Augusto
Nicodemus - Romanos 8
A análise que faz Augustos Nicodemus do
capítulo oito do livro de Romanos tem por base a ação do Espírito Santo de Deus
no cotidiano do crente no intuito de construir um sólido relacionamento entre
Senhor e servo que tem como consequência a santificação e um avivamento
pessoal.
Romanos 8, fala de santificação, de
libertação do pecado, diferencia o que é uma vida dirigida pelo Espírito ou
pela carne, bem como, das suas consequências.
Ao
expor o pensamento paulino, Nicodemus dividiu o capítulo em oito pontos:
1. Espirito
Santo – Aquele que aplica a obra de Cristo no coração do crente – v. 1 a 4.
2. Espirito
Santo – Aquele que conduz o crente a uma verdadeira adoração ao Senhor – v. 5 a
8.
3. Espirito
Santo – Aquele que habita no verdadeiro cristão – v. 9 a 11.
4. Espirito
Santo – Aquele que nos dar poder para mortificar a carne – v. 12 a 13.
5. Espirito
Santo – Aquele que guia o crente como filho de Deus – v. 14 a 15.
6. Espirito
Santo – Aquele que testifica da nossa salvação – v. 16 a 17.
7. Espirito
Santo – Aquele que nos conforta em meio ao sofrimento do mundo – v. 18 a 25.
8. Espirito
Santo – Aquele que intercede por nós nas orações – v. 26 a 27.
Primeiro
Ponto: Espirito Santo – Aquele que aplica a obra de Cristo no coração do crente
– v. 1 a 4.
“Portanto, agora nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o
Espírito. ” Romanos 8:1
Ao contrário do capítulo 7.
24, onde Paulo dar um brado de agonia e fracasso diante da sua condição de
pecador (“Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?”),
o capítulo oito inicia nos assegurando total e completa vitória sobre as forças
do mal para todo aquele que está em Cristo Jesus. Afirma ele: “o diabo, o
mundo, satanás não pode nos condenar, nem Deus condena, visto que, a condenação
foi cumprida, assumida pelo nosso representante na cruz. ” O servo fiel é livre
da condenação da Lei, da culpa pelo pecado e está sendo livre do poder do
pecado e um dia será livre da presença do pecado.
A Justificação para toda essa
liberdade está no fato que a Lei do Espírito e vida nos livrou da Lei do pecado
e da morte (Rm 7. 18-24). Não se deve a mérito humano, mas a graça. Deus nos
uniu a Cristo nos dando poder para vencer o pecado e a libertação da lei.
“Porquanto
o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus,
enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o
pecado na carne; ”
Romanos
8:3
Essa libertação não era
possível a lei devido os nossos pecados, mas Deus resolveu essa dificuldade enviando
Jesus em semelhança de homem para receber em seu corpo sem pecado, todo a
condenação que pesava sobre nós. Cristo foi nosso representante na cruz.
Portanto, a lei por si mesma
não salva o pecador, essa nunca foi sua função, ela aponta para nosso estado
espiritual. Deus é quem nos resga. Nesse contexto é que vemos o trabalho do
Espirito Santo fazendo com que os preceitos da lei (as demandas da Lei já
cumpridas em Jesus Cristo) se cumpram em nós.
A lei na teologia paulina e segundo
o pastor Nicodemus não é mais um instrumento de condenação, mas de
santificação, não é mais caminho de salvação, mas norma de gratidão.
Segundo Ponto - Espírito Santo: Aquele que
conduz o crente a uma verdadeira adoração ao Senhor – v. 5 a 8.
Nos versos de 5 a 8, o
apostolo Paulo faz um contraste entre:
a.
Está na carne – Debaixo do domínio do pecado.
b.
Está no Espírito – Viver em Cristo.
A inclinação da carne leva a
pessoa a viver na dimensão deste mundo, portanto, todo o seu pensamento está
voltado para sua existência material [em torno do trabalho, sexo etc.], já a
inclinação do Espírito determina o gosto pela oração, leitura bíblica e tudo
que diz respeito as coisas do Senhor.
“Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as
coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque
a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. ” Romanos
8:5-6
A inclinação da carne é a
morte. O pecador é tentado a desacreditar na existência de Deus [v.7] se
colocando em rebelião contra o Senhor e, portanto, desagradando ao Senhor
[v.8]. Já a inclinação do Espírito é vida e paz.
Terceiro
Ponto – Espirito Santo – Aquele que habita no verdadeiro cristão – v. 9 a 11
A marca do verdadeiro cristão
é ter o Espírito Santo de Deus. Sem sua presença na não há salvação. Quando da
explanação deste tema, o pastor discutiu o conceito de batismo do Espírito
Santo, afirmando que tal condição está presente no momento da conversão do
pecador e não como uma segunda benção, visto que entraria em choque com a
lógica da revelação. Se o indivíduo não tem o Espírito esse tal não é de Deus.
Se o batismo com o Espírito de
Deus é único, as experiências com o Ele são várias. Assim poderemos ser cheios
da sua presença, guiados, orientados por Deus se deixarmos seu Espírito agir
livremente em nós. No verso 10 e 11, deste mesmo capítulo temos a seguinte
verdade:
a. Se
temos Cristo estamos mortos para o pecado, mas nosso espírito está vivo para
Deus.
b. A
presença do Espírito Santo em nossa vida é certeza que um dia ressuscitaremos,
tal qual Jesus Cristo.
