sábado, 31 de maio de 2025

Reino Único: Judá

 

2 Rs 21.1-23.34 - 2 Cr 33.1-36.4.

Texto áureo 2 Cr 34.2

 Introdução

 Uma pergunta que às vezes me faço quando me deparo com textos como o de hoje: o que levou pais piedosos a gerarem filhos infiéis?

 

·       De Ezequias a Manassés.

 

Ezequias foi um rei marcado por sua dedicação ao Senhor. Seu proceder foi bem diferente do seu pai, Acaz.

 

 E o que ele fez?

Reforma religiosa do reino do Sul

Referências

Removeu a idolatria e restaurou a adoração ao Senhor.

2 Rs 18.4, 2 Cr 29.3-9

Restaurou o templo e o serviço sacerdotal.

2 Cr 29.3-19

Celebrou a Páscoa como nunca.

2 Cr 30.1-27

Confiou no Senhor em tempos de crise - Senaqueribe rei da Assíria.

2 Rs 18.13-19.37; Is 36; 37.1-38

Humilhou-se e buscou a Deus quando enfermo.

2 Rs 20.1-11; Is 38.1-8.

 

A Bíblia resume o caráter do rei Ezequias desta forma (2 Rs 18.3-7).

 

³ E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai. ⁴ Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã. ⁵ No Senhor Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele. ⁶ Porque se chegou ao Senhor, não se apartou dele, e guardou os mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés. ⁷ Assim foi o Senhor com ele; para onde quer que saía se conduzia com prudência; e se rebelou contra o rei da Assíria, e não o serviu.  2 Reis 18:3-7

 

É deste rei comprometido com Deus que veio Manassés. Com seu filho tivemos a quebra nas bençãos de Deus sobre o seu povo.

 

·       É provável que a forte influência Assíria determinou as atitudes do rei Manassés.

·       Assim, como em nossos dias. Os impérios têm:

 

a.       seus modismos espirituais (deuses e formas de adoração aos seus deuses);

b.       seus encantamentos (poder e riquezas) e não poucos se aliam aos mesmos pensando representar a vontade de Deus.

 

Na época de Manassés, Assíria era uma potência regional.

 

ü  O próprio Manassés aparece numa lista de 22 reis vassalos da Síria e da Palestina durante o reinado de Assaradom (681-669 a.C.), bem como na lista de reis vassalos de Assurbanipal (668-627 a.C). Neste último caso, ajudou a Assíria contra o Egito (campanha de Assurbanipal x Taharqe e sucessores).

 

 

Uma lição:

 

·       Quando deixamos de caminhar com Cristo (Deus), alternativas surgem em nosso caminho. Manassés optou pela falsa segurança dada pelos reis da Assíria.

·       Hoje temos diante de nós a mesma decisão:

 

o   Buscar a Deus por meio da sua palavra e ter vida;

o   Encontrar um sentido para nossa vida por nós mesmos através do:

 

Ø  Humanismo, secularismo - Muitos encontram significado na capacidade humana de criar, inovar amar, contribuir com a sociedade. A ética e a moralidade podem ser baseadas na RAZÃO e na EMPATIA, sem a necessidade de uma autoridade divina.);

Ø  Filosofia e ciência – A busca por respostas para as grandes perguntas da vida pode se voltar para a filosofia [existência, conhecimento, os valores e a razão] ou para a ciência [observação e experimentação] e deixa O criador de lado.

Ø  Conhecimento pessoal – Focar no conhecimento pessoal, aprimoramento das suas habilidades, entendimento das suas emoções, e construir uma vida mais satisfatória através de autoconhecimento, terapia, meditação etc.

Ø  Ativismo social – Encontrar um proposito para lutar por causas sociais, ambientais ou políticas, buscando fazer a diferença no mundo.

Ø  Arte e criatividade Tornar-se uma forma de encontrar beleza e significado na criação.

Ø  Relações interpessoais – Relações interpessoais – O aprofundamento de laços com amigos, familiares, e comunidades pode fornecer um senso de pertencimento, apoio emocional e solidariedade etc.

