quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Ser igreja

Igreja Batista do alecrim - 1950

Nestes dias que celebramos os 75 anos da IBA, gostaria de pensar com os irmãos o que é ser uma igreja do Senhor.

No corpo doutrinário da Convenção Batista Brasileira, Igreja é conceituada como “uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé.”.

É dentro deste mesmo espírito que é tratado o tema Igreja no Novo Testamento. Neste espaço de oração:


  • nos reunimos voluntariamente para adorar o nosso Deus.

  • prestarmos cultos a Deus.

  • obedecermos às suas ordenanças - Ide: Mateus 28.19

  • meditamos na palavra de Deus.

  • nos edificamos mutuamente.


Além deste conceito temos outro no Novo Testamento - “É a reunião universal dos remidos de todos os tempos (Hebreus 12.23), estabelecida por Jesus Cristo e sobre ele edificada, constituindo-se no corpo espiritual do Senhor, do qual ele mesmo é a cabeça.” (Efésios 1.22) 


  • Sua natureza espiritual se expressa em nossa unidade.

  • Pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação voluntária na realização dos propósitos do reino.


A Igreja comporta tudo isto.


Somos parte do edifício que tem por base Jesus Cristo (Mateus 16.18). Como tal, devemos espelhar a imagem do nosso Deus salvador onde quer que estejamos inseridos.


  1. Casa - Vizinhança.

  2. Trabalho - Amigos.

  3. Igreja - Irmãos.


Neste sentido temos o dever de dar um bom testemunho do nosso Deus.


“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;” Filipenses 2:15


Neste versículo em especial, o apóstolo Paulo lembra da geração do Êxodo (Dt 32.5) cujo progresso espiritual foi interrompido devido suas murmurações e discussões (1Co 10.1-12) e emenda com Deuteronômio 12.2-3 (luzeiro) se referindo aqueles que expressam sua fé vivendo desta forma serão ressuscitados para a vida eterna ( Daniel 12.2).


A Igreja Batista do Alecrim é chamada para fazer a diferença neste bairro. 


  • O quanto temos nos empenhado neste propósito?

  • O quanto estamos comprometidos com esta mensagem?


Louvado seja Deus pelas gerações que vivenciaram esta igreja em tempos idos. Nossos irmãos que estiveram presentes aqui em 1947, viram pela fé o crescimento deste trabalho ao longo dos anos futuros.


  • Eles sabiam das dificuldades futuras que se abateriam sobre a IBA, assim como, tiveram seus próprios dias maus.

  • Eles não perderam a esperança na providência divina.


Hoje, somos nós…


  • O que faremos?

  • Como lidaremos com esta obra espiritual?

  • O que deixaremos para as próximas gerações?

  • Como formaremos novos líderes que não negociarão nossos princípios e valores.


O que nos conforta é que Deus é o mesmo que foi com eles.

A mensagem é a mesma.

A ordem é a mesma - É hora de semear.

A orientação, o cuidado e iluminação é a mesma.

Cabe a cada um de nós OBEDECER.


Que Deus nos abençoe neste dia e em todos que virão pela frente. Que não venhamos a nos desanimar, diante das provações, mas, crer e esperar no Senhor.

Certamente Deus confirmará a nossa fé.


Meditação realizada no dia 07 de agosto de 2022, culto matutino-IBA

Jerônimo Viana M. Alves


quinta-feira, 11 de agosto de 2022

O caminho

 Isaias 35.1-10

Alguém aqui já andou por uma estrada difícil?

Em Julho de 2018, quando estive em Caicó com minha irmã e minha esposa, decidimos fazer uma visita a alguns amigos de Carminha em Jucurutu e tomar um belo de um banho no rio Piranhas. Naquela manhã tivemos dois grandes problemas: Não sabíamos qual estrada pegar para chegar ao nosso destino. Porém, essa dificuldade foi logo superada com ajuda de um morador local.

b.       A estrada estava tão esburacada que só conseguimos chegar na cidade de Laginha e logo tivemos de voltar para Caicó, a fim de evitar ficar no prego no meio do caminho. 

