sábado, 13 de outubro de 2012

Vivemos uma crise de identidade?


Os batistas brasileiros vivem uma crise de identidade? Uma rápida leitura das respostas colhidas por uma pesquisa encomendada na última reunião do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira (CBB) dá indícios de que uma parte dos batistas brasileiros entende que a resposta a este questionamento é positiva.

Pensando nisto, OJB conversou com alguns pastores e líderes batistas que, além de atuarem de forma relevante em suas igrejas locais, têm a questão da identidade denominacional como um de seus focos de reflexão.

O primeiro deles é o pastor Irland Pereira de Azevedo, presidente emérito da CBB, que afirma que “vivemos hoje um momento de crise de identidade como batistas”. Na opinião dele isto acontece porque, “esquecidos de nossas origens, princípios e doutrinas básicas do ser batista, perdemos condições de dialogar construtivamente e dizer quem somos, donde viemos e para onde vamos, como povo e denominação”.

Para o pastor Irland, este fenômeno é causado pela “globalização da fé, pela perda de raízes característica da pós-modernidade, pelos descompromissos com a história, pela preocupação com o crescimento numérico da igreja a qualquer custo, pelo mimetismo que a mídia incentiva e, sobretudo, pela falta de exame sério das Escrituras Sagradas”.

Opinião semelhante tem Zaqueu Moreira de Oliveira, que é pastor batista há 50 anos, professor e ex-reitor do Seminário Teológico Batista Equatorial (STBE) e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB).

“Certamente a preocupação em viver o momento atual nesta emaranhada pós-modernidade tem superado o interesse pelo passado, o que ele significa e pelas nossas origens. É impressionante como a nossa história é ignorada mesmo por pastores e líderes. Infelizmente, quem se interessa pelo passado é visto como antiquado. Outro grande problema é que perdemos a unidade que existia através da literatura produzida pela Junta de Educação Religiosa e Publicações (Juerp). Hoje, igrejas usam revistas e livros que não apresentam qualquer firmeza doutrinária. Com isso o ensino na Escola Bíblica Dominical (EBD) se tornou muito vazio, facilitando a penetração de ideias que negam os nossos princípios. Por outro lado, a avidez por novidade domina os nossos jovens. É verdade que as mudanças são necessárias, principalmente em estratégias e metodologias. Entretanto, as doutrinas, assim como os princípios, são imutáveis”, declara o pastor Zaqueu.

Já na opinião do pastor da Igreja Batista Barão da Taquara (RJ), Carlos César Peff Novaes, é possível afirmar “que os batistas, e todas as demais denominações chamadas históricas, estão passando por uma crise de identidade”.

Novaes diz que: “Uma grande parte dos batistas sequer imagina que procedemos de um grupo que defendeu princípios como a liberdade religiosa, a separação entre a Igreja e o Estado, a competência do indivíduo, a eclesiologia congregacionalista e a ordem social democrática. Não conhece a nossa história e, tampouco, os nossos princípios”.

Para ele a gênese deste quadro está em que, “primeiro, não foram ensinados, pois muitos dos seus próprios líderes e pastores não os conhecem. Segundo, não se interessam em ensinar, nem em aprender, porque há uma enorme frustração hoje em relação à máquina denominacional. As igrejas vão até relativamente bem. A obra missionária talvez seja hoje a única coisa que ainda desperta a paixão dos batistas. Porém, a instituição denominacional em si está enfraquecida. Sofreu perdas inúmeras, em quantidade e qualidade. Isso gerou uma frustração sem limites. Perdemos o interesse pela nossa identidade”.

No entanto, há aqueles que não compartilham da opinião de que os batistas brasileiros estejam com falta de identidade. Na opinião do pastor da Igreja Batista Itacuruçá (RJ), Israel Belo de Azevedo, “não há falta de identidade, a crise é outra”.

“Não há veículos de comunicação que ajudem a formar uma uma coesão por adesão. Não há líderes que, quando falam, sejam ouvidos como vozes batistas. Há vozes demais, que não são ouvidas. Quem é o 'senhor batista', que vejamos e identifiquemos como o batista típico? Não existe.

O problema é que este modelo (igrejas locais fortes e associações/convenções fracas), típica de nossa identidade, aumenta a pulverização e a sensação de ausência de identidade. A autonomia das igrejas é a sua maior virtude e o seu maior defeito. O defeito só seria minimizado com uma rede forte de comunicação. Sem uma rede forte de comunicação e de educação a virtude (autonomia) vira defeito”, declara.


