Salmo 75.7
Deus é juiz e julga com
perfeição. Dentre os homens não há nada parecido, visto que, somos em tudo
limitado. O que julgo é o que ouço dizer, é o que vejo ou penso vê, mas o
Senhor conhece o coração do homem [I
Samuel 16.7]. Ele pesa os pensamentos [Salmos
139. 1-4], Ele nos conhece profundamente, de sorte que seu julgamento é
infinitamente mais sábio, mais justo, mas consistente do que o qualquer mortal.
Sei que Deus usa critérios para
sua tomada de decisões que estão muito além da nossa compreensão [Romanos 11.33], mas sei também que seu
agir é um misto de justiça, amor e
misericórdia.
Deus julga com justiça.
Em Ezequiel 11. 1-7, o profeta
tem a seguinte visão:
O profeta é direto na denuncia do
jogo de interesses, da injustiça e opressão promovida pelas autoridades do povo
a ponto de se tornar um obstáculo à obra do Senhor [v.3,6]
Contra este estado de coisas vem
o juízo de Deus. Quando sua sentença começa a ser pronunciada vemos claramente algumas
das bases da sua justiça: a onisciência
e a santidade.
“... quanto às coisas que vos sobem ao espírito, eu as conheço”. [v.5] Como Deus conhece os pensamentos, Ele sabe qual a fonte promotora da crise [v. 1], suas reais motivações [v.3] e do que eram capazes para manterem seu status quo [v.6].
O quanto àqueles homens estavam
enganados. Pensavam que eram a última tampa de Crush, no entanto no verso sete
o senhor declara quem era realmente importante naquela cidade, veja:
“Portanto, assim diz o Senhor Deus: Os que vós matastes no meio dela
[cidade] são a carne, e ela, a parcela; a vós outros, porém, vos tirarei do
meio dela”. [Ez 11.7]
O “matastes” pode ser entendido
de forma literal e era realmente, mas também podemos fazer uma aplicação aqui.
Podemos colocar no sentido figurado e assim teremos: mataste a alma, a comunhão,
a alegria nas celebrações ao Senhor, a motivação etc. havia muitos mortos espirituais
em Israel [v.6].
Deus é justo em seu julgamento por que é santo e não pactua com o erro.
Ele simplesmente não deixará impune o que pratica o mal. Com Deus o mal não
prevalece.
‘Tirar-vos-ei do meio dela, e vos
entregarei nas mãos de estrangeiros, e executarei juízo entre vós’. Caireis à
espada; nos confins de Israel, vos julgareis, e sabereis que eu sou o Senhor”.
[Ez 11. 9-10]
Existe um tempo de maturação do
erro [Gênesis 15:16], até porque
Deus é longânimo e deseja de todo coração que os homens se arrependam e voltem a
praticar o que é certo, mas, tudo tem seu limite. Em sua ação sanadora o Senhor
pode até usar estrangeiros quando as forças internas são débeis para promover
as mudanças necessárias em sua casa. Israel é uma prova viva desta verdade. Os
Assírios puniram o Reino do Norte, os Babilônios puniriam o Reino do Sul.
Essa pratica divina é aplicável
também em nossos dias. Quantas vezes Deus têm lançado mãos de falsos líderes,
obreiros como forma de disciplinar a uma comunidade rebelde e soberba? O
inverso também é verdadeiro? É uma pena que deixemos as coisas chegarem a esse
ponto. Onde está a sensibilidade espiritual da igreja do Senhor?
Graças a Deus que de uma forma ou
de outra o Senhor não permite que seu povo, sua igreja seja manipulada indefinidamente
por quem quer que seja, ou que sucumba definitivamente diante do mal.
“Esta cidade não vos servirá de
panela, nem vos servireis de carne no seu meio; nos consfins de Israel, vos
julgarei’. [Ez 11.11]
Deus é juiz amoroso
A bíblia toda fala de um Deus de
amor. Deus é justiça, mas é amor [Deus é amor...]. Essa é a sua essência. Deus
ama e isto basta. A história de Israel é exemplo disto. A nossa vida também.
Ele mandou seu filho para nos salvar por amor.
Cristo foi sacerdote e holocausto por amor de nós.
E assim tem sido desde a
eternidade. No profundo amor de Deus está a nossa esperança, mesmo sendo quem
somos. Nos versos 19-20, após responder em tom tranquilizador sobre o destino
do povo de Israel [v 13], o Senhor demonstra a sua contundente face de um Pai
amoroso.
Está disposto a rever sua relação com seu povo.
“Tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne”. [v19].
Por amor Deus disciplina seu povo
por meio do sofrimento. Contudo, com hora, dia, minuto e segundos para acabar. Deus
não tem prazer no eterno conflito, no fustigar indefinidamente, mas se apressa
ainda em meio a sentença para apontar o dia da libertação, ainda que naquele
momento o povo não esboçasse nenhuma forma de arrependimento.
Deus em amor deseja que seus
filhos entendam a sua vontade e andem em obediência. Nesse sentido Ele não só
espera como cria as condições para que possamos ser seu povo e Ele o nosso
único Deus [v.20], contudo, a decisão de se submeter ou não ao seu senhorio
continua sendo nossa. A sentença para quem deseja insistir no erro é
condenatória [v.21]
Deus é juiz de misericórdia
No capítulo 36. 24-38, o profeta
nos descreve mais um componente do juízo de Deus: a misericórdia.
A vergonha e o mal testemunho dado por Israel antes [vs. 17-18] e durante o cativeiro seria sanado [v.20].
- Serão restituídos a terra [v.24];
- Serão purificados pelo Senhor sem esta ação seria impossível a relação Deus-homem [v.25];
- Receberão dentro dos seus corações o Espírito de Deus. O que fariam mudar de vida [v.26];
- A partir de então serão povo de Deus, na mais perfeita idenidade com seu Senhor [v.28];
- Serão prósperos [vs. 29-30];
- Haveria arrependimento e consciência da misericórdia de Deus entre os eus filhos [v.31];
- Gozarão de segurança [v.35];
- Serão
multiplicados em número [v.37].
Meus irmãos, Deus é o juiz. Ele
exalta e abate quem deseja, contudo tendo como parâmetro a sua justiça, seu
amor e a sua misericórdia.
Estejamos com um coração puro,
desarmado, humilde, arrependido diante de Deus, pronto para obedecê-lo e
veremos entre nós maravilhas. Deus não se alegra no seio da confusão e
intrigas, visto que, onde está o seu Espirito existe comunhão, paz e
prosperidade.
Que o Senhor nos abençoe. Amém.
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