Pé de coelho, trevo de quatro folhas, figa e ferradura. O que tem em comum todos esses elementos? São símbolos da cultura pagã que estão presente em nosso dia-a-dia. Todos eles têm uma função, assim como uma origem distinta.
O uso do pé de coelho fazia parte da tradição Celta. Nos rituais de iniciação dos jovens caçadores quem abatesse um coelho ficava com sua pata. Esse gesto de reconhecimento dos instrutores ganhou um simbolismo aparte. O objeto foi considerado portador de bênçãos uma vez que trazia sorte para seu possuidor. Portanto, se esperava que nas próximas caçadas o felizardo portador do pé do coelho tivesse êxito. Tempos depois os afro-americanos acrescentaram mais detalhes a esse simbolismo: a pata do coelho que conferia sorte a seu portador era somente a traseira esquerda.
A figa é outro elemento da crendice popular. Seu uso vem dos tempos da Grécia e Roma antiga. Esse amuleto era usado por mulheres e crianças e tanto servia como proteção como símbolo sexual. Esse amuleto era usado por participantes dos cultos à fertilidade e a fecundidade. Sua imagem lembra um pênis dentro de uma vagina.
O trevo das quatro folhas é considerado um símbolo da sorte pela dificuldade de ser encontrado, além disso, o número quatro é representativo na cultura dos Druidas, os primeiros a sair em busca desses amuletos naturais. O número quatro representava as estações do ano, as fases da Lua, os quatro elementos e os pontos cardeais.
Por fim, temos a ferradura. Esse objeto já tinha uma boa fama na Grécia antiga, que ligava a prata à prosperidade. Essa crença ganha força a partir do século X. A tradição conta que São Dunstan foi visitado pelo Diabo para ferra as patas do seu cavalo, contudo o santo acabou ferrando o capeta, que só se livrou após prometer ao santo que não importunava mais as casas que tivessem ferraduras na porta.
Quando passeamos pelas ruas da nossa cidade, ou mesmo em nosso trabalho é comum visualizarmos pessoas portando esses amuletos sem a menor noção de sua origem e finalidade. Todos eles sem saber levam em seus corpos as marcas do paganismo e da ignorância espiritual.
A semelhança dos amuletos atuais o uso desses pendentes também era comum nos tempos bíblicos. Os povos do oriente acreditavam na influência dos astros, em encantamentos, bruxarias, ou poderes sobrenaturais contidos em lugares que poderiam ser usufruídos ou influenciados, para o bem ou para o mal, para curar ou para matar. Isso disseminava o uso de amuletos entre os povos como objeto de proteção, poder, ou sorte. Tendo inscrições de orações, de encantamentos, ou relevo de figuras, feito de toda sorte de material. Em Is 3.18-20 há menção a vários tipos de jóias e enfeite com esse propósito.
Em Isaías 2:6 temos a seguinte queixa do profeta:
“Mas tu rejeitaste o teu povo, a casa de Jacó; porque estão cheios de adivinhadores do Oriente, e de agoureiros, como os filisteus, e fazem alianças com os filhos dos estrangeiros.”
O povo de Deus em alguns momentos de sua história se deixou influenciar pelo paganismo de seus vizinhos caindo nas cadeias espirituais e provocando a ira de Deus.
“Assim diz o Senhor Deus: Ai das que cosem pulseiras mágicas para todos os braços, e que fazem véus para as cabeças de pessoas de toda estatura para caçarem as almas! Porventura caçareis as almas do meu povo? e conservareis em vida almas para vosso proveito? Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis aqui eu sou contra as vossas pulseiras mágicas com que vós ali caçais as almas como aves, e as arrancarei de vossos braços; e soltarei as almas, sim as almas que vós caçais como aves. Também rasgarei os vossos véus, e livrarei o meu povo das vossas mãos, e eles não estarão mais em vossas mãos para serem caçados; e sabereis que eu sou e Senhor.” Ezequiel 13:18,20-21
Na presença de Deus o homem goza da mais completa liberdade (Joa 8:36 - Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.). Portanto, não necessita se cobrir de amuletos, visto que Deus está no controle de sua vida e isso basta. Na medida em que o homem põe sua fé em objetos miraculosos, lugares, pessoas ou forças naturais, ele está desistindo de Deus e como tal despertando a ira do Todo poderoso.
“Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” Joa 3:36
Cuidado com o que você usa, pois todo objeto simbólico tem um propósito e uma origem que nem sempre glorifica a Deus, mas a criatura. Paz de Cristo a todos.
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