Comandante da Força Aérea israelense alertou para aumento da ameaça representada pelo Hezbollah, Hamas e Irã
Nahum Sirotsky, de Israel | 28/12/2010 19:30A+A-
Durante um encontro com jornalistas em uma base no sul de Israel, o comandante da Força Aérea israelense, o major-general Ido Nehushtan, foi franco e direto: “Estamos preparados para enfrentar todos os desafios. (...) 2011 é um ano crítico para suspender a corrida da República Islâmica do Irã em sua busca para desenvolver a arma nuclear”.
Segundo ele, além da ameaça do Irã, armamentos do grupo radical libanês Hezbollah e do palestino Hamas podem se tornar mísseis de guerra e cair nas bases aéreas do país. “Houve um desenvolvimento na quantidade de mísseis e foguetes em mãos dos inimigos. E nos preparamos para isso”, ressaltou.
Segundo Nehushtan, em guerras recentes, como a do Líbano (2006) e a de Gaza (2008), mísseis foram lançados sobre bases aéreas. “Nosso trabalho é estarmos preparados para tudo que nos for exigido. Estamos sempre monitorando o que acontece ao nosso redor”.
Segundo o comandante da Força Área, seu comando atualiza suas táticas diariamente, considerando os mais diversos e prováveis cenários, e se orienta pela vital necessidade de manter uma margem de superioridade tática e tecnológica. E deu como exemplo a compra de aparelhos Stealth, de quinta geração, que não são detectáveis por radares. “Teremos aparelhos com sistemas mais avançados”, disse ao explicar que Israel realiza muito mais exercícios de combate hoje do que anos atrás.
Em uma leitura atenta do que ele diz, entende-se que, em uma nova guerra, os ataques não serão reservados às bases aéreas, mas visarão também os centros urbanos do país. E ele acrescentou que existe a decisão de não esperar uma operação dos que são considerados inimigos para dar início às operações.
Militante palestino
Nesta terça-feira também tropas israelenses mataram um militante palestino na Faixa de Gaza que havia se aproximado da fronteira, disseram autoridades.
Em comunicado, o Exército israelense declarou que soldados com apoio aéreo começaram a atirar contra um grupo de militantes que estava instalando explosivos na cerca fronteiriça, atingindo um deles.
Israel e Hamas, grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza, disseram que querem evitar o aumento da violência. No entanto, foguetes e granadas foram disparados de Gaza quase que diariamente neste mês contra o sul de Israel, e forças israelenses atacam com frequência alvos militantes no território costeiro.
*Com Reuters
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