pastor com seu cajado. Este é o estado de Israel quando Jesus começa o seu ministério: “viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor”. (Mc 6.34). Eles eram desprovidos de orientação na verdade de Deus, de modo que vagavam sem rumo, suscetíveis a várias ameaças que os desviariam.

Não obstante, o Bom Pastor veio, e ele tem seu cajado. Esse cajado significa que ele providencialmente nos conduz através do vale por sua Palavra, por seu Espírito e por seus “subpastores”. Primeiro, nós temos a Palavra. Não ficamos vagando no escuro, mas temos a lei como “lâmpada para nossos pés e luz para [nosso] caminho” (Sl 119. 105). Em segundo lugar, nós temos o Espírito. A Confissão de Westminster atribui essa orientação à perseverança pela “habitação do Espírito” e à “semente de Deus dentro de nós” (17.2). Terceiro, temos os “subpastores” de Deus – líderes que são guias de nossas almas (Hb 13.17; 1Pe 2.25). Jesus cumpre a aliança davídica como o rei-pastor na linhagem de Davi (Ez 34. 23-24), e uma das maneiras pelas quais ele faz isso é através dos Presbíteros da igreja – homens qualificados designados para atuarem como seus “subpastores”.

Nós, cristãos, somos ovelhas peregrinas que ainda não alcançaram nosso descanso eterno. Até então, quando o perigo espreita, quando a tentação ronda, quando dificuldades e adversidades são frequentes, o que nos trará conforto além do bordão e do cajado de nosso Pastor? Quando as dificuldades acontecem e o medo paralisa, descansamos inteiramente na providência de nosso Bom Pastor que nos protegerá e nos guiará ao longo de nossa migração para as eternas águas tranquilas e pastos verdejantes (Ap 22. 1–2). Naturalmente, o equipamento de pastoreio só é eficaz na medida em que o pastor é competente e forte. Considere, então, se o aviso de Davi sobre o bordão e o cajado de seu Pastor alivia seus medos, o Pastor que os empunha deve ser de força sublime. Tal força caracteriza o Bom Pastor – tanto o Pastor de Davi como o nosso – cuja perfeita e santa providência não permitirá que uma ovelha seja arrebatada do seu rebanho (Jo 10.28).

Tradução: Paulo Reiss Junior.
Revisão: Filipe Castelo Branco.
Fonte: You Prepare a Table for Me in the Presence of My Enemies.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Novas descobertas sobre Jericó bíblica

Arqueólogos russos retomaram escavações na parte bizantina de Jericó e descobriram que a cidade foi habitada muito antes do imaginado. A assessoria de imprensa do Instituto de Arqueologia da Academia de Ciências da Rússia conta sobre as últimas descobertas e conclusões científicas.


Segundo Leonid Belyaev, chefe da expedição russa em Jericó, as escavações têm sido realizadas desde 2010 no local onde a lendária Jericó bíblica estava localizada – cidade cujas muralhas, segundo a Bíblia, foram derrubadas por Josué aos gritos.

"Estávamos convencidos de que sob o monumento do período bizantino tardio havia outro edifício com boas paredes largas feitas de tijolo. É provavelmente parte de um mosteiro ou de uma mansão. Talvez, a propriedade foi construída na época da Roma Antiga, mas esta versão requer mais pesquisas", afirmou Belyaev.

Belyaev explica que sua equipe estava interessada não nas antigas partes judaicas de Jericó, que já foram estudadas por historiadores e arqueólogos estrangeiros, mas em sua parte bizantina. A cidade foi um dos centros comerciais e religiosos nos primórdios do Império Bizantino, tendo o patrimônio bizantino deixado na Palestina ganhado interesse de arqueólogos não muito tempo atrás, nas últimas três décadas do século XX.

As primeiras escavações, que os cientistas russos realizaram em Jericó entre 2010 e 2013, trouxeram muitas descobertas interessantes. Arqueólogos descobriram um sistema único de abastecimento de água da cidade, bem como um sistema de purificação de água do lixo.

Além disso, eles confirmaram que no seu território o açúcar era de fato produzido e até encontraram vestígios em um mosaico dentro das paredes do edifício, onde eram fervidos maltrodextrina e o lendário "bálsamo de Galaad", que curava feridas. Recentemente, como Belyaev observou, a expedição retomou o trabalho e novas escavações mostraram inesperadamente que a Jericó bizantina tem uma história muito mais profunda, rica e complexa do que os historiadores pensavam originalmente.

Os cientistas concentraram seus esforços em dois objetos - uma grande "fábrica" de cerâmica, que existia em diferentes versões durante os reinados de Roma, Bizantino e dos árabes, e as alegadas ruínas de um palácio ou mosteiro de pedra, cujas paredes estavam cobertas por mosaicos. Seus fragmentos foram encontrados por arqueólogos no ano passado e eles foram capazes de restaurar alguns dos padrões.

No território, arqueólogos descobriram um sistema de tanques e hidrovias, vários vestígios de produção de cerâmica, vidros, artefatos religiosos, fornalha para queima de cerâmica e muitos outros artefatos, incluindo moedas que englobam as que foram cunhadas durante a vida dos contemporâneos de Jesus Cristo.

Além disso, Belyaev e sua equipe encontraram vestígios dos edifícios mais antigos, presumivelmente da época da Roma Antiga. A história da construção deles continua sendo um mistério por causa do pequeno número de artefatos encontrados no território. Como observado pelo arqueólogo, os russos não encontraram nada de "romano", exceto algumas moedas e vasos de pedra.
"De qualquer forma, enfrentamos agora um quadro mais complexo e vívido da Palestina, o que é muito interessante: a era do surgimento do cristianismo, do início do Império Bizantino e do início do Islã, períodos que são extremamente importantes para a nossa cultura", conclui Belyaev.

Arqueólogos têm estudado as ruínas de Jericó por um século e meio, mas os cientistas russos não participaram desse processo por mais de 100 anos depois que a sociedade ortodoxa palestina do Império Russo deixou de existir. Império Russo recebeu uma parte do território do oásis de Jericó como um presente da missão espiritual russa em Jerusalém no final do século XIX. As primeiras escavações foram realizadas em 1891.

Em 2008, Palestina devolveu o local à Rússia, e foi decidido criar um complexo de parques-museu. Durante e após a construção, escavações arqueológicas foram realizadas sob a liderança de Belyaev e com a participação de pesquisadores do Instituto de Arqueologia da Academia de Ciências da Rússia.