Essa semana eu participei de um curso de atualização no Colégio Bereiano e fui abençoado com a preleção do Pr. Fagiani sobre o tema páscoa. Na verdade, o que o pastor queria nos passar era alguns exemplos de como podemos utilizar a bíblia dentro dos conteúdos de História, geografia, ciência e outras disciplinas comuns a grade curricular dos ensinos fundamental 1,2 e ensino médio. Todo esse esforço é para nos inserir dentro da filosofia de Educação por princípios (Bíblicos).
Objetivos a parte, saboreei seu estudo sobre a páscoa e espero aqui me manter fiel aos seus ensinos.
Questionamento:
• Que relação existe entre coelho, ovos e páscoa? Vários colegas expressaram suas opiniões sobre o tema, mas ao retomar a palavra ele nos leva a um passeio pela bíblia.
A primeira parada é no livro de apocalipse. Como é do nosso conhecimento os livros da bíblia se utilizam de imagens e símbolos de outros manuscritos bíblicos para ensinar uma verdade, ou firmá-la melhor na mente de seus ouvintes e leitores. Em Apocalipse temos a seguinte situação:
• Um sistema único de governo
• Um sistema único de economia
• Um sistema único religioso
Desses três elementos o pastor escolheu o FALSO SISTEMA RELIGIOSO para alvo de sua análise. Para tal leu Apocalipse 2.20.
“Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.”
E afirmou:
Jezabel é o nome de destaque desse versículo e se folhearmos o Antigo Testamento a encontraremos como esposa de Acabe, rei de Israel. Ela era uma princesa fenícia que introduziu o culto a Baal em Israel (1 Reis 16.31).
E prosseguiu, fazendo a leitura de Apocalipse 17.1.
“E VEIO um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas;”
Agora temos outro nome que merece destaque: Prostituta. Diz o texto que ela estava assentada sobre as águas. Essa imagem é símbolo da adoração dos falsos deuses “Sentada sobre muitas águas.”
• O significado é revelado no v.15. Eram povos, multidões, nações e línguas.
• Ela exerce controle sobre as nações v.2.
• Blasfêmia (v.3) rejeição de autoridade legal.
O Sistema Religioso é identificado verso cinco de apocalipse, Veja:
“E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.”
• Babilônia, a grande.
• A mãe das meretrizes.
• E das abominações da terra.
A Babilônia é identificada como sendo a mãe das prostitutas e, portanto berço de todas as religiões que se opõe a Deus.
Nesse momento faz-nos uma pergunta: O que nos lembra Babilônia? E todos respondem associando a cidade ao seu rei Nabucodonosor e ao cativeiro de Israel. Contudo, Fagiani vai mais além. Ele procura agora a origem da cidade e de sua gente.
Desta feita somos conduzidos para Genesis 10, onde nos deparamos com a genealogia de Cão, um dos filhos de Noé e sua relação com a cidade da Babilônia. Em Genesis 10.6:
“E os filhos de Cão são: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.”
E mais:
“E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra. E este foi poderoso caçador diante da face do Senhor; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. E o princípio do seu reino foi BABEL, Ereque, Acade e Calné, na terra de SINAR.”
Observe:
• Cuxe gerou NINRODE cujo reino estava ligado a Babilônia na região de Sinear.
Agora veja que interessante. Genesis 11.1-9. Esses versos narra à construção da cidade e da torre. Veja o significado do nome Babel (Torre).
• BAB EL – PORTÃO DE DEUS, PORTÃO QUE LEVA A DEUS – Nome quando escrito em Hebraico. Espelhava bem o coração soberbo do seu rei e povo. Olha o que o povo falava acerca do seu rei:
“E este foi poderoso caçador diante da face do Senhor; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.” Gn 10.9
• BABEL – Confusão. É a mesma palavra com sutil modificação na escrita em hebraico. Seu sentido é alterado.
O mergulho na história bíblica tem o propósito de caracterizar a Babilônia como uma cidade opositora ao Deus de Israel. Aprofundando ainda mais sua análise o passa a trabalhar com fontes arqueológicas e se utiliza de uma lenda mesopotâmica que fala de uma trindade divina composta por:
• Ninrode.
• Semíramis.
• Tamuz.
Essa lenda fala que Tamuz morrera em uma caçada e sua mãe Semíramis passou 40 dias para ressuscitar seu filho.
Olhem as coincidências com alguns símbolos da páscoa cristã:
• O tempo de Semíramis corresponde aos 40 dias da quaresma (Jesus jejuou 40 dias).
• Seus seguidores celebravam a ressurreição de Tamuz trocando ovos, visto os ovos representava vida a partir da morte (Encontramos aqui a origem dos ovos como símbolo religioso da páscoa atual).
O culto da mãe e do filho se espalhou por várias culturas ao longo do tempo. Exemplos:
a) Egito – Isis e seu filho Horus.
b) Grécia – Afrodite e Eros.
c) Roma – Vênus e Cupido.
Outro detalhe:
• Semíramis é tida como Rainha do Céu, ou Ishtar ou Astarote.
• Tamuz – o deus Baal.
• O coelho é relacionado nos cultos pagãos antigos ao sexo à fecundidade.
Veja o que a bíblia nos diz acerca da:
Rainha do Céu - Jeremias 44.15-25.
Tamuz (Baal) - Ezequiel 8.14.
Em II Tessalonicenses 2.5-12, a bíblia nos fala dos indivíduos que “Crêem no que é falso”, na verdade ela caracteriza essas pessoas:
“Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;
Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.”
E nos adverte hoje:
Juízes 2.10
“E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao SENHOR, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel.”
Com essa leitura o pastor deu por encerrada a sua aula.
Fiquei a pensar: Por que insistir com o erro? Coelho, ovos, toda essa simbologia tem mais haver com o paganismo do que com o verdadeiro cristianismo. Nossa mensagem tem que ser centrada em Cristo e o que passar disso é invenção humana e, portanto vazia.
Obrigado pela visita e comentário,parabéns pelo blog muito edificante.Deus o abençoe e até mais.
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