domingo, 8 de junho de 2025

A cruz

 No Gólgota, o monte da caveira, 

Ergue-se a cruz, sombria, derradeira. 

Ali, o Verbo feito carne, o Rei da glória, 

Cumpre a mais grandiosa e triste história.


Não há beleza em Seu semblante, marcado, 

Corpo ferido, dilacerado. 

Espinhos cravam, cravos perfuram a mão, 

Sangue de Deus, jorrando em redenção.


Por que tamanho ultraje e dor sem fim? 

Por que o Cordeiro se entregou assim? 

Não foi por força, não por fraqueza vã, 

Mas pelo amor que a nada se irmana.


Ali, em cada gota que escorria, 

O preço de nossa culpa se pagava. 

Em cada suspiro, um fardo se rompia, 

A dívida ancestral, enfim, saldada.


Mãos que curaram, agora perfuradas, 

Pés que andaram sobre as águas, pregados. 

Testemunho mudo de um amor sem par, 

Que veio para nos resgatar.


A humanidade, em pecado e escuridão, 

Escrava da morte, sem direção. 

Mas Ele, o Justo, se fez maldição, 

Para nos dar a plena salvação.


Seu grito, "Está consumado!", ecoou no ar, 

Quebrou as grades que nos faziam penar. 

Da morte arrancou o seu cruel aguilhão, 

Abrindo a porta para a ressurreição.


No sacrifício daquela cruz, 

Nasceu a vida, brotou a luz. 

Pelo Cordeiro, limpos e remidos, 

Somos de novo filhos, protegidos.


Ó obra excelsa, de poder e amor, 

Que transforma o perdido pecador! 

Cristo na cruz, eterna melodia, 

Nossa esperança, nossa alegria.


Natal 08.06.25

Diário de um servo

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