segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Cornélio: um homem em busca de Deus

Texto:  Atos 10.

"Em Cesárea morava um homem chamado Cornélio, que era centurião de uma companhia do exército chamada Italiana. Era piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, fazendo muitas esmolas ao povo e orando sempre a Deus. Um dia, por volta das três horas da tarde, durante uma visão, esse homem viu claramente um anjo de Deus que se aproximou dele e lhe disse: — Cornélio! Este, fixando nele os olhos e possuído de temor, perguntou: — O que é, Senhor? E o anjo lhe disse: — As suas orações e as suas esmolas subiram para memória diante de Deus.  Agora envie mensageiros a Jope e mande chamar Simão, que também é chamado de Pedro. Ele está hospedado com Simão, curtidor, cuja residência está situada à beira-mar. Logo que o anjo que lhe falava se retirou, Cornélio chamou dois dos seus servos e um soldado piedoso dos que estavam a seu serviço e, depois de lhes explicar tudo, mandou que fossem a Jope." Atos 10:1-8

INTRODUÇÃO:

Nesta semana ao ler Atos 10, fui despertado para algumas verdades do evangelho que gostaria de compartilhar com os irmãos. O texto nos fala do momento exato em que mais uma vez o SENHOR extrapola as fronteiras do exclusivismo judaico e revela a sua universalidade.
É um texto que fala de:
·         temor a Deus;
·         testemunho;
·          graça divina.

Breve histórico.

Personagens: Cornélio e Pedro.

a.       Quem era Cornélio?

Era um centurião - Comandante de 100 homens das tropas de ocupação da Judéia. Ele juntamente com outros cincos centuriões [Corte] controlava a região.

b.      Lugar: Cesareia:

a.       O fato se passa em Cesárea, cidade costeira a 100 km de Jerusalém e 50 km ao norte de Jope [1/2 de caminhada];
b.      Era a sede do governo romano na Judéia;
c.       Havia sido fundado por Herodes, o grande em homenagem a César Augusto.
d.      Nesta cidade existia um templo a César e Roma;
e.      Era residência de Cornélio [At 10.1; 24; 11.11], como também, de Filipe, o evangelista e diácono [At 8.40; 21.8];

“Em Cesárea morava um homem chamado Cornélio, que era centurião de uma companhia do exército chamada Italiana. Era piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, fazendo muitas esmolas ao povo e orando sempre a Deus.” [Vs 1-2]

O texto começa apresentando algumas das características de Cornélio:

a.       Piedoso – Amável, amigo, afetuoso e afável;
b.      Temente a Deus:


  •   Essa expressão só ocorre outras vezes -  At 16.14; 18.7].
  •   Indica que Cornélio era simpatizante do judaísmo, do seu monoteísmo ético e das suas leis, mas não a ponto de se tornar um prosélito.

c.       Homem de oração: Adorava a Deus continuamente.
d.      Sensível às questões sociais – Dava esmolas.

·         Ele tinha um forte desejo de servir a Deus, mas não estava disposto a adotar as leis e rituais dos fariseus de modo a se tornar um prosélito. Esta situação causava tensão em Cornélio. A cada dia se esforçava para de alguma forma ser correspondido em sua relação com o divino.

·     Em meio a esta disposição de espírito o Senhor resolve se revelar a Cornélio.

 "Cornélio! Este, fixando nele os olhos e possuído de temor perguntou: O que é Senhor? E o anjo lhe disse: As tuas orações e as suas esmolas subiram para a memória diante de Deus”- At 10.4

Dois itens ou palavras nos chama especial atenção. Eles resumem a condição espiritual de Cornélio:

a.       Oração.
b.      Esmolas.

O primeiro destaque trata da relação entre Homem e Deus.

·         Cornélio não era judeu, mas atraiu para si a atenção da divindade. Aqui temos a confirmação do que está escrito em João 10.16

“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco. Preciso trazer também estas. Elas ouvirão a minha voz e, então, haverá um só rebanho e um só pastor.

Poucos conseguiram este feito:

a.       Jó no Antigo Testamento –Jó 1.8-8.
b.      A viúva pobre – A oferta da viúva pobre - Mc 12.43-44.
c.       A mulher que derramou perfume na cabeça de Jesus Mt 26.6-13
d.      O centurião que crê-o na cura do seu servo por meio de Jesus Cristo - Lc 7.9-10

O segundo aspecto diz respeito a sua relação horizontal:  homem e homem.

