Há alguns anos Missões Mundiais decidiu marcar presença na África Ocidental. Após iniciar o trabalho em Cabo Verde e Guiné-Bissau, foi a vez de investir nos países de língua francesa. Atualmente, ela está presente nos seguintes países francófonos do Oeste Africano: Senegal, Guiné, Mali, Níger e Burkina Fasso. Agora foi a vez de começar a pensar nos países anglófonos, que são aqueles que têm o inglês como primeira língua.
Gâmbia
Nessa viagem por oito países da África Ocidental e Central, dentre os países anglófonos, minha primeira parada foi na Gâmbia, para onde os batistas brasileiros enviaram as missionárias Edna Dias e Luciana Marins no ano de 2010. O país tem cinco igrejas batistas e não mais que 500 membros.
Após um tempo de oração e pesquisa de campo, as missionárias decidiram investir na plantação de uma igreja entre os povos animistas não-alcançados nos arredores de Banjul, a capital do país. A comunidade escolhida foi a de Kathume. Na aldeia, fala-se em torno de nove línguas.
A grande experiência foi a autorização do líder da aldeia em permitir a entrada das missionárias e a pregação. Depois, um dos senhores da aldeia autorizou a construção do templo da futura igreja batista na aldeia. São muitos os sonhos da dupla missionária. O local de trabalho está quase pronto. Um dos desafios atuais é trazer um casal missionário que já fale inglês e não tenha filhos. Voluntários são bem-vindos nessa empreitada de evangelizar a Gâmbia.
Serra Leoa
Esse é um país que viveu há dez anos uma das piores guerras civis da sua história, sendo praticamente destruído. Por outro lado, a nação começa a se desenvolver e avançar rumo ao futuro.
Visitei o templo da Primeira Igreja Batista de toda a África, fundada em 1792. O trabalho começou com os escravos libertos pelos ingleses e norte-americanos que retornaram e fundaram em 1787 a sua Capital: Freetown (“Cidade Livre”, em inglês). Também foi construída ali a primeira universidade e a primeira escola secundária da África Ocidental. A Convenção Batista de Serra Leoa tem, atualmente, 112 igrejas e cerca de 5.500 membros, de acordo com o último Livro Convencional. Cheguei exatamente quando o país celebra seu cinquentenário de Independência da Inglaterra.
Embora haja um trabalho estabelecido no país, muitas são as necessidades: quase 60% da população ainda é muçulmana. Há um precário serviço de saúde que requer pessoas capacitadas para ajudar. Outras necessidades são por discipulado e formação de líderes. Aqui a maioria das escolas é privada, impedindo que boa parte das crianças tenha a oportunidade de estudar.
Os principais desafios deixados por nossos irmãos para os batistas brasileiros são: um médico oftalmologista para o centro de saúde no interior do país; jovens do Projeto Radical – Voluntários Sem Fronteiras – para evangelizar nas aldeias do interior de maioria muçulmana; a criação do Seminário Teológico Batista de Serra Leoa. O país precisa também de um casal que auxilie no processo de criação do Seminário. Outro desafio é a ida de voluntários da área médica e equipes de construtores.
Libéria
Fundada no século XIX, essa nação tem traços comuns com sua vizinha Serra Leoa. Foi fundada por ex-escravos vindos dos Estados Unidos que decidiram criar uma nação livre (Libéria = terra da liberdade). Também viveu até pouco mais de cinco anos atrás uma guerra civil que destruiu a capital, as estruturas do país, as igrejas e o sentido de esperança da nação.
A visita de um brasileiro já era há muito tempo solicitada pelos irmãos liberianos, uma vez que a plantação de igrejas não é a maior necessidade, mas de pessoas que possam trazer uma palavra de esperança e de que um melhor futuro é possível. Os traumas da guerra civil ainda são bem visíveis. Naquele período, as igrejas foram tomadas, escolas cristãs destruídas, mulheres violentadas e muitos crentes assassinados. Há um medo premente nas pessoas.
A liderança da Convenção me recebeu na sua sede: o Edifício Batista, onde expuseram um pouco da história da Convenção, suas maiores necessidades e seu pedido de ajuda. A Convenção Batista tem hoje 250 igrejas e uma membresia de aproximadamente 75.000 batistas. Pude visitar também o Rick Institute, única instituição privada do país a oferecer educação primária gratuita. Conheci as instalações, de excelente qualidade para a realidade local, que foram queimadas e destruídas com a guerra, mas agora estão bem, e falei para seus 650 alunos, vindos de toda Libéria.
Os desafios são: um casal de professores, especialmente na área de matemática, ciências e educação física; grupos de voluntários para ajudar na manutenção e construção de instalações na escola; voluntários da área da saúde que possam atender na escola e nas igrejas da região. Além disso, há necessidade por profissionais da área de agricultura, medicina veterinária e agronomia.
Aparentemente esses países já têm uma força evangélica em ação. E, graças ap Pai, eles estão desenvolvendo-se. Aquela imagem que eu tinha e muitos brasileiros têm de países perigosos e hostis está mudando; mas também o islã está crescendo e a pobreza ainda é um desafio. Onde há igrejas, faltam pastores, líderes treinados e os recursos que antes vinham do Norte estão cessando. Acredito que é uma grande oportunidade para os batistas brasileiros investirem em voluntários, missionários profissionais e treinamento de liderança.