 

·       Estas são as opções, cabe a cada um de nós escolher o melhor caminho.

 

1.     Nem tudo que reluz é ouro - Aparências enganam (2 Rs 21; 2 Cr 33)

 

·       Tudo estava caminhando bem até a chegada de Manassés. Vejam agora outros aspectos das bênçãos divinas sobre a vida de Ezequias:

 

a.        Riqueza e glória (acúmulo de tesouros) (2 Cr 32.27)

Ezequias teve riquezas e glória em extremo, e juntou tesouros de prata, de ouro, de pedras preciosas, de especiarias, de escudos, e de toda espécie de objetos desejáveis.

b.        Armazéns e provisões abundantes. 2 Cr 32.28

Também armazéns para o produto do trigo, do vinho e do azeite, e estábulos para toda a espécie de gado, e apriscos para os rebanhos.

c.        cidades fortificadas.

2 Cr 32.29

Edificou também cidades, e possuiu ovelhas e vacas em abundância; porque Deus lhe tinha dado muitíssimas possessões.

 

 

d.        Projeto hídrico bem-sucedido (Túnel de Siloé): (2 Cr 32.3-4; 2 Crônicas 32:30)

“Vendo, pois, Ezequias que Senaqueribe vinha, e que estava resolvido contra Jerusalém, Teve conselho com os seus príncipes e os seus homens valentes, para que se tapassem as fontes das águas que havia fora da cidade; e eles o ajudaram. Assim muito povo se ajuntou, e tapou todas as fontes, como também o ribeiro que se estendia pelo meio da terra, dizendo: Por que viriam os reis da Assíria, e achariam tantas águas?”

 

“Também o mesmo Ezequias tapou o manancial superior das águas de Giom, e as fez correr por baixo para o ocidente da cidade de Davi; porque Ezequias prosperou em todas as suas obras.”

 

 

e.        Reconhecimento divino e sucesso geral.

2 Cr 32.30 - (parte final) e Ezequias prosperou em todas as suas obras. 2 Rs 18.7 - Porque o senhor era com ele; para onde quer que saísse, prosperava, e rebelou-se contra o rei da Assíria, e não o serviu. (demonstração da prosperidade militar e política também).

 

·       A Bíblia deixa clara a grande diferença entre o reinado de Ezequias em relação ao seu filho Manassés.

 

·       Algumas verdades que aprendemos nestes textos:

 

         I.               Filho de peixe é peixinho, mas filho de santo não é santinho.

 

ü  Com Manassés, o Reino do Sul cai da plena comunhão com Deus (por parte da liderança) para o inferno da idolatria.

 

      II.               A intimidade com Deus é construída dia a dia.

 

Ela requer:

 

ü  Oração constante e sincera (1 Ts 5.17: "Orai sem cessar." Jesus mesmo buscava momentos de oração a sós com o Pai - Mc 1.35);

ü  Leitura e meditação na palavra de Deus - Sl 119.105;   2 Tm 3.16.

ü  Adoração e gratidão: Reconhecer a soberania de Deus desloca o foco de nós mesmos para Deus (Sl 100.4: “Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.

ü  Arrependimento genuíno e confissão (Humildade e Restauração) (1 Jo 1.9: “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”

ü  Comunhão com outros crentes (corpo de Cristo) (Hb 10.25: “Não deixeis de congregar-vos, como é costume de alguns; antes, admoestemo-nos uns aos outros, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima.”

 

Apesar da vivência do seu pai, Manassés teve a opção de permanecer com Deus, mas buscou o socorro dos homens.

 

·       Manassés reinou sob a casa de Davi 55 anos. Foi o reinado mais longo da história do reino do sul.

