O primeiro passo determina a intensidade da caminhada
O olhar pra trás faz parte, é inevitável quando se ama
O passado e presente são tramas de uma mesma rede
Assim penso, ajo, pois sou humano em toda plenitude
Erros e acertos, quedas e novamente se por de pé
É a nossa sina, tristes mortais, frágeis imagens divina
Até quando relutarás no instante, lutarás com o vento?
Tua finitude se apega a tudo que tocar tuas mãos
Assim, nasce, cresce e logo morre como seu corpo mortal
Ideias, formas, sentimentos, todo é fogo, água e espírito
É rio que passa em intensas vagas e num instante se foi
A eternidade é negada a esse corpo efêmero e carnal
Contudo, o perpetuasse é possível pelo sangue e nome
Tua história quem a lembrará? Teus sonhos quem partilhará?
O primeiro passo determina a intensidade da caminhada
O olhar pra trás faz parte, é inevitável aos pobres mortais
A finitude é nossa marca, a fé nosso alento em dias difíceis
Pois só crendo é que vivemos e somos felizes hoje e sempre.
Jerônimo V. M. Alves
Natal 14.03.2012
Dia da Poesia
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