Consequencias para a igreja local

Segundo o pastor Isaltino Gomes Coelho Filho, que é colaborador de OJB, uma consequência desta pretensa falta de identidade é que “as igrejas se nivelarem por baixo a um grande número de igrejas sem conteúdo, sem doutrina, sem rumo e sem credo algum”.

Na opinião dele, “para o indivíduo, é pensar que está crendo no Evangelho, mas na realidade está crendo num arremedo de Evangelho”. “Boa parte dos membros de nossas igrejas desconhece o passado batista, nossa história, nossos princípios e o teor de nossa pregação ao longo dos tempos. Pensam que vida cristã, como batista, é ir a um lugar, cantar, ouvir algo bom e sair. Entretanto, não encarnam na sua vida os grandes princípios batistas. Nem a fé histórica dos cristãos”, declara.

Já para o pastor Zaqueu a principal consequencia do que ele considera falta de identidade é outra: “A falta de identidade resulta em tudo o que está acontecendo hoje nas igrejas e na denominação. Anos atrás se contava nos dedos o número de pessoas que deixavam a nossa denominação por outra. Hoje, isto acontece em quase todas as famílias, mesmo naquelas cujos chefes ou patriarcas foram, ou são, intransigentes batistas. Vejo isso mesmo entre meus familiares. Nossos queridos (ovelhas e parentes) deslizam para outros grupos que lhes parecem atender seus anseios, independentemente de ferir algo do que a Palavra de Deus nos ensina. Igrejas, mesmo continuando vinculadas à denominação, denotam desvios doutrinários através da mensagem que anunciam, dos cânticos abarrotados de heresias e das práticas que se encontram desvinculadas dos nossos princípios. Com tudo isso a denominação sofre, adoece e tende a perder a própria razão de ser”.

Falta de condições para se posicionar de forma relevante diante das questões da sociedade atual, esta é principal consequência de uma denominação sem identidade na opinião do pastor Novaes: “Em primeiro lugar, quando não sabemos qual a nossa identidade é porque não conhecemos nosso nome, nossa história, nossa fé, nossos princípios. E não saber isso significa não saber pelo que lutar, para onde direcionarmos nossos passos, que alvos queremos atingir. José Saramago, escritor português, num dos seus romances tem uma epígrafe que diz: 'sabes o nome que te deram, mas não sabes o nome que tens'. Hoje nos chamam de batistas. Porém, sabemos de fato quem somos? Para onde queremos ir? O que defendemos? Quais são os aspectos específicos da nossa pregação? Que diferenciais temos? Para a igreja, para a denominação, para o indivíduo batista o resultado disso é um só: Estagnação, falta de sentido, vazio. Que lugar ocupamos na sociedade hoje? Quem se interessa em saber o que pensamos? E caso se interesse pelo que pensamos, o que seria dito de relevante para a sociedade moderna?”.

No mesmo cainho segue o pastor Irland, que aponta algumas consequências como: “Incapacidade de um diálogo proveitoso e rico com outros grupos denominacionais e com a cristandade em geral, a indefinição de estrutura eclesiástica e governo da igreja, o excesso de modelos de crescimento ou operação da igreja levando muitos pastores a fazer de suas igrejas campo de experimentação e 'cobaias' de novos experimentos eclesiológicos”.

Assim como seus colegas, ele também pensa que “muitos pastores não sabem o que são, nem donde vieram, nem para onde vão, mas estão perdidos em meio à confusão teológica, metodológica e ética de nossos dias”.

A consequência disto tudo, para o pastor Irland, é que as igrejas destes pastores se assemelha a um avião sem direção: “À certa altura do voo o comandante afirma que a aeronave está a 10 mil metros de altura, o tempo é bom, a velocidade é de 90 km/h, a temperatura externa é de 20 graus negativos e a temperatura no interior da aeronave é de 17 graus. No entanto, o avião perdeu o rumo, pois uma asa do avião se quebrou e o aparelho está prestes a cair, e acaba caindo. Há conforto interno, grande velocidade, muita altura, mas falta de direção”.

Como mudar esta situação?