·       Sobre ele a Bíblia informa - 2 Rs 21.2-7

 

¹ Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar, e cinquenta e cinco anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hefzibá. ² E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme as abominações dos gentios que o Senhor expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel. ³ Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha destruído, e levantou altares a Baal, e fez um bosque como o que fizera Acabe, rei de Israel, e se inclinou diante de todo o exército dos céus, e os serviu. ⁴ E edificou altares na casa do Senhor, da qual o Senhor tinha falado: Em Jerusalém porei o meu nome. ⁵ Também edificou altares a todo o exército dos céus em ambos os átrios da casa do Senhor. ⁶ E até fez passar a seu filho pelo fogo, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e ordenou adivinhos e feiticeiros; e prosseguiu em fazer o que era mau aos olhos do Senhor, para o provocar à ira. ⁷ Também pôs uma imagem de escultura, do bosque que tinha feito, na casa de que o Senhor dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre; 2 Reis 21:1-7

 

·       Manassés se identificava mais com seu avô Acaz (2Reis 16.3) do que com seu pai Ezequias.

·       Pelo seu proceder era um homem SUPERSTICIOSO.

·       Hoje é comum encontrarmos esta mesma disposição entre o seguimento evangélico. Veja algumas delas:

 

a.       Jogo do bicho, horóscopos, benzedura dos enfermos, uso de textos bíblicos fora do contexto para autenticar suas práticas são exemplos de mandinga evangélica.

 

·       Mas, não tem somente isso, vejam:

 

b.       Dá crédito em objetos abençoados – (Água, óleo, sal, lenços etc.).

c.       Determinar bênçãos financeiras por "sementes" específicas: A ideia de semear uma quantia ou fazer uma doação de certo valor “obriga” Deus a retribuir com uma bênção financeira maior e garantida. Isso pode ser como uma barganha com Deus, ignorando a sua soberania.

d.      Foco excessivo em quebra de maldições hereditárias de forma ritualística: Embora a Bíblia fale das consequências do pecado que pode afetar gerações, a ideia de que há maldições hereditárias específicas que precisam ser quebradas por rituais ou declarações específicas, como se fossem entidades autônomas, pode desviar o foco da obra redentora de Cristo e do perdão dos pecados.

e.       Determinar o sucesso por “confissão positiva” mecânica: A ideia de que apenas repetir frases ou declarações positivas, sem uma fé genuína ou alinhamento com a vontade de Deus, irá manifestar a realidade desejada. Embora a fé e as palavras sejam importantes, a ênfase na TÉCNICA da confissão pode ser interpretada como supersticiosa.

f.         Uso de amuletos ou talismãs disfarçados de símbolos cristãos (cruzes, peixes ou versículos bíblicos escritos, como se o objeto conferisse proteção mágica).

 

·       Por se desviar da verdade e conduzir o povo ao pecado, Manassés foi confrontado por Deus.

 

⁹ E Manassés tanto fez errar a Judá e aos moradores de Jerusalém, que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel. ¹⁰ E falou o Senhor a Manassés e ao seu povo, porém não deram ouvidos. ¹¹ Assim o Senhor trouxe sobre eles os capitães do exército do rei da Assíria, os quais prenderam a Manassés com ganchos e, amarrando-o com cadeias, o levaram para Babilônia. 2 Crônicas 33:9-11

 

·       Só depois desta experiência terrível na vida do rei é que ele resolve voltar para Deus.

 

¹² E ele, angustiado, orou deveras ao Senhor seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais; ¹³ E fez-lhe oração, e Deus se aplacou para com ele, e ouviu a sua súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu reino. Então conheceu Manassés que o Senhor era Deus”

 

·       Ele reconhece as suas falhas;

·       Se humilha diante de Deus;

·       Promove uma reforma religiosa

 

“¹⁴ E depois disto edificou o muro de fora da cidade de Davi, ao ocidente de Giom, no vale, e à entrada da porta do peixe, e ao redor de Ofel, e o levantou muito alto; também pôs capitães de guerra em todas as cidades fortificadas de Judá. ¹⁵ E tirou da casa do Senhor os deuses estranhos e o ídolo, como também todos os altares que tinha edificado no monte da casa do Senhor, e em Jerusalém, e os lançou fora da cidade. ¹⁶ E reparou o altar do Senhor e ofereceu sobre ele sacrifícios de ofertas pacíficas e de louvor; e ordenou a Judá que servisse ao Senhor Deus de Israel. ¹⁷ Contudo o povo ainda sacrificava nos altos, mas somente ao Senhor seu Deus. 2 Crônicas 33:14-17

 

·       É importante frisar que, todo o esforço de Manassés para se redimir do erro não foi suficiente. Após a sua morte Amom reinou em seu lugar.

