terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Traição


Salmo 16

“No Senhor me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte? Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração.” [Salmo 16.1-2]

A linha entre o recuo estratégico e a covardia é uma linha muito tênue. A decisão de que atitude tomar diante de tamanha dificuldade exige uma forte dose de sabedoria vivencial. Davi seria testado mais uma vez [v.5] pelo Senhor.

Já ouvi alguém dizer que os piores inimigos são os mais próximos de suas vítimas. Esses filhos de satanás travestidos da auréola de bondade e companheirismo são conhecedores profundos das fragilidades do seu alvo, daí terem a competência para dar golpes certeiros e avassaladores que desnorteiam e destroem os menos atentos.

O que fazer? Se muitas vezes nem sabemos de onde vem o ataque [às ocultas]. Davi estava vivenciando uma situação de aperto e precisava confiar em Deus. Quando decide ficar e lutar sua escolha é fruto da confiança no Senhor aliada a sua experiência militar. Correr podia parecer covardia para seu grupo próximo ou Israel e as conseqüências políticas certamente seriam danosas [quem não deve não teme – ditado popular].

Ficar significava enfrentar os seus mais profundos temores e superá-los. Ficar movimentaria os céus em torno da sua causa, pois Deus não tem o culpado por inocente [Num 14.18], nem se aquieta diante da injustiça.

Dos versos 4-7, temos os fundamentos da fé de Davi. O salmista afirma:

a.       Deus é [v.4] – É juiz que permanece no seu posto. Existe aqui uma associação entre o templo de Jerusalém e o trono celestial [Hc 2.20; Sf 1.7; Zc 2.13].
b.      Deus observa [v.4b] – Relação com salmos 14.2; 102.19.
c.       Examina [v.4b].
d.      Ele odeia o ímpio [v.5b].
e.      Deus derramará juízos sobre os ímpios [v.6].
f.        E “os retos verão o seu rosto” [v.7].

Ao decidir ficar e lutar Davi estava entregando sua causa a Deus. Ele acreditava que o justo juiz de Israel [Sal 7:11:“Deus é um juiz justo, um Deus que sente indignação todos os dias.”] não lhes deixaria na mão. Portanto, esse foi o segredo da sua vitória. Afinal, esse salmo é uma celebração a vitória.

Ao amigo de perto e da distância que está sendo injustiçado em qualquer área da sua vida, aqui fica registrada a experiência de Davi através do profeta Samuel:

“Ele guardará os pés dos seus santos, porém os ímpios ficarão mudos nas trevas, porque o homem não prevalecerá pela força.” [1Sa 2:9]

Amém e amém!

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