quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Contrariando os céticos, arqueólogos descobrem evidências do Êxodo narrado na Bíblia


A libertação do povo hebreu da escravidão nas terras do Egito, liderada por Moisés sob o comando de Deus, é um dos relatos mais grandiosos da Bíblia, por sua riqueza de detalhes, seu significado espiritual e relevância histórica não apenas para judeus e cristãos, mas também para o mundo científico em geral.

“Depois o Senhor disse a Moisés: ‘Vá ao faraó e diga-lhe que assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Deixe o meu povo ir para que me preste culto’”, diz um trecho da passagem, cujo episódio da libertação se concentra mais entre os capítulos 5 e 11 do livro de Êxodo.

Agora os teólogos judeus e cristãos possuem mais um motivo para creditar plena confiança na historicidade do texto bíblico, uma vez que David Ben-Shlomo, arqueólogo da Universidade Ariel, descobriu o que pode ser uma das mais importantes evidências em favor do Êxodo.

Se trata de ruínas localizadas em Khirbet el-Mastarah, no Vale do Jordão, que se estende por Israel, Jordânia, Cisjordânia e chega ao sopé das Colinas de Golã.

Por se tratar de uma descoberta muito recente, Shlomo explica que ainda faltam testes para comprovar a ligação dos artefatos ao povo hebreu, mas que existe grande probabilidade de serem evidências, de fato, da peregrinação hebraica.

“Não provamos que esses campos são do período dos primeiros israelitas, mas é possível”, disse ele no último dia 25 ao jornal britânico Daily Express, destacando que o local da descoberta possui características físicas e de artefatos compatíveis com os povos nômades da época, que viveram na região por volta de 1.400 anos antes de Cristo.

A estrutura encontrada não apresenta abrigos internos para humanos, apenas uma espécie de curral de pedra, utilizado provavelmente como cercado para os animais. Em seu entorno os arqueólogos encontraram fragmentos de cerâmica, indicando a presença de acampamentos fora desses cercados, algo comum para os nômades.

“Nos assentamentos beduínos, as pessoas vivem em barracas feitas de [materiais] perecíveis que são realocados a cada estação, portanto, os artefatos não poderiam estar associados à arquitetura de pedra. Então, as estruturas podem ter abrigado animais, e não pessoas, que viviam nas tendas ao redor delas”, disse ele.

Outros dados levados em consideração foram às condições do deserto, com temperaturas de até 45ºC, tornando a permanência na região inviável por longos períodos. Ou seja, apenas povos nômades ou em migração passavam pelo local.

“A paisagem é árida na maior parte do tempo e até mesmo nos tempos modernos a maioria da população é beduína (nômades do deserto)”, reforça o arqueólogo. A intenção agora é procurar evidências nos artefatos encontrados no local que se correlacionam ao povo hebreu.

“É difícil, já que muitos aspectos da cultura de diferentes grupos (do leste ou oeste do rio Jordão) podem ser muito similares ou não indicativas o suficiente”, disse Ben-Shlomo.

Fonte: Gospel Geral

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