Que decepção, que frustração. Estamos devendo este passeio até hoje. Neste mesmo ano a minha irmã se programou para fazer o mesmo itinerário, só que, de última hora contraiu covid. Outra decepção.

 Quando olhamos a palavra de Deus também nos deparamos com estradas ou caminhos de frustração e condenação, mas, também com caminhos de eterna alegria, algo tão contagiante que o coração do fiel só falta explodir de tanto contentamento e gozo.

 A diferença é enorme quando comparamos o capítulo 35 de Isaias com o anterior. As cenas de Juízo de Deus são duríssimas.

 

“A indignação do Senhor está contra todas as nações e o seu furor contra todos os exércitos delas, ele as destinou para a destruição e as entregou a matança” Is 34.2

 a.       O povo em questão são os Idumeus. Varias outras profecias já sentenciavam sobre o seu destino.

·         Is 63.1-6; Jr 49.7-22; Ez 25.12-14; 35. 1-15.

·         Am 1.11-12; Ob 1.14; Ml 1. 2-5.

 b.       O capítulo 34, está dividido em duas cessões:

 

·         Versos de 1 – 8 – Anuncio do juízo de Deus.

·         Versos de 9 – 17 – Trata da de vastidão que segue.

 Uma observação importante. Os capítulos 34 e 35 de Isaias mostram um pouco da ação de Deus na história humana.

 

·         Seu juízo sobre todos aqueles que confrontam com a sua soberania – Is 34.

·         Sua ação salvadora – Is 35.

 

Isaias 35 nos trás uma imagem alegre, descontraída do povo de Deus após o cativeiro da Babilônia [587-532 a.C.]. Na época determinada se cumpriu a profecia de Jeremias 25. 11-14.

 

“E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de babilônia setenta anos. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, visitarei o rei de babilônia, e esta nação, diz o SENHOR, castigando a sua iniquidade, e a da terra dos caldeus; farei deles ruínas perpétuas. E trarei sobre aquela terra todas as minhas palavras, que disse contra ela, a saber, tudo quanto está escrito neste livro, que profetizou Jeremias contra todas estas nações. Porque também deles se servirão muitas nações e grandes reis; assim lhes retribuirei segundo os seus feitos, e segundo as obras das suas mãos.”              Jeremias 25:11-14

 

O interessante irmão é que Isaias estava a ±164 anos antes do cativeiro babilônico acontecer, bem como, ±700 anos antes da vinda do messias, contudo, pela iluminação do Espírito Santo de Deus abordou ambos os temas em seu livro profético.

 As imagens usadas pelo escritor sacro para retratar a reabilitação do povo de Deus são impactantes.

 Vejamos:

 

a)       Verso 1 - “O deserto e a terra seca se alegrarão;

b)      Verso 1 - “O ermo” [região desabitada] exultará e florescerá como o narciso.”.

 

Narciso – Planta da família Amaryllidaceae; Cor: Amarela e branca; Florescimento – Abundante – Época - Primavera.

 

c)       Verso 2 – Expressões como: Glória do Líbano, esplendor do Carmelo e de Sarom são regiões férteis, citadas como símbolo da fecundidade de todo país [Is 33.9].

 

·         O profeta usando figuras de linguagem dar sentimentos, sensações (qualidades humanas) a coisas inanimadas. Ao fazê-lo ele deseja registrar mudanças profundas que começam no homem e tocam a natureza.

·         É como se o meio ambiente em que estão inseridos vibrassem a mesma frequência daquela gente sofrida, cheia de dor que vivenciavam mais um livramento divino.

 Quando meditamos neste verso imaginamos que:

 

·         a natureza sentia a ausência dos seus antigos moradores. Esta condição denota identidade do povo e terra.

·         o próprio Deus se alegra com a mudança de disposição no coração dos seu povo. O tempo de juízo havia acabado. Agora estávamos diante de um novo recomeço.

 No final do verso 2 e nos versos de 3 a 5 temos um forte apelo a resistência espiritual:

 

c.       Versos 3-5

 

·         Fortalecei as mãos frouxas;

·         Firmai os joelhos vacilantes;

·         Dizei aos desalentados de coração (deprimidos, desanimados, esmorecido...) sede forte, não temais.