Uma mudança, na opinião de todos, não é fácil. Entretanto, não é impossível. Na opinião do pastor Israel Belo, para quem não há uma crise de identidade, mas sim uma sensação de falta de identidade, para que haja uma mudança no atual contexto “é necessário que a CBB seja forte”. Segundo ele, esta “força deve se traduzir em posse de recursos para fazer o que precisa fazer (sobretudo nas áreas de comunicação, educação e formação ministerial). Sua força precisa de agilidade no processo decisório”.

Já para o pastor Isaltino o caminho passa pela recuperação da história e de princípios. “É necessário ensinar nossa história e princípios. Enfatizá-los em assembleias, ensiná-los em nossos seminários, divulgá-los em nossas publicações. Fazer deles a espinha dorsal de nossa vivência como denominação. Fazer uma chamada à união batista nacional. Há muito voo solo e muita carreira individual, em que cada um parece estar escrevendo sua história pessoal e não a de seu grupo. O individualismo tem sido enorme, e sempre fomos um povo que, em paralelo à autonomia da igreja, ensinamos a cooperação. Esta precisa ser resgatada e vista não apenas em termos de contribuição financeira. Precisamos devolver a denominação à sua proprietária, a igreja local, e pedir à igreja que cuide dela”.

Quem também vê o retorno às origens como um caminho necessário para lidar com esta questão é o pastor Irland, que elenca algumas medidas práticas: “Primeiro, é necessário cuidar do estudo das origens, da história, dos princípios e dos elementos sinaléticos da identidade batista dentro do contexto da realidade da Igreja de Jesus Cristo no mundo. Em segundo lugar, deve-se submeter toda nova doutrina e todos os modelos de igreja propostos nos dias atuais ao crivo das Escrituras, adotando, se for o caso, aqueles que tenham sólida básica bíblica e se ajustam à realidade social, econômica e cultural de nossa comunidade. O terceiro ponto está na pregação, ensino, evangelização e missões. É imprescindível contextualizar linguagem, métodos e forma de nossa mensagem para o mundo de nossos dias sem comprometer a essência de nossas doutrinas e princípios. Além disso, deve-se distinguir, em nossa pregação e práxis pastoral e eclesiástica o necessário e o contingente, a doutrina e os costumes, o princípio e o culturalmente condicionado, o substantivo e o adjetivo de nossa fé. Também é importante ensinar e pregar expositivamente a Palavra de Deus, e estudar sistematicamente e com a igreja a Declaração Doutrinária da CBB e seus fundamentos bíblicos. Outra iniciativa a ser tomada é compreender a importância de denominações e grupos evangélicos como famílias da fé, mas também o que nos é peculiar e precioso como família batista. Por último, deve-se desenvolver um diálogo com outras lideranças do povo de Deus, sempre proveitoso para a compreensão uns dos outros e aprendizado de métodos que nos ajudem a realizar com mais eficácia a obra de Deus”.

O pastor Zaqueu, por outro lado, destaca a importância do ensino em um processo de recuperação da identidade batista: “É muito difícil dizer o que podemos fazer. Mas entendo pela Bíblia que cada igreja tem a responsabilidade não apenas de proclamar o Evangelho, mas de ensinar (Mateus 28.19-20). O ensino não é responsabilidade somente dos seminários, mas precisa começar nas igrejas. Quem tem um chamado especial é enviado para um seminário, mas com uma base bíblica e doutrinária concedida na igreja local. Caso isso fosse levado mais a sério, haveria menos problemas com alunos que chegam nas instituições teológicas completamente sem conteúdo bíblico. Certa ocasião, reclamei de um pastor por ter recomendado para o seminário um jovem que tinha tudo aquilo que não se pode admitir em um vocacionado para o Ministério da Palavra. A resposta foi que ele e os familiares do rapaz esperavam que ele se 'ajeitasse' no seminário. Só que seminário não é reformatório. Se na igreja local ele não encontrou ambiente ou ensino para mudar seu comportamento, não é o seminário que vai dar 'jeito' nele. O jovem que sai do seminário sem conteúdo bíblico e doutrinário, pode ser o maior conhecedor das línguas originais, da Filosofia ou da Teologia, mas terminará por conduzir a sua igreja para outros caminhos”.

