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Para vice-chanceler israelense, EUA e comunidade internacional devem recorrer a ação militar
O vice-ministro de relações Exteriores de Israel, Zeev Elkin, afirmou nesta sexta-feira (26/04) que o governo dos Estados Unidos e a comunidade internacional não têm outra alternativa a não ser uma ação militar para "assumir o controle dos arsenais de armas químicas sírias". As informações são da agência de notícias France Presse.
A declaração do chanceler ocorre um dia depois de os EUA e o Reino Unido anunciarem suspeitas de que o governo sírio estaria utilizando a substância química sarin contra os grupo armados opositores na guerra civil que atinge o país árabe.
"Está claro que, se existir vontade dos Estados Unidos e da comunidade internacional, podem atuar militarmente e assumir o controle dos arsenais químicos sírios, o que acabará com todas as preocupações", disse Elkin. O serviço de inteligência israelense também corrobora as informações dos norte-americanos e britânicos.
O presidente dos EUA, Barack Obama, sempre afirmou que , caso o regime do presidente sírio Bashar Al Assad, recorresse a esse artifício, ele ultrapassaria uma “linha vermelha” e justificaria uma ação mais direta dos norte-americanos no conflito.
"A partir do momento que a comunidade internacional compreende que foram ultrapassadas as linhas vermelhas e que, efetivamente, foram usadas armas químicas, perceberá que não há outra opção a não ser atuar assim, ao invés de deixar as coisas na imprecisão", afirmou Elkin.
Os Estados Unidos e a União Europeia reconhecem as forças rebeldes como legítimas representantes do povo sírio. O governo sírio, por sua vez, tem o apoio da Rússia.
Em Londres, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que o “crescente número de provas” sobre o uso de armas químicas na Síria é "extremamente grave".
"São provas limitadas, mas nós também contamos com provas crescentes do uso de armas químicas, provavelmente por parte do regime. É extremamente grave, é um crime de guerra", declarou à BBC David Cameron, que no entanto é contrário ao envio de tropas.
Nesta quarta-feira, o ssecretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, em discurso em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, foi cauteloso ao dizer que ainda precisa comprovar se as suspeitas levantadas por seus órgãos de Inteligência são de fato reais. “O que nós estamos informando é apenas o que nossa rede de inteligência disse saber. Volto a dizer, eles ainda estão pesquisando e procurando saber o que aconteceu, quem foi responsável e outras especificidades que precisaremos saber”.
Quando perguntado se esse novo elemento significaria que o conflito “ultrapassou a linha vermelha” estabelecida pelo presidente Barack Obama, que implicaria em um envolvimento mais direto dos Estados Unidos, Hagel afirmou que “ainda é cedo para responder”.
Fonte: Opera Mundi
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