O absurdo acontece e nunca deixa de surpreender. Um exemplo desta verdade foi a "Trégua de Natal".
Esse episódio aconteceu no Natal de 1914, em plena Primeira Guerra Mundial quando soldados alemães, ingleses e franceses que lutavam na frente ocidental decidiram a revelia dos seus comandantes pausar a guerra para comemorarem o nascimento de Jesus e porque não dizer, celebrarem a vida.
O primeiro sinal que algo estava acontecendo ocorreu quando as tropas alemãs começaram a enfeitar suas trincheiras com velas e arvores de Natal na região de Ypres, na Bélgica. O segundo veio através das músicas natalinas que logo foram correspondidas por ingleses e franceses que participavam da batalha.
Não tardou muito e pequenos grupos de soldados saíram de suas trincheiras e trocaram presentes como alimentos, fumo, álcool, botões, chapéus, cartas e cordialidades sob o silêncio da artilharia e respeito de lado a lado. Os mortos foram recolhidos e lhes dados uma sepultura honrosa. Segundo fontes da época essa trégua durou em alguns locais até a noite de Natal e em outras áreas até o primeiro dia do novo ano.
O certo é que os generais não gostaram muito do fato e trataram logo de botar a guerra em dia. Para isso se se preveniram para o futuro. O general Sir Horace Smith-Dorrien, comandante do II Corpo Britânico ficou irado com o fato e o Comando de Guerra Britânico tratou de fazer ajustes para os anos seguintes:
a. Fez as tropas rodarem dentro do teatro de operações a fim de evitar familiaridades com o inimigo.
b. Mandou intensificar a artilharia na véspera do Natal.
Contudo, mesmo assim os soldados fizeram sua parte concentrando o fogo de artilharia onde sabidamente não feriria os adversários. Na véspera do Natal de 1915, essa experiência voltou a se repetir só que por um tempo menor. Nesse momento até partida de futebol foi partilhada por ingleses e alemães.
Que lições podemos aprender de tudo isso?
· Que as guerras não são construídas por pessoas simples. Essas sim são envolvidas na trama.
· Que a consciência cristã sobressai com maior força em tempos de crise.
· Que Deus dirige a história dos homens.
Por fim, que a ternura, o amor vence o ódio e a insanidade.
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