Que Deus desperte cada um de nós para se envolver com a evangelização deste vasto continente, agora entre os países de fala inglesa.
Gâmbia
Nessa viagem por oito países da África Ocidental e Central, dentre os países anglófonos, minha primeira parada foi na Gâmbia, para onde os batistas brasileiros enviaram as missionárias Edna Dias e Luciana Marins no ano de 2010. O país tem cinco igrejas batistas e não mais que 500 membros.
Após um tempo de oração e pesquisa de campo, as missionárias decidiram investir na plantação de uma igreja entre os povos animistas não-alcançados nos arredores de Banjul, a capital do país. A comunidade escolhida foi a de Kathume. Na aldeia, fala-se em torno de nove línguas.
A grande experiência foi a autorização do líder da aldeia em permitir a entrada das missionárias e a pregação. Depois, um dos senhores da aldeia autorizou a construção do templo da futura igreja batista na aldeia. São muitos os sonhos da dupla missionária. O local de trabalho está quase pronto. Um dos desafios atuais é trazer um casal missionário que já fale inglês e não tenha filhos. Voluntários são bem-vindos nessa empreitada de evangelizar a Gâmbia.
Serra Leoa
Esse é um país que viveu há dez anos uma das piores guerras civis da sua história, sendo praticamente destruído. Por outro lado, a nação começa a se desenvolver e avançar rumo ao futuro.
Visitei o templo da Primeira Igreja Batista de toda a África, fundada em 1792. O trabalho começou com os escravos libertos pelos ingleses e norte-americanos que retornaram e fundaram em 1787 a sua Capital: Freetown (“Cidade Livre”, em inglês). Também foi construída ali a primeira universidade e a primeira escola secundária da África Ocidental. A Convenção Batista de Serra Leoa tem, atualmente, 112 igrejas e cerca de 5.500 membros, de acordo com o último Livro Convencional. Cheguei exatamente quando o país celebra seu cinquentenário de Independência da Inglaterra.
Embora haja um trabalho estabelecido no país, muitas são as necessidades: quase 60% da população ainda é muçulmana. Há um precário serviço de saúde que requer pessoas capacitadas para ajudar. Outras necessidades são por discipulado e formação de líderes. Aqui a maioria das escolas é privada, impedindo que boa parte das crianças tenha a oportunidade de estudar.
Os principais desafios deixados por nossos irmãos para os batistas brasileiros são: um médico oftalmologista para o centro de saúde no interior do país; jovens do Projeto Radical – Voluntários Sem Fronteiras – para evangelizar nas aldeias do interior de maioria muçulmana; a criação do Seminário Teológico Batista de Serra Leoa. O país precisa também de um casal que auxilie no processo de criação do Seminário. Outro desafio é a ida de voluntários da área médica e equipes de construtores.
Libéria
Fundada no século XIX, essa nação tem traços comuns com sua vizinha Serra Leoa. Foi fundada por ex-escravos vindos dos Estados Unidos que decidiram criar uma nação livre (Libéria = terra da liberdade). Também viveu até pouco mais de cinco anos atrás uma guerra civil que destruiu a capital, as estruturas do país, as igrejas e o sentido de esperança da nação.
A visita de um brasileiro já era há muito tempo solicitada pelos irmãos liberianos, uma vez que a plantação de igrejas não é a maior necessidade, mas de pessoas que possam trazer uma palavra de esperança e de que um melhor futuro é possível. Os traumas da guerra civil ainda são bem visíveis. Naquele período, as igrejas foram tomadas, escolas cristãs destruídas, mulheres violentadas e muitos crentes assassinados. Há um medo premente nas pessoas.
A liderança da Convenção me recebeu na sua sede: o Edifício Batista, onde expuseram um pouco da história da Convenção, suas maiores necessidades e seu pedido de ajuda. A Convenção Batista tem hoje 250 igrejas e uma membresia de aproximadamente 75.000 batistas. Pude visitar também o Rick Institute, única instituição privada do país a oferecer educação primária gratuita. Conheci as instalações, de excelente qualidade para a realidade local, que foram queimadas e destruídas com a guerra, mas agora estão bem, e falei para seus 650 alunos, vindos de toda Libéria.
Os desafios são: um casal de professores, especialmente na área de matemática, ciências e educação física; grupos de voluntários para ajudar na manutenção e construção de instalações na escola; voluntários da área da saúde que possam atender na escola e nas igrejas da região. Além disso, há necessidade por profissionais da área de agricultura, medicina veterinária e agronomia.
Aparentemente esses países já têm uma força evangélica em ação. E, graças ap Pai, eles estão desenvolvendo-se. Aquela imagem que eu tinha e muitos brasileiros têm de países perigosos e hostis está mudando; mas também o islã está crescendo e a pobreza ainda é um desafio. Onde há igrejas, faltam pastores, líderes treinados e os recursos que antes vinham do Norte estão cessando. Acredito que é uma grande oportunidade para os batistas brasileiros investirem em voluntários, missionários profissionais e treinamento de liderança.
Que Deus desperte cada um de nós para se envolver com a evangelização deste vasto continente, agora entre os países de fala inglesa.
Pr. Mayrinkellison Wanderley
Coordenador dos Missionários da JMM na Áfric
Coordenador dos Missionários da JMM na Áfric
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente o texto e ajude-nos a aperfeiçoá-los.