 

²⁰ E dormiu Manassés com seus pais, e o sepultaram em sua casa. Amom, seu filho, reinou em seu lugar. ²¹ Tinha Amom vinte e dois anos de idade quando começou a reinar, e dois anos reinou em Jerusalém. ²² E fez o que era mau aos olhos do Senhor, como havia feito Manassés, seu pai; porque Amom sacrificou a todas as imagens de escultura que Manassés, seu pai tinha feito, e as serviu.

²³ Mas não se humilhou perante o Senhor, como Manassés, seu pai, se humilhara; antes multiplicou Amom os seus delitos. ²⁴ E conspiraram contra ele os seus servos, e o mataram em sua casa. ²⁵ porém o povo da terra feriu a todos quantos conspiraram contra o rei Amom; e o povo  2 Crônicas 33:20-25

 

·       O mal testemunho do seu pai em sua infância foi decisivo para que o novo rei se afastasse de Deus.

 

a.       E fez o que era mau aos olhos do Senhor, como havia feito Manassés;

b.       não se humilhou perante o Senhor, como Manassés, seu pai, se humilhara;

c.       multiplicou Amom os seus delitos.

d.       Passou do ponto de retorno: O pecado contra o Espírito de Deus (Mateus 12:31-32; Marcos 3:28-30; Lucas 12:10).

 

ü  É, sim, uma rejeição deliberada, consciente e persistente da verdade e da obra do Espírito Santo, quando essa verdade é claramente manifesta. É atribuir a Satanás o que é inequivocamente a obra de Deus pelo Espírito Santo.

ü  Rejeição da Única Fonte de Perdão (João 16:8).

ü  Malignidade Intencional: Não é um erro ou uma falha moral, mas uma malevolência profunda que deliberadamente distorce a verdade de Deus e a atribui ao maligno.

 

·       De acordo com a Bíblia (2 Reis 21:23-24 e 2 Crônicas 33:24-25), os seus próprios servos conspiraram contra Amom e o mataram em sua casa.

·       Embora a Bíblia não especifique os motivos dos conspiradores, alguns estudiosos (como Abraham Malamat) sugerem que Amom pode ter sido assassinado devido à sua política de forte influência do Império Assírio, que era um antigo inimigo de Judá. Outras hipóteses são:

 

a.       instigação egípcia, sugerindo que uma facção pró-egípcia poderia ter assassinado Amom.

b.       Motivações religiosas/culturais

c.       geopolíticas ou intradinásticas, ou seja, relacionadas a lutas por poder e posição dentro da corte.

 

·       Após o assassinato de Amom, o povo de Judá reagiu, matando todos os que conspiraram contra ele e proclamou seu filho Josias como rei em seu lugar.

 

2.     Um novo recomeço - Renascimento (2 Reis 22; 23.1-34; 2 Cr 34-36.4)

 

¹ Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar, e reinou trinta e um anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe, Jedida, filha de Adaías, de Bozcate. ² E fez o que era reto aos olhos do Senhor; e andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda. 2 Reis 22:1,2

 

·       Josias tinha apenas 8 anos de idade, o que nos leva a pensar na influência de seus tutores.

 

a.       Sua mãe, Jedida: Embora a Bíblia não forneça muitos detalhes sobre Jedida, a mãe de Josias, ela é mencionada em 2 Reis 22:1. É provável que tenha tido um papel significativo em sua criação e na formação de seu caráter, especialmente considerando a má conduta de seu pai, Amom, e de seu avô, Manassés, nos primeiros anos de seu reinado.

b.       Oficiais do palácio e conselheiros: Como um rei jovem, Josias teria sido cercado por oficiais e conselheiros que o ajudaram a governar.

c.       Profetas como Sofonias e Jeremias: Embora não fossem seus tutores diretos, profetas como Sofonias e Jeremias atuaram durante o reinado de Josias. Suas mensagens e advertências sobre a idolatria e a necessidade de arrependimento certamente influenciaram o ambiente espiritual e podem ter encorajado Josias em suas reformas, ajudando-o a discernir a vontade de Deus para seu povo.

