O imã que lidera o polêmico projeto de construir um centro cultural islâmico junto ao Marco Zero, em Nova York, rejeitou nesta segunda-feira os argumentos levantados pelos sobreviventes do 11 de setembro de 2001 no sentido de que o local da futura construção é sagrado.
"É totalmente falso que seja um lugar sagrado", afirmou o imã Feisal Abdul Rauf, destacando que na zona vizinha havia um ativo centro comercial que comportava, inclusive, um clube de striptease.
Os opositores ao projeto de construir o centro cultural a duas quadras do epicentro dos ataques de 11 de setembro de 2001 indicam que a presença muçulmana nesse local poderá ser ofensiva para a maioria das 2.752 pessoas mortas no World Trade Center.
Muitos críticos vão mais longe e argumentam que construir uma mesquita tão perto do Marco Zero é profanar terra sagrada e celebrar o terrorismo.
Abdul Ruaf indicou ao Conselho de Relações Exteriores de Nova York que os radicais estão espalhando "informações deliberadamente incorretas e estereótipos preconceituosos".
"Lamento que alguns não tenham compreendido nossas intenções. Estou profundamente aflito que nos intensos tempos políticos que vivemos alguns tenham explorado o tema para sua própria agenda política".
O imã não quis dizer se pensa em transferir a construção de local, mas que está pensando a respeito. "Estamos explorando todas as opções enquanto conversamos neste momento e estamos elaborando uma solução, que, se Deus quiser, distenderá esta crise", afirmou.
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente o texto e ajude-nos a aperfeiçoá-los.