Uma pílula de insulina: é isso que a Oramed Pharmaceuticals, uma pequena empresa de Israel, espera oferecer a milhões de diabéticos a partir de 2016. Em breve, o produto deve ser aprovado pelo FDA nos EUA, padrão mundial do setor farmacêutico. Por que até hoje ninguém inventou a pílula de insulina? Para Nadav Kidron, CEO da Oramed, são duas as razões: “Primeiro porque a insulina é um peptídeo, uma pequena proteína que é degradada pelas enzimas do corpo quando consumida via oral. O segundo problema é o tamanho da insulina, pois ela não passa pelas paredes do intestino e não chega à circulação sanguínea. Imagine que a insulina é uma bola de tênis e as paredes do intestino são a rede. A bola não passa pela rede”.
Depois de 25 anos de pesquisa, uma equipe de cientistas do Hadassah Medical Center, em Jerusalém, desenvolveu uma forma de superar esses obstáculos. "Acho que é a melhor forma de mostrar às pessoas que Israel não se resume ao conflito entre palestinos e israelenses. Nós também pesquisamos medicamentos e drogas que podem tornar a vida de todos melhor”, afirma Kidron. Apesar de no momento a Oramed estar focada na produção da pílula de insulina, a empresa tem a ambição de viabilizar a administração oral de outros medicamentos. “Imagine a vacina contra a gripe. Imagine quanto seria possível economizar no tratamento de saúde. Essa é uma tecnologia que pode revolucionar a saúde mundial como a conhecemos”. De acordo com a Associação Americana de Diabetes, mais de 25 milhões de americanos, 8% da população, sofrem atualmente com a doença. No mundo inteiro, esse número chega a aproximadamente 350 milhões.
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