D. Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura e de Arqueologia Sacra, apresentou, na Basílica de São Paulo Extramuros, novas descobertas das catacumbas romanas de Santa Tecla: os mais antigos frescos em que os apóstolos Pedro, André e João aparecem sós, datados dos últimos anos do século IV. Graças às novas técnicas, incluindo os raios laser, foi possível descobrir estas imagens em que se aprecia o busto de Pedro, “reconhecível pela barba, o rosto emoldurado e o típico semblante de um ancião. As outras imagens mostram André e [...] o aspecto juvenil de João”, disse Gianfraco Ravasi à Rádio Vaticano.
A tecnologia do laser permitiu que o restauro fosse feito de forma extremamente pontual e seletiva, preservando a integridade dos frágeis frescos, que chamam a atenção pelas cores vivas e brilhantes, cuja originalidade foi mantida durante os trabalhos de restauro. Os investigadores pensam que as imagens faziam parte do túmulo de uma senhora nobre, provavelmente da aristocracia romana, e bem conhecedora das escrituras. O túmulo parece ser dos últimos anos do século IV, quando nasceu o culto dos apóstolos, que ela escolhera como protectores.
D. Ravasi disse, em relação a estas descobertas: “devemos proceder de modo que todos os monumentos deste tipo tenham capacidade para dialogar com a cultura contemporânea, fazendo que as vozes ressoem com os seus valores e com toda a sua beleza”.
A Rádio Vaticano concluiu a nota, destacando que, com o recurso ao laser, também se descobriu uma imagem de Cristo Mestre e um majestoso Colégio Apostólico, de acentuado carácter devocional.
Este conjunto de imagens está pintado no tecto das catacumbas de Santa Tecla, a poucos metros da Basílica de São Paulo Extramuros. As imagens foram vistas à luz do dia cerca de dois anos após o começo das obras de restauro, no fim do primeiro trimestre de 2008, coordenadas pela Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra.
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