 

·       A "descoberta do Livro da Lei": Um evento crucial que moldou profundamente o reinado de Josias foi a descoberta do Livro da Lei (provavelmente uma parte do Deuteronômio) no Templo durante as reformas. Essa descoberta, feita pelo sumo sacerdote Hilquias e levada a Josias pelo escriba Safã (2 Reis 22:8-10), teve um impacto transformador sobre ele. Ao ouvir as palavras do Livro, Josias rasgou suas vestes em sinal de profunda tristeza e arrependimento, percebendo o quanto a nação havia se desviado dos mandamentos de Deus. Essa redescoberta da Lei se tornou a base para as reformas religiosas abrangentes que ele implementou.

·       Se o rei tinha verdadeiro interesse em livrar a nação de um fim igual ao do Reino do Norte, tinha que agir rapidamente.

 

a.       A reforma começa pelo templo;

b.       Tem em vista não apenas as paredes, mas as práticas religiosas, livrando-se da idolatria, derrubando os ídolos, expulsando os sacerdotes pagãos e concluindo com a Celebração da Páscoa.

c.       O Reino do Sul passa por um grande avivamento espiritual, principalmente depois de ter encontrado o Livro da Lei.

d.       Era um homem piedoso, que tinha o joelho no chão e a Palavra de Deus no coração.

 

·       Passados os dias de Josias (2 Reis 23:29; 2 Crônicas 35:20-24), veio seu filho JEOACAZ, que se desviou dos caminhos de Deus (2 Reis 23.32).

·       Por não ter sido escolhido pelo faraó Neco II, foi levado preso para o Egito (2 Reis 23:34; 2 Crônicas 36:4), de onde nunca mais voltou. Em seu lugar, o faraó pôs Eliaquim (a quem ele mudou o nome para Jeoaquim) como rei vassalo em Jerusalém.

 

Conclusão

 

·       Não temos dúvida que os piores reis de Judá foram Manassés e Amom;

·       Também não temos dúvida: não há causa perdida para Deus – o exemplo do arrependimento de Manassés.

·       Deus trabalha em nós para o louvor da sua glória.

·       O que nos condena é afastar-se da sua presença.

·       Portanto, o convite é para hoje mesmo buscar uma nova vida com o Senhor.

 

¹⁵ enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação. Hebreus 3:15

 

Fim

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Série: O Evangelho em Xeque? Desvendando a "Crise" da Igreja Evangélica

Postagem 2/5: Os Números Não Mentem? Demografia e Desfiliação

Na nossa primeira matéria, demos uma visão geral do que chamamos de "crise" na Igreja Evangélica. Agora, vamos mergulhar nos dados e tendências demográficas que, para muitos, são a prova mais concreta de que algo grande está mudando: o crescimento, ou a falta dele, e o fenômeno da desfiliação religiosa.

Crescimento Global: Um Cenário de Contrastes

É importante entender que o cenário demográfico do evangelicalismo não é uniforme em todo o mundo. Enquanto em algumas regiões o movimento enfrenta desafios, em outras ele continua em plena expansão:

 * Onde o Crescimento Continua Forte: Em países da África Subsaariana, partes da Ásia (como Coreia do Sul, Filipinas e China, onde o cristianismo subterrâneo cresce apesar da perseguição) e da América Latina (embora com desaceleração no Brasil, como veremos), o número de evangélicos continua a crescer. Nesses locais, o evangelicalismo muitas vezes oferece uma alternativa a religiões tradicionais, um senso de comunidade e respostas a desafios sociais.

 * Onde o Crescimento Estagnou ou Diminuiu: O grande desafio demográfico se concentra em nações de maioria cristã no Ocidente, especialmente na Europa e nos Estados Unidos.