A importância da formação de líderes

Em um ponto os entrevistados foram unânimes, uma das iniciativas fundamentais para lidar com esta situação é a formação de líderes verdadeiramente comprometidos com a igreja e com a denominação. Para isto um trabalho sério na área da educação teológica é fundamental, como afirma o pastor Novaes: “Devemos investir no estudo teológico. Investir no preparo teológico dos líderes. Formar teólogos batistas e professores batistas de Teologia. Escritores batistas de Teologia. As igrejas precisam ajudar nesse investimento. Afinal, líderes e pastores bem formados teologicamente vão beneficiar as próprias igrejas. Especialmente hoje em dia, quando os pregadores evangélicos que mais aparecem na TV fazem afirmações que não resistem à exegese mais superficial. Há um analfabetismo bíblico e religioso no mundo evangélico hoje que mais parece um retorno à Idade Média. É assustador. E há pastores e líderes batistas embarcando em barcos furadíssimos em termos de Teologia e Exegese Bíblica. Falta-lhes, com certeza, formação teológica. Fé e intelecto devem andar de mãos dadas. Fé sem intelecto é fanatismo. Intelecto sem fé é racionalismo. Não se opõem. Se completam”.

Mesma opinião tem o pastor Zaqueu, que afirma que “não deve haver preocupação ou medo da denominação ou das instituições quanto ao ensino de Teologia. Os estudantes devem ser estimulados a exercitarem a reflexão teológica, pois isso feito com maturidade não conduz a desvios doutrinários”.

Segundo ele, “o batista precisa saber de onde veio e para onde vai. Quem é da família batista deve ter convicção do que é e do que faz, sendo saudável para o cumprimento de sua missão neste mundo. O que o apóstolo Paulo falou sobre o bispo podemos estender a todos os batistas, na concepção de que todo cristão é vocacionado, devendo por isso ser 'apegado à Palavra Fiel, que é segundo a doutrina' (Tito 1.9a). Firmados na doutrina bíblica, podemos crescer na nossa convicção, conhecendo e vivendo os princípios que esposamos, a ponto de dizer: 'Pela graça de Deus sou o que sou' (1 Coríntios 15.10a)”.

Na opinião do pastor Irland, “o papel dos seminários, faculdades de Teologia e outras escolas de formação de liderança para as igrejas é de enorme relevância. Nascidas por decisão das igrejas e existentes para a elas servir, na formação de líderes, mestres, doutrinadores de nosso povo e profetas para o Brasil e o mundo de nossos dias, essas escolas hão de ter e assumir um compromisso denominacional, embora crítico. A boa formação de pastores e mestres requer docentes conhecedores profundos da história, dos princípios e dos valores batistas que têm sido defendidos ao longo dos séculos. Um povo que não tem história não tem futuro. Quem não sabe de onde veio, dificilmente sabe para onde vai, e para quem não sabe para onde navega qualquer vento serve”.


FÁBIO AGUIAR LISBOA

Editor de OJB

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Projeto Vila Naval

Acompanhe na página do PROJETO VILA NAVAL: ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA E IDENTIDADE HISTÓRICA, o desenvolvimento das atividades no Newton Braga. Em breve estaremos postando mais matérias.

Jerônimo

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Iane Licurgo: uma jovem a serviço de Deus


O campo missionário é diverso, assim como os dons do Espírito de Deus. De acordo com a chamada, o Senhor capacita seus servos para o serviço. Durante o ano de 2012, tive a oportunidade de ouvir, por duas vezes, a irmã Iane Licurgo falar do seu trabalho como missionária voluntária da Junta de Missões Mundiais.

Iane Licurgo - Miss. Voluntária - JMM [Dir]

Quem a ouve pela primeira vez pode até pensar que é mais uma menina que soube unir o útil [pregação da palavra] ao agradável [viajar], porém a história de Iane com missões vem desde 2007, quando participou de sua primeira Trans. De lá para cá, foram cinco participações, até conhecer o programa de Viagens Missionárias da JMM.

Na 3ª Celebração Missionária não foi diferente e tivemos a alegria de vê-la testemunhar do que Deus vem fazendo mundo  afora através de jovens que se dispõem a cumprir o Ide de Jesus.

A última ação evangelística dessa ousada serva do Senhor ocorreu durante as Olimpíadas de Londres-2012. Naquela ocasião, nossa pequena notável se envolveu em duas frentes missionárias: Londres, na Inglaterra e Sevilha, na Espanha.