 A razão para isto era bem simples. Nos versos de 5-7, enumera fatos que marcaram o ministério de Cristo.

 

·         1ª vinda de Cristo – Lucas 4.16-21; 7.18-23;

·         2ª vinda de Cristo – Ap. 21.4; 22.1-5.

 

·         Abrirão os olhos dos cegos;

·         Desimpedirão os ouvidos dos surdos;

·         Os coxos saltarão;

·         A língua dos mudos cantará;

·         Águas arrebentarão no deserto e ribeiros e ermo;

·         Areia escaldante se transformará em lagos;

·         Terra seca, em mananciais de água;

·         E nas habitações em que os chacais costumavam viver, crescerá a erva com canas e juncos.

 

Por fim, os versos 8-10, o profeta trata do caminho. Diz ele:

 

“E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão. Ali não haverá leão, nem animal feroz subirá a ele, nem se achará nele; porém só os remidos andarão por ele. E os resgatados do Senhor voltarão; e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.” Isaías 35: 8,10

 

Aqui contatamos um ambiente seguro, alegre. O povo de Deus está sendo conduzido a Sião, cantando enquanto se dirigem a sua morada eterna.

 

Vejamos algumas das características deste caminho.

 

·         Ele é santo – Exclusivo para o povo de Deus.

·         Bem sinalizado – Até os loucos não se perderão.

·         Os resgatados por Deus – Termo também usado em Ex 6.6, e motivo de toda esta alegria.

·         Ele tem um fim – Sião, morada de Deus.

·         O fim dele é também o fim da dor e da tristeza.

 

Você crê nisto?

 

Para participar desta mesma realidade espiritual é necessário que você meu amigo se arrependa dos seus pecados e creia que Jesus Cristo é seu Senhor e salvador. Tudo se resume em um passo de fé.

 

Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;  João 11:25


segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Escavações revelam cidade subterrânea usada como refúgio de cristãos, na Turquia

Um grande número de artefatos dos séculos II e III dC foram desenterrados em uma cidade subterrânea turca.

Uma vista interior da cidade subterrânea em Midyat, Mardin, sudeste da Turquia, 18 de abril de 2022. (Foto: AA / Daily Sabah)

Escavações realizadas em Midyat, na província de Mardin, na Turquia, revelam tesouros da arqueologia: uma um bairro inteiro com ruínas de locais de culto, silos, poços de água e passagens com corredores na cidade subterrânea, que é chamado de "Matiate".

Também foi encontrada uma gruta na localidade de um projeto iniciado há dois anos para limpeza e conservação das ruas e casas históricas, já que Midyat é um museu a céu aberto.

Após o sucesso das escavações, o diretor do Museu Mardin e chefe das escavações em Matiate, Gani Tarkan, disse que o trabalho se espalhará por todo o distrito, informa o Daily Sabah.

Tarkan disse que exemplos semelhantes de cidades subterrâneas foram encontrados em Anatólia, mas que a cidade subterrânea de Midyat tem características muito diferentes:

"Matiate tem sido usada ininterruptamente por 1.900 anos. Foi construída primeiro como um esconderijo ou área de fuga pelo cristianismo, que não era uma religião oficial no século II”, diz.

“Famílias e grupos que aceitavam o cristianismo geralmente se refugiavam em cidades subterrâneas para escapar da perseguição de Roma ou formavam uma cidade subterrânea. Possivelmente, a cidade subterrânea de Midyat era um dos espaços de vida construído para este fim. É uma área onde estimamos que pelo menos 60-70.000 pessoas viviam no subsolo", conta.

Cooperação nas escavações

A cidade subterrânea foi desenterrada após ter sido determinado que a caverna é uma passagem para diferentes lugares que poderiam ser escavados.

As escavações são mantidas com a cooperação do Ministério da Cultura e Turismo, Direção Geral do Patrimônio Cultural e Museus, Museu Mardin e Município de Midyat. Durante os trabalhos, os especialistas também encontraram muitos artefatos que datam dos séculos II e III dC em várias partes da cidade.

Com as novas descobertas, as autoridades locais esperam que o número de visitantes do distrito aumente, levando turistas a conhecerem a cidade subterrânea.

Fonte: Guiame