Em Tiago 2.17 temos a seguinte expressão: “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.”

·         O Senhor se alegrou com a postura de Cornélio. O Senhor é um Deus de graça e misericórdia. Deus que cuida das viúvas, dos órfãos etc (Sl 149.9). A dimensão divina e humana fora atendida em todos seus aspectos.

Obs. É importante frisar que as esmolas de Cornélio são motivadas por sua fé.

Ao examinar melhor o texto podemos chegar a uma conclusão:

·         Em qualquer lugar da terra [cidade, campo, floresta, deserto etc.] que exista um homem com a mesma disposição de espirito como a de Cornélio Deus não medirá esforço para resgatá-lo.
·         Existem relatos de povos não cristãos que vivem em comunidades fechadas que sonham com Cristo e procuram nossos missionários para confessar a sua fé e desta forma obter o ensino da palavra.

“Agora envie mensageiros a Jope e mande chamar Simão, que também é chamado de Pedro.
Ele está hospedado com Simão, curtidor, cuja residência está situada à beira-mar. Logo que o anjo que lhe falava se retirou, Cornélio chamou dois dos seus servos e um soldado piedoso dos que estavam a seu serviço e, depois de lhes explicar tudo, mandou que fossem a Jope.” At.10.

A visão está associada a palavra. Romanos 10:17, nos diz: “E, assim, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo.Rm 10:17

·         Dos versos 9-16 a palavra trata de Pedro.

De imediato me questionei: Por que Pedro? Afinal, Filipe, o evangelista e diácono [At 8.40; 21.8] morava em Cesareia.

“No dia seguinte, partimos e fomos para Cesareia. E, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.” Atos 21:8

Atos 8.26-38, narra a experiência de Filipe com o Eunuco. Para Filipe não havia dúvida que o amor de Deus era extensivo a todos os povos. Contudo, para Pedro não existia esta compressão. Em Gálatas 2.11-14 Paulo  repreende a Pedro por discriminar os gentios.


  •  A escolha de Pedro e não Filipe tinha um propósito restauradorOs versos de 9-16 descreve uma visão de um grande lençol que descia do céu com todo tipo de animais [puros e impuros] e Cristo ordena mate e coma.
·         Essa ordem não fazia sentido, pois violava as Leis alimentares Judaicas [Lv 11.2-47].
·         Verso 15 é a chave – “... Não considere impuro aquilo que Deus purificou.”
·         Deus estava derrubando as antigas distinções de puro/impuro e as leis alimentares em geral juntamente com todas as demais leis cerimoniais [sacrifício, festas, dias especiais, e circuncisão] como está escrito em Gálatas 2.
·         Nada disto deveria ser empecilho para a comunhão com os gentios.

Uma vez experimentado por Deus, Pedro está apto para receber os enviados de Cornélio e atendê-los. Dos versos Vs 10. 23-43, Pedro chega a casa de Cornélio e recebe deste uma afirmação de fé:

“Portanto, sem demora, mandei chamá-lo, e você fez muito bem em vir. Agora estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir tudo o que o Senhor ordenou a você.” Atos 10:33

A mensagem de Pedro começa por uma constatação pessoal:

“Reconheço por verdade que Deus não trata as pessoas com parcialidade; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável.” Atos 10:34,35

Sendo concluída quando o Espírito Santo desce sobre todos da casa. Aqui temos a repetição de pentecoste. Ele se dá em três etapas:

·         Em Pentecoste - Atos 2
·         Junto aos discípulos de João - Atos 19:1b-7
·         Na casa de Cornélio – Ato 10.44-46.

O ensinamento é claro e o próprio apóstolo Pedro repassa para a Igreja de Jerusalém em Atos 11.