Material missionário - Londres 2012

Uma vez na Europa, se integrou a um grupo de 174 jovens que serviriam de apoio para igrejas locais ligadas a JMM como ocorreu na Espanha, bem como para o trabalho de rua. Eram ao todo sete equipes de missionários voluntários.

Em seu testemunho pudemos sentir a aprovação de Deus sobre o seu trabalho. Iane nos contou que, ao abordar algumas crianças numa praça pública e iniciar seu evangelismo pessoal, uma das crianças foi confrontada com a necessidade de pedir perdão a Deus pelos seus pecados. De imediato o garoto reagiu respondendo-a que confessava sempre seus pecados ao sacerdote da sua comunidade. Neste instante, sentimos se cumprir em sua serva a palavra profética escrita no Salmo 81:10:

"Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e eu a encherei".

Iane respondeu: “Seu líder espiritual conhece todos os seus pecados?” “Não”, respondeu o garoto, “mas conto meus pecados a ele.”  “Você lembra-se de todos os seus pecados?” Insistiu. “Eu confesso ao líder maior da minha religião”, respondeu o garoto, certo de ter dado a resposta definitiva para aquele diálogo. “Seu líder maior conhece a ti e todos os seus pecados?” Silêncio. Nesse momento, Iane apresentou Cristo às crianças. É tremendo o que Deus faz quando seu servo deixa ser usado por sua divina sabedoria.

Em seu depoimento tivemos algumas notas tristes.

1.       A Europa, que no passado era celeiro de missionário, hoje é campo missionário. O Deus de Israel foi substituído por Mamon [Mateus 6.25 -  Mamon que é o senhor da riqueza, da avareza, do dinheiro, da luxúria e do gozo da carne e dos prazeres deste mundo. Esse deus inspira o homem a ambição e avareza, e direciona o seu coração apenas para as coisas materiais, terrenas e malignas, as quais Deus abomina.] se não por todos, certamente por uma maioria esmagadora dos europeus. Contudo, o Deus riqueza parece tê-los deixado na mão.

2.       Quando aplicava o censo religioso na Espanha, ouviu palavras de desesperança no futuro por daquele povo: “Futuro muy negro”.

Louvamos a Deus que ainda existe esperança não só para a Europa materialista e atéia, mas também para todo o planeta. Oremos irmãos para que iniciativas como esta possa ocorrer mais vezes e que nosso Deus possa ser conhecido de todos os povos.

Jerônimo Viana
I.B.A

Sertão Esperança

Pr. Silvany Luiz [JMN] - Seridó

Se a natureza é dura com os sertanejos mais forte são os homens que, lançando mãos dos seus recursos, transformam palha em esteiras, couro em utensílios domésticos, a caatinga em pastos, raios solares em energia elétrica, secura em fertilidade, esperança onde muitos só vêem morte.

O sertão e os homens que nele habitam são por isso mesmo especial; gente forjada no meio e nele integrado, é uma terra para poucos, assim como são poucos os missionários que nele trabalham.

Lá nessa longínqua região de gostosíssima culinária, de povo acolhedor e solidário, os Batistas potiguares tem no Pr. Silvany Luiz e esposa Socorro Oliveira da JMN [Junta de Missões Nacionais], bem como em Daniel Dantas, Veridiano e Jaqueline da COMIS, seus principais propagadores da Palavra de Deus.

Miss. Viridiano e Jaqueline [COMIS] - Seridó

Há 16 anos, evangelizando o sertão Norte-Rio-Grandense e quatro anos na cidade de Acari, o Pr. Silvany e sua esposa, baianos de nascença, mas potiguares de coração vem realizando um maravilhoso trabalho na região do Seridó. Em conversa conosco durante a 3ª Celebração Missionária ocorrida em Natal nas dependências da Igreja Batista do Natal, o pastor nos falou do campo missionário, suas dificuldades, ação missionária e perspectivas de futuro.

Em nossa conversa, pude compreender que o maior obstáculo ao avanço missionário no Seridó continua sendo a tradição religiosa do sertanejo. As raízes culturais são profundas e o povo, apesar de acolhedor, não se move muito facilmente do caminho trilhado pelos seus pais. Somente por meio da ação do Espírito Santo de Deus é que os homens são demovidos dos seus caminhos e aceitam de bom grado o Senhor Jesus.

