Eu matei Deus – Disse o velho homem batendo fortemente em seu peito – Não se assustem os irmãos, mas essa é a mais pura verdade. Devo dizer-lhe que não foi fácil reconhecer o fato, mas assumo a minha condição de assassino.
A constatação deste fato se deu quando em pleno culto o pregador gritou: “Mataram a esperança de Israel!” De tudo que foi dito, cantado ou representado naquele trabalho, nada permaneceu em meu coração a não ser aquelas palavras: “Mataram a esperança de Israel!”.
No decorrer da semana sempre que sobrava algum tempo no meu serviço, voltava a meditar naquele ato infame, covarde e desumano dos contemporâneos de Jesus Cristo.
Neste meio tempo cheguei a irritar-me profundamente com aquela situação, afinal, não seria mais fácil viver ao lado do Deus do que matá-lo? Há! Se pelo menos eu pudesse ter vivido naquela época, certamente teria convocado uma cruzada Santa contra os infiéis ou morreria tentando.
Quando refletia sobre essas coisas não percebi que haviam pessoas a minha volta com graves problemas existenciais, que lágrimas rolavam com freqüência de rostos inocentes pela violência e carentes de amor e atenção, que na ânsia de chegar em casa esquecia-me com freqüência de dizer bom dia, boa noite aos meus colegas de trabalho ou simplesmente não notava a presença de inúmeros pedintes, prostitutas, drogados, descriminados, oprimidos do diabo que cruzavam por mim em plena avenida ou ficavam em meio as estradas dessa vida, já a muito acostumados com o desprezo dos homens. Que pelo meu excesso de profissionalismo desenvolvi a “cultura do não se envolver”, de forma que ao longo de toda a minha vida profissional mantive uma relação superficial, cheia de relativismo e pouco proveitosa ao meu próximo.
Há irmãos!, Depois que percebi essa realidade em minha vida, passei a encarar os assassinos de Cristo de outra forma. Na verdade apesar de 2009 anos que nos separam também me vi no meio das multidões gritando: crucifica-o!, crucifica-o!.
Não, definitivamente não sou diferente de nenhum deles. A minha atitude covarde, omissa diante dos problemas deste século, o meu egoísmo em não querer partilhar meu Cristo com mais ninguém, a minha falta de compromisso de oração e ensino para com minha família, amigos, vizinhos e Igreja me capacitam a ser mais um dos matadores de Deus.
Mas sabe de uma coisa, apesar de tudo isso, eu vejo que há uma saída, é verdade, há uma saída, podemos fazer tudo diferente, podemos ser mais de que um vil matador de Deus, podemos ser seu filho amado. Sabem como? Fazendo a sua vontade. E a você meu amigo que ainda não aceitou a Jesus Cristo como seu salvador e Senhor, basta apenas se entregar nos braços do pai. Aceite-o, venha do jeito que estiver, pois o nosso Deus não faz acepção de pessoas.
Não matem Deus, deixe-o viver em sua vida
Amém!.
Igreja Batista do Alecrim
Jerônimo Viana M. Alves
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