— “Quando comecei a falar, o Espírito Santo caiu sobre eles, como também sobre nós, no princípio.
Então me lembrei da palavra do Senhor, quando disse:
“João, na verdade, batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo.” Pois, se Deus deu a eles o mesmo dom que tinha dado a nós quando cremos no Senhor Jesus, quem era eu para que pudesse resistir a Deus? Quando os demais ouviram isso, acalmaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: — Então também aos gentios Deus concedeu o arrependimento para a vida! Atos 11:15-18

Lições para a vida:

·         Deus não rejeita um coração cheio de fé e temente a sua palavra.
ü  Não importa o lugar;
ü  Não importa as condições ou circunstâncias.
·         A verdadeira vida cristã se constitui de uma reta ralação com Deus e com os homens.
ü  A fé tem que ser prática;
ü  O amor é constituído de ação.
·         Deus não faz acepção de pessoas e prepara seus servos para um melhor serviço ao reino.
ü  Inconcebível que um servo de Deus seja preconceituoso, nesta condição nega o próprio Deus;
ü  Prostitutas, homossexuais, assassinos etc, tenha o mesmo coração de Cornélio são acolhidos por Deus e assim deve proceder a sua igreja.
·         O batismo do Espirito Santo é o marco inicial de uma vida com Deus e a certeza de crescimento em santidade.

Que o grande Deus possa abençoar a todos quantos lerem esse estudo assim como me abençoou.

Meditação realizada no dia 09.02.20, no culto administrativo da IBA.
Jerônimo Viana

sábado, 1 de fevereiro de 2020

EBD - Como agiram os amigos de Jó e sua resposta

EBD - Como agiram os amigos de Jó e sua resposta
Capítulos 15-21


INTRODUÇÃO.

No livro de Jó 2,11 aparece pela primeira vez a citação dos seus amigos.

Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, e Bildade o suíta, e Zofar o naamatita; e combinaram condoer-se dele, para o consolarem. Jó 2:11

No versículo 13, temos a informação que os amigos de Jó ficaram em silêncio por 7 dias e noites em respeito a sua condição.

·       Mais quem eram os amigos de Jó?

a.       Elifaz:
ü  Era o chefe dos consoladores de Jó [2.11];
ü  Príncipe de Temã, um distrito de Edom.
o   Era descendente de Abraão e parente distante de Jó [Gênesis 36:4,15].

E Ada teve de Esaú a Elifaz; e Basemate teve a Reuel; Estes são os príncipes dos filhos de Esaú: os filhos de Elifaz, o primogênito de Esaú, o príncipe Temã, o príncipe Omar, o príncipe Zefô, o príncipe Quenaz. [Gênesis 36:4,15]

o   Era o mais velho dos amigos – Motivação

§  Seu nome é citado em 1ª lugar [2.11];
§  Por falar antes dos demais;
§  Suas palavras refletem maturidade;
§  Por Deus ter dirigido a ele como representante dos demais [42.9].

b.      Bildade – É provável pertencer a linhagem de SUÁ, filho de Abraão com Quetura, sua concubina.
c.       Zofar – É provável que seja de Naama [Js 15.41]. Nesta época Naama estava integrada a tribo de Judá.

Importante:
·         Apesar do desconforto que provocaram a Jó esses homens assistiram na sua dor amenizando sua solidão. Sem eles o sofrimento de Jó seria absoluto.

AS DURAS PALAVRAS, PORÉM VERDADEIRAS DE ELIFAZ – JÓ 15.

No capítulo 14 Jó faz uma profunda avaliação sobre a brevidade da vida.
·         Ele afirma:

a.       O homem nascido de uma mulher, tem vida breve e cheia de inquietação.
b.      Quem tirará pureza do que é impuro? Ninguém. [v.4]
ü  Jó reconhece que o ser humano está envolto no pecado e corrupção;
ü  Afirma que todos nascem corrompidos;
ü  Que muitas calamidades acontecem pela Lei da semeadura, apesar dela não explicar a totalidade das coisas;
ü  Compara o ser humano a uma arvore. Enquanto há esperança para a arvore, inexiste para o homem [vs 7-10; 14-15].
c.       Qual a base de argumentação de Jó? Seu sofrimento pessoal. Jó era pessimista.

No capítulo 15 Elifaz contra argumenta:

A.      Elifaz repreende Jó:

1.       Os discursos de Jó foi vão [vs 1-3];
2.       Acusa Jó de ter colocado em cheque a reverencia a Deus e abandono da religião [v. 4];
3.       Afirma que o próprio discurso de Jó são evidencias de sua culpa [vs. 5-6] As palavras de Jó seriam suficiente para a sua condenação independente do pecado cometido no passado [v.6];
4.       Acusa jó de arrogância [7-11]. É provável que se refira ao capítulo 13.