Diante de tamanho desafio o trabalho missionário dobra. O pregador cria seus próprios meios de aproximação do público, a fim de levar Jesus Cristo ao pecador.

Miss. Daniel Dantas [COMIS] - Seridó
Dentre as estratégias usadas pelo Pr. Silvany, eu tomei nota de algumas tais como: As cruzadas evangelísticas, a distribuição de folhetos pelas ruas da cidade ou evangelismo de porta em porta, o trabalho com crianças, o estudo bíblico nos lares, quer seja para atender a famílias inteiras ou a indivíduos, a ação social [na semana anterior a 3ª Celebração Missionária o pastor Silvany havia entregado 70 cestas básicas para famílias carentes de sua área de atuação], a Trans e os espetáculos dramatúrgicos todos executados com esse mesmo propósito.

A alegria com que falava da obra missionária no sertão levou-me a perguntar sobre os frutos do seu trabalho em nosso Estado. Com o mesmo desembaraço que o caracteriza foi relatando suas andanças pelo sertão potiguar e seu incansável trabalho para o reino.

Localidade
Igreja
Carnaúbas dos Dantas.
Centro e zona rural.
Parelhas
Em duas localidades.
Jardim do Seridó
Uma localidade.
Santana do Seridó
Centro e zona rural.
Acari
Centro e bairro Petrópolis
Comunidade de Gargalheiras
Uma localidade.

Além de todas estas ações, o pastor nos confidenciou que fundou o Instituto Batista do Sertão. Aqui, a obra missionária se voltou para a formação de novos obreiros. Vinte irmãos foram treinados pelo Instituto e estão integrados ao trabalho batista, atuando em diversas áreas da denominação. Hoje o Pastor Silvany e sua esposa Socorro Oliveira servem ao Senhor na Congregação Batista de Acari onde, através do programa de rádio “Falando de esperança”, continua a transmitir a mensagem de salvação a todo povo sertanejo.

Durante todo o tempo que vem desenvolvendo seu ministério no sertão potiguar, o pastor Silvany alegou que recebeu e continua a receber o apoio de diversas igrejas e irmãos, fato este que tem feito toda diferença no resultado final do seu trabalho. Caravanas, bandas e cantores de igrejas variadas, bem como irmãos diversas denominações têm abrilhantado sua ação missionária de forma que a palavra de Deus tem crescido com esse apoio por todos os cantões da nossa terra.

 Concluindo nossa conversa, perguntei ao pastor: Pastor, qual seu maior sonho? Sem titubear, ele respondeu, “Que o Seridó deixe de ser um campo missionário para ser um celeiro de missões”.

Que o grande Deus continue abençoando seus servos fieis que, a semelhança dos homens do sertão, sabem transformar dor em alegria, dificuldades em possibilidades, secura em rios de água vivas. 

Jerônimo Viana - IBA

TRANS RN 2013


A TRANS está lançada! Faça sua inscrição e divida em duas vezes.

 Na celebração missionária realizada no último dia 22 de setembro a Coordenadoria de Missões da CBNR através do seu coordenador pastor Luiz Carlos Oliveira de França fez o lançamento da Operação Missionária a ser realizada no período de 06 a 13 de Janeiro 2013.

 A inscrição pode ser feita pela internet, basta preencher o Formulário de Inscrição que enviaremos o boleto bancário por email para que o pagamento seja feito com maior facilidade. Também estamos recebendo em Nosso escritório à Rua Jundiaí, 513 – Tirol das 8h às 17h. O valor investimento para sua participação é de R$ 50,00 (cinquenta reais) por voluntário. Quem se inscrever até dia 31/10/12 pode dividir o investimento em duas vezes, ou seja, 15/11 e 15/12.