   * Nos EUA, o Pew Research Center tem documentado consistentemente o declínio da proporção de cristãos na população geral. Por exemplo, a proporção de adultos que se identificam como cristãos caiu de 78% em 2007 para 63% em 2021. Dentro desse grupo, embora os evangélicos protestantes ainda sejam o maior segmento, a taxa de declínio entre eles é notável, especialmente entre os mais jovens. A maioria dos que deixam o cristianismo se tornam "não afiliados" a nenhuma religião, mas alguns se convertem a outras fés.

Fontes de Credibilidade:

 * Pew Research Center: Seus relatórios sobre tendências religiosas globais e nos EUA são a base para entender a demografia religiosa.

   * Pew Research Center - Religious Landscape Study (para dados históricos dos EUA)

   * Pew Research Center - America’s Changing Religious Landscape (para a tendência geral nos EUA)

   * Pew Research Center - Religion & Public Life (para pesquisas globais)

O "Caso Brasil": Da Explosão ao Plato e o Crescimento dos "Sem Religião"

O Brasil foi, por décadas, um dos maiores celeiros de crescimento evangélico no mundo. A proporção de evangélicos saltou de cerca de 6,6% da população em 1980 para mais de 22% em 2010 (dados do IBGE). No entanto, estudos recentes e análises do Censo de 2022 (cujos dados completos ainda estão sendo divulgados) sugerem uma desaceleração significativa desse crescimento.

 * O Fenômeno dos "Desigrejados" e "Sem Religião": Especialistas apontam para o aumento do número de pessoas que se declaram "sem religião" ou que, mesmo mantendo alguma fé, não frequentam uma igreja. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é a fonte oficial para esses dados no Brasil. Embora os dados finais do Censo 2022 sobre religião ainda não tenham sido totalmente consolidados e divulgados, projeções e estudos preliminares já indicavam que o ritmo de crescimento evangélico não se manteria o mesmo dos anos 80 e 90. Pesquisas de universidades e centros de estudo como o da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com o Núcleo de Estudos de Religião e Sociedade (NERS), têm investigado a complexidade desse cenário, mostrando que a diversidade interna do campo evangélico e a saída de fiéis são fatores importantes.

   * A desfiliação não é apenas para o grupo "sem religião"; alguns evangélicos migram para outras denominações, para o catolicismo renovado, ou se tornam "desigrejados" (mantêm a fé, mas sem vínculo institucional).

   * Fatores como escândalos, política e a busca por uma experiência mais "autêntica" são citados pelos próprios ex-membros como razões para a saída.

Fontes de Credibilidade:

 * IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): A fonte oficial de dados demográficos do Brasil.

   * IBGE - Censo Demográfico (Aguardando a divulgação completa dos dados de religião do Censo 2022, mas os Censos anteriores já mostram a evolução)

 * Artigos acadêmicos e livros de sociólogos da religião brasileiros: Pesquisadores como Ricardo Mariano, Maria das Dores Campos Machado, Paul Freston, e outros, publicam regularmente sobre as tendências religiosas no Brasil. Busque por trabalhos publicados em periódicos acadêmicos brasileiros ou livros de editoras universitárias.

Por Que os Números Importam?

Os dados demográficos são um termômetro da saúde e da relevância de um movimento religioso. Um crescimento desacelerado ou um declínio pode indicar:

 * Desafio na Atração de Novas Gerações: Se os jovens estão saindo ou não se engajando, a renovação da fé se torna um problema.

 * Perda de Influência: Menos membros podem significar menos impacto social, cultural e político, embora isso nem sempre seja linear (a influência evangélica no Brasil é um exemplo disso).

 * Necessidade de Adaptação: As igrejas podem precisar repensar suas abordagens, sua linguagem e sua forma de se relacionar com a sociedade para manter sua relevância.

Onde Vamos a Seguir:

Na próxima postagem, vamos sair dos números e mergulhar em um dos aspectos mais dolorosos e visíveis dessa "crise": os escândalos éticos e a questão da credibilidade. Fique ligado!

Interaja conosco: Você conhece alguém que se tornou "desigrejado"? Ou sua igreja tem sentido uma mudança na participação das pessoas? Compartilhe sua experiência nos comentários!