Concluindo, o pastor nos chama
atenção para a ausência de qualquer citação de manifestação de cura, milagres e
maravilhas como obras fundamentais do Espírito de Deus. A falta desses
elementos parece absurdo se comparado aos nossos das em que a ausência de tais
experiências é sinal de falta de fé ou espiritualidade. No fechamento desse tópico
o pastor afirma que a maior obra do Espirito de Deus é nos ajudar a vencer o
pecado. Do que adianta se buscar sinais e maravilhas como marca ministerial ou
modelo de espiritualidade se o indivíduo não vive uma vida que agrada a Deus.
Quarto
Ponto - Espirito Santo – Aquele que nos dar poder para mortificar a carne – v.
12 a 13.
“Portanto, irmãos, somos devedores, não
à carne para vivermos segundo a carne; porque se viverdes segundo a carne,
haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo,
vivereis. ” Romanos 8. 12-13
Segundo Nicodemus, os cristãos
não são escravos da carne e não estão obrigados a viverem segundo a carne [paixões
pecaminosas]. Temos o poder de não pecar devido a presença do Espírito Santo. O
pecado deve ser encarado como um acidente na vida do crente e não como algo
sistemático. Em Romanos 6, Paulo afirma que fomos libertos do poder do pecado, portanto
não devemos dar ocasião a carne. Se somos de Cristo devemos andar como ele
andou.
Quinto
Ponto - Espirito Santo – Aquele que guia o crente como filho de Deus – v. 14 a
15.
Poís todos os que são guiados pelo
Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebeste o espírito de
escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebeste o espírito de
adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai!
Não recebemos um espirito de
escravidão ou espírito do mundo [demônios] para estarmos dominados pelo medo.
Esse espírito é presente na vida daqueles que não tem Cristo como seu Senhor e
salvador. Essas pessoas vivem atemorizadas pela perspectiva da condenação
divina e procuram fugir a qualquer custo do julgamento da sua consciência.
Nesse contexto as drogas, as bebidas, o trabalho se apresentam como saídas para
o estofo que é sua existência e nesse interim adoecem [fobias, suicídio etc. ].
Mas, recebemos o Espirito de Deus. Somente Ele nos faz ver Deus de forma
diferente, não como um Deus irado, mas amoroso. Dessa forma nos traz paz e
consolo em nossas lutas diárias nos afastando o medo da condenação. Em Cristo
somos justificados e isso basta.
Sexto
Ponto - Espirito Santo – Aquele que testifica da nossa salvação – v. 16 a 17.
O mesmo Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros
também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele
padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. Romanos 8:16,17
O crente está justificado
diante de Deus pela obra de Jesus Cristo. O crente com ação do Espirito Santo
passa a ter a certeza da sua salvação: “Ele testifica que somos filhos de Deus”.
Apesar da promessa divina é possível que servos fieis ao Senhor venha em algum
momento da sua vida questionar a sua salvação. Para o pastor Nicodemus esse
fato é possível devido a nossa condição de pecador e porque o Senhor deseja
trabalhar a nossa alma. Contudo, o salvo em Cristo Jesus possui características
inerente a sua condição. São elas:
a. Não
vive na carne.
b. Cogita
das coisas de Deus.
c. Vive
para agradar ao Senhor.
d. Não é
mais escravo do pecado.
Além dessas pequenas
sinalizações que confirmam o estado espiritual de um servo fiel, o pastor
apontou mais um: o testemunho do Espírito de Deus que somos co-herdeiros de
Cristo. Essa sensibilidade espiritual é uma poderosa arma contra a opressão
maligna que muitas vezes tenta abater a nossa fé em Jesus Cristo.
Sétimo
Ponto - Espirito Santo – Aquele que nos conforta em meio ao sofrimento do mundo
– v. 18 a 25.
“Porque para mim tenho
por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a
glória que em nós há de ser revelada. Porque a ardente expectação da criatura
espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à
vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Na esperança de
que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a
liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme
e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos,
que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a
adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Porque em esperança fomos salvos.
Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o
esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos. ”
Romanos 8:18-25
Aqui, Paulo fala de primícias,
ele antever o gozo celestial. Sobre essas coisas explica o pastor Augustos
Nicodemos: “as primícias do Espírito é quem nos faz suportar os sofrimentos do
tempo presente. O amor, a alegria a paz com Deus e a comunhão com os irmãos são
deliciosos fragmentos de algo maior e melhor que nos espera na eternidade. ” A própria
natureza também espera por esse dia.
“Porque em esperança fomos
salvos”, afirma o apostolo e explica o pastor. “Isso porque ainda sentimos o
peso do pecado, da incredulidade, do desassossego etc. Esperamos com paciência aguardando
a salvação do Senhor. ”.
Oitavo
Ponto - Espirito Santo – Aquele que intercede por nós nas orações – v. 26 a 27.
E da mesma maneira também o Espírito
ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como
convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E
aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que
segundo Deus intercede pelos santos. Romanos
8:26,27
O Espírito Santo intercede por nós, visto que,
não sabemos orar como convém. Ele repassa para Deus aquilo que é essencial a
nossa vida. Devemos ter consciência que nossas orações só são ouvidas por Deus
devido a ação do seu Espírito. Quantas bobagens pedimos a Deus, enfim, não
temos a menor condição de sermos ouvidos por Deus a não ser por meio do seu
Santo Espírito.
“E sabemos que todas as
coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu propósito. ” Romanos
8:28
Finalizando a sua exposição de
Romanos 8, o pastor afirma que devemos espelhar a imagem de Cristo. Há
segurança nessa condição. Afinal foi Ele que nos predestinou, chamou,
justificou e por fim nos glorificou diante do Pai. Vale apena ser crente.
Bibliografia
Internet - https://www.youtube.com/watch?v=6FGxNo2jw_Y
maravilhaaaaaaaa
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