Locais confirmados:

Nova Aliança – IB Potiguar (Zona norte de Natal)

Eldorado – IB do Gramoré (Zona norte de Natal)

Planalto – PIB de Natal (Zona leste de Natal)

Mangabeira – PIB de Macaiba (Macaiba)

Bom Pastor II – IB do Alecrim (Zona oeste de Natal)

Alexandria – IB em Alexandria (Alto Oeste)

Serras em Cidade Satélite – IB Vale do Pitimbu (Zona sul de Natal)

Vertentes – PIB de Assú (Assú)

Cruzeta – Congregação Batista em Cruzeta (Região Seridó)

Montanhas – IB em Pedro Velho (Região Agreste)

Santa Helena – IB Betel (Mossoró)

São Paulo do Potengi – IB do Alecrim (Região do Trairi)

Santa Cruz – Congregação Batista em Santa Cruz (Região Agreste)

Tangará – IB em São José de Campestre (Região Agreste)

Elói de Souza – Congregação Batista em Bom Jesus (Região Agreste)

Bom Jesus – PIB de Macaiba (Região Agreste)

Água Nova – PIB de Pau dos Ferros (Alto Oeste)

Rafael Fernandes – PIB de Pau dos Ferros (Alto Oeste)

Marcelino Vieira – PIB Pau dos Ferros e IB Alexandria (Alto Oeste)



Maiores informações:

84 3222.5501 - Sede da CBNR

 Fonte: http://www.batistasrn.org.br

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

3ª Celebração Missionária

Pr. Luis França - Coord. do COMIS

Sábado último tivemos a 3ª edição da Celebração Missionária, sob a orientação do Pr. Luis Carlos Franç,a coordenador de Missões da Convenção Batista do Estado do Rio Grande do Norte.

Para a Igreja Batista do Natal convergiram todos os missionários do Rio Grande do Norte, bem como irmãos de diversas Igrejas da capital. É elogiável ações deste porte, uma vez que coloca face a face os que desbravam as fronteiras missionárias em nossa terra, com aqueles que sustentam as cordas.

A experiência de estar numa assembléia com essas características é inenarrável, visto que existe um que de pertencimento, identidade de estar no centro da vontade de Deus, que em poucos lugares podemos senti-lo.
É em meio a uma conversa franca, olho no olho, que vamos tomando conhecimento das dificuldades, avanços e projetos futuros da denominação, quer sejam a curto, médio e a longo prazo. Não dá para ficar apático frente aos apelos missionários e à vibração daqueles que fazem as coisas acontecerem aqui no nosso chão.

Missionários do Campo -RN
Da 2ª Celebração Missionária ocorrida na cidade de Mossoró, em 30 de junho, para hoje, já ocorreram muitas coisas no campo Batista Potiguar. Segundo o Pr. Luis Carlos França [Coord. COMIS],  só neste ano estamos plantando 20 novas igrejas: frutos do trabalho desenvolvido pelas TRANS, MEGA TRANS e da parceria desenvolvida com os missionários americanos. Hoje, enfatizou o Pastor, temos mais de 207 pontos de pregação e igrejas Batistas em nosso Estado, o que representa um significativo avanço missionário para a realidade local.

A 3ª Celebração Missionária é a última de 2012, contudo a obra dos Batistas Norte-Rio-Grandense não para. Em sua palavra no culto de encerramento, o Pr. Luis Carlos desafiou as igrejas Batistas da capital a participarem, nos dias 06 a 13 de janeiro de 2013, da TRANS POTIGUAR. Segundo o pastor, 20 pontos de evangelismo já estão cadastrados em todo o RN. Portanto, cabe a nós, sob os cuidados e bênçãos do Senhor, realizar a obra. 
Pr. Evilásio Resende, Pr. Luís França e Pr. Adriano Borges

domingo, 30 de setembro de 2012

Filme completo - ELIAS, O PROFETA.

Testemunho de um Ex-Cangaceiro - Narciso Lemos de Almeida [ Completo ]

Quão Formosos os pés


Grandes, pequenos, bem feitos, rudes, agasalhados em ricos sapatos, metidos em velhas sandálias, desnudos mesmo, seguem e prosseguem, perseguem um ideal.

Por isso são úteis, belos, insubstituíveis, na cidade, nos desertos, nas selvas. Incansáveis, sempre alertas, humildes, bons.

Vieram do passado, subiram montanhas, desceram cavernas, abandonaram tronos e ganharam tronos, vagaram em desertos, atravessaram rios, caminharam em fornalhas, encheram-se de feridas, marcharam para o patíbulo, cobriram-se do pó das estradas de Betânia, descansaram ao pé do poço de Jacó, escalaram o monte para o grande Sermão, subiram o Calvário, se entregaram na cruz; Pés de patriarcas, profetas, sacerdotes, apóstolos, mulheres santas, Pés de Felipe, Pedro, Madalena, Judson, Carey, Brainerd, Sundar Sing: pés de servos de Jesus, pés do próprio Cristo.