“Eis que tudo isso viram os meus olhos, e os meus ouvidos o ouviram e entenderam.
Como vós o sabeis, também eu o sei; não vos sou inferior.
Mas falarei ao Todo-Poderoso e quero defender-me perante Deus.”  
Jó 13:1-3

Argumentos usados por Elifaz para repreensão de Jó:

o   Por acaso tu ês o primeiro homem a nascer?
o   Fostes criado antes dos montes?
o   Ouviste o conselho secreto de Deus?
o   Reservas a sabedoria só para ti?
o   Jó está a par da sabedoria secreta de Deus?

5.       Repreende Jó por seu discurso ousado [vs. 12-13] – Conduzir pelos sentimentos e ter brilho de revolta nos olhos.
B.      Afirma a inevitabilidade do pecado e assim o sofrimento [vs. 14-16]. Apesar desta palavra não ser dirigida a Jó, ele entende que sim.
C.      Reafirma sua teoria a respeito do sofrimento e o destino do ímpio [vs. 17-35].

ü  Apela para a antiguidade e pureza dos sábios [vs. 17-19];
ü  O ímpio é retratado como temendo as calamidades futuras [vs. 20-24];
ü  O ímpio está em rebelião contra Deus [v.26];
ü  Sua prosperidade é passageira [vs. 29-31].

Em resumo:

a.       Elifaz tenta convencer Jó que seu sofrimento é fruto do seu pecado.
b.      A resposta de Jó a seus amigos.

ü  Seus amigos são consoladores lastimáveis [vs.1-5];
ü  Ele descreve a hostilidade de Deus contra ele [Jó 16.6-14];
ü  Reafirma a sua inocência [Jó 16.15-17:5];
ü  Afirma que Deus fez dele um provérbio dos povos [vs.6-9];
ü  Jó contrária seus amigos [Jó 17.10-16].

O AMIGO BILDADE E SEUS ARGUMENTOS [JÓ 18]

Bildade contra-argumenta o que Jó falou no capítulo 14.

ü  Jó reconhece que o ser humano está envolto no pecado e corrupção;
ü  Afirma que todos nascem corrompidos;
ü  Que muitas calamidades acontecem pela Lei da semeadura, apesar dela não explicar a totalidade das coisas;
ü  Compara o ser humano a uma arvore. Enquanto há esperança para a arvore, inexiste para o homem [vs 7-10; 14-15].

·         Ele inicia sua argumentação tratando Jó como um homem ímpio.
·         Não demonstrou amor quando Já carecia de palavras amorosas ou piedosas.

A.      Bildade repreende Jó [18.1-4];

ü  Está indignado com o desrespeito de Jó para com a sabedoria dos seus amigos [v.3];
ü  Afirma que Jó está sendo dilacerado [v.13]. É provável que esteja se referindo a Jó 16.6-14;
ü  Pergunta a Jó se este espera que as coisas mudem [Lei da semeadura] por sua causa [v.4].

B.      Acerca dos ímpios reforça Bildade:

1.       Ficará em trevas [v.s 5-6];
2.       Seu caminho ficará difícil [v.7];
3.       Afirma a inevitabilidade da queda do ímpio como um animal pego em uma armadilha [v.s 8-19];
4.       Terrores o apavoram – Calamidades ou consequência de uma má consciência [Jó 15.21-23];
5.       Sofrerá de fraquezas e doenças [Vs. 12-15] – Rei dos terrores [morte] e casa amaldiçoada;
6.       Não terão posteridade [Vs. 16-19];
7.       O destino do ímpio causa medo aos populares.

Como resposta de Jó aos argumentos de Bildade:

ü  Ele se admira pelos constantes ataques dos seus amigos [v.2];
ü  Se admira por eles não mostram vergonha de o maltratarem [v.3];
ü  Reafirma que seu sofrimento é alvo da ira de Deus e não consequências do seu pecado [vs. 4-6].
ü  Clama pela piedade dos seus amigos [Vs. 21-27];
ü  Deseja que seus reclames seja repassada para a posteridade em forma de livro [Vs.23-24];

O discurso de Bildade é um exemplo de como não devemos acolher e aconselhar pessoas que estejam vivenciando problemas como o de Jó ou não.

OS ARGUMENTOS DE ZOFAR – Jó 20

Zofar responde como Elifaz e Bildade os argumentos de Jó no capítulo 14.

