No Gólgota, o monte da caveira,
Ergue-se a cruz, sombria, derradeira.
Ali, o Verbo feito carne, o Rei da glória,
Cumpre a mais grandiosa e triste história.
Não há beleza em Seu semblante, marcado,
Corpo ferido, dilacerado.
Espinhos cravam, cravos perfuram a mão,
Sangue de Deus, jorrando em redenção.
Por que tamanho ultraje e dor sem fim?
Por que o Cordeiro se entregou assim?
Não foi por força, não por fraqueza vã,
Mas pelo amor que a nada se irmana.
Ali, em cada gota que escorria,
O preço de nossa culpa se pagava.
Em cada suspiro, um fardo se rompia,
A dívida ancestral, enfim, saldada.
Mãos que curaram, agora perfuradas,
Pés que andaram sobre as águas, pregados.
Testemunho mudo de um amor sem par,
Que veio para nos resgatar.
A humanidade, em pecado e escuridão,
Escrava da morte, sem direção.
Mas Ele, o Justo, se fez maldição,
Para nos dar a plena salvação.
Seu grito, "Está consumado!", ecoou no ar,
Quebrou as grades que nos faziam penar.
Da morte arrancou o seu cruel aguilhão,
Abrindo a porta para a ressurreição.
No sacrifício daquela cruz,
Nasceu a vida, brotou a luz.
Pelo Cordeiro, limpos e remidos,
Somos de novo filhos, protegidos.
Ó obra excelsa, de poder e amor,
Que transforma o perdido pecador!
Cristo na cruz, eterna melodia,
Nossa esperança, nossa alegria.
Natal 08.06.25
Diário de um servo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente o texto e ajude-nos a aperfeiçoá-los.