·         Zofar usa a teologia correta no momento errado. É correto e tem base bíblica a tese de que os ímpios não ficarão impunes. Erra em não ouvir a constante defesa de Jó acerca da sua inocência.
·         Ao afirmar que Jó colhia o que plantará coloca Zofar do lado daqueles que não acreditam na recente expressão de fé de Jó;

“Eu sei que meu redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra. Depois de destruído o meu corpo, então fora da carne verei Deus. Eu o verei ao meu lado, e os meus olhos o contemplarão, não mais como adversário. O meu coração desfalece dentro de mim!” [Jó 19.25-27]

Observação:

Neste caso usa a palavra REDENTOR, contudo, associado ao parente resgatador a quem cabia vingar o sangue derramado ou resgate de propriedade [Levitico 25.25, Rute 4.4, Números 35.19-21]

·         Zofar estava mais interessado em prova sua tese do que ouvir Jó.
·         Precisamos está atentos para não fazer comparações indevidas.

RESPOSTA DE JÓ: JÁ OUVI MUITAS COISAS COMO ESSAS [JÓ 16;17]

“Então respondeu Jó, dizendo: Tenho ouvido muitas coisas como estas; todos vós sois consoladores molestos. Porventura não terão fim essas palavras de vento? Ou o que te irrita, para assim responderes? Falaria eu também como vós falais, se a vossa alma estivesse em lugar da minha alma, ou amontoaria palavras contra vós, e menearia contra vós a minha cabeça? Antes vos fortaleceria com a minha boca, e a consolação dos meus lábios abrandaria a vossa dor.” Jó 16:1-5

·         Jó claramente se irrita com seus amigos [Jó 16.1-3];
·         Ele se indispõe a prestar atenção ao que falam. Veja a reclamação de Elifaz;

“Porventura fazes pouco caso das consolações de Deus, e da suave palavra que te dirigimos?” Jó 15:11

·         O conselho dos três amigos demonstra total ignorância acerca do que passava com Jó;
·         Para Jó homens e Deus estavam contra ele. Portanto, pouco adiantava ir adiante com o debate.
·         Responde algumas questões feitas por seus amigos:

ü  Bildade – 18.5-6 - Jó pergunta 21.17 - Quantas vezes sucede que se apaga a lâmpada dos ímpios, e lhes sobrevém a sua destruição? E Deus na sua ira lhes reparte dores! Jó 21:17
ü  Antecipa a resposta que os filhos dos ímpios sofrerão [v.19] e afirma:
“Vocês dizem que Deus reserva o castigo do perverso para os filhos dele. Mas é ao perverso que Deus deveria punir, para que o sinta. Jó 21:19

·         E conclui:

ü  Ninguém é capaz de ensinar a Deus v.22;
ü  Não se pode generalizar sobre as punições temporais do ímpio [vs. 23-26];
ü  Deixa claro aos amigos que eles desejam caracterizá-lo como ímpios [v.27];
ü  Apela para a experiência dos viajantes para se contrapor a tese dos amigos acerca dos ímpios [v.29];
ü  Que os homens ao invés de condenar os ímpios horam [Vs. 31-33];
ü  Por fim, pergunta como seus amigos pensam em consolá-los com este nível de conselhos [v.34].

APLICAÇÃO:
·         O sofrimento é comum a todas as pessoas;
·         Nossa fé não pode enfraquecer diante destas circunstâncias;
·         Devemos perseverar em Deus assim como fez Jó.

“Os meus amigos são os que zombam de mim; os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus. Ah! se alguém pudesse contender com Deus pelo homem, como o homem pelo seu próximo!” Jó 16:20,21

BIBLIOGRAFIA:

OS AMIGOS DE JÓ DEBATEM COM ELE. Disponível em: https://estudosdabiblia.net/index.html  Acesso em 31 de janeiro 2020.

BÍBLIA, A. T. Jó. In: BÍBLIA. Bíblia Brasileira de Estudo: Antigo e Novo Testamento. Editor: Alberto Sayão ; São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 2016. p. 719-726.

SOUZA, Sócrates Oliveira, Como agiram os amigos de Jó e sua defesa. Compromisso, Rio de Janeiro, Nº do volume: 5122, Nº do fascículo: 453, Páginas 18-21, Mês: janeiro, 2020.