Pés dos que partem levando a semente, sem se importar com pedras, espinhos, ou se e boa a terra, pés abençoados de semeador.

Que entram em prisões, hospitais, asilos, de mulheres vestidas de branco, curando o corpo, falando de amor; da professorinha nos confins da pátria, submissão no interior da selva, levando hinos em tupi, craô. Que sobem ao púlpito da igreja pequenina de servos heróicos dominados, por um só desejo, uma só paixão: ganhar a pátria inteira para Cristo, levar a Deus cada coração.

Benditos pés formosos pés dos que anunciam a boa nova! 

Pára um instante, mocidade crente, vê onde teus pés te estão levando: sobem a escada que conduz ao céu ou descem ao vale tão longe de Deus que já não ouves o Brasil clamando?

Clamando pelos formosos pés dos que anunciam paz e salvação, dos que transformam negra noite em luz, dos que só pregam uma mensagem – a cruz, os mensageiros santos do perdão.

Medita, escolhe, mocidade crente, atende à ordem que desce do Céu, o campo branco põe amor à prova, a seara pronta espera a boa nova: Torna formosos os pés que Deus te deu.

Myrtes Matias

O Amor é Tudo - Ozéias de Paula

As Melhores Musicas De Nelson Ned.

LUIZ DE CARVALHO-A CADA PASSO

Ó MESTRE, O MAR SE REVOLTA

Ahmadinejad defende nova ordem mundial em discurso na ONU


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao fazer seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na quarta-feira (26) defendeu sua visão de uma nova ordem mundial livre do que chamou de “hegemonia da arrogância”.

Em seu último discurso na condição de chefe do governo iraniano, Ahmadinejad falou sobre a contínua ameaça ocidental de uma ação militar, segundo a agência Estado.

“A corrida armamentista e a intimidação por meio das armas nucleares e das armas de destruição em massa pelas potências hegemônicas tornou-se preponderante”, disse o presidente iraniano. Depois disso ele abordou “a contínua ameaça representada dos sionistas incivilizados de recorrerem a uma ação militar contra nossa grande nação”.

Em resposta ao discurso do premiê israelense Benjamin Netanyahu, Ahmadinejad prometeu retaliação em caso de ataques estrangeiros, de acordo com informações da Veja. “O Irã tem a força necessária para se defender e se reserva o direito de responder com toda sua força contra qualquer ataque”, afirmou a delegação de Teerã no plenário.

Mais cedo, Netanyahu afirmou que a diplomacia não estaria funcionando com o Irã e que o tempo está se esgotando para impedir que o pais fabrique uma bomba nuclear.

Em seu discurso, o presidente dos EUA Barack Obama afirmou que seu pais fará o possível para que o Irã não desenvolva uma arma atômica. Ele ainda destacou que o tempo para as tentativas diplomáticas “não é ilimitado”.

As delegações dos Estados Unidos e de Israel boicotaram o discurso de Ahmadinejad na Assembleia Geral da ONU. Segundo a agência Estado, ele deve deixar o governo dentro de alguns meses, após as eleições presidenciais em seu país.

Por Jussara Teixeira para o Gospel+

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Nívia Batista - Coor. do Programa de Adoção Missionária - RN

A irmã Nívia tem coordenado o PAM-RN com coração e alma. É uma grande serva do Senhor que engrandece os Batistas Potiguares.

Pr. Luis Carlos França - Coord. do Comis - RN

Entrevista dada pelo Pr. Luiz Carlos França por ocasião da 3ª Celebração Missionária do RN. A 3ª Celebração Missionária foi realizada no dia 22 de setembro nas dependências da Igreja Batista do Natal.



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Trans: Uma experiência válida para toda a vida


Durante a 92ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, o pastor Sebastião Custódio de Oliveira Neto, da Primeira Igreja Batista em São Caetano do Sul (SP), surpreendeu-se ao ver sua foto num cartaz que exibia imagens da primeira Trans de 1974, que levou para o norte do país vários seminaristas, com o intuito divulgar a Palavra nos lugares mais distantes, permitindo maior avanço do evangelho.

Ele estava no primeiro ano do Seminário Teológico Betel, no Rio de Janeiro (RJ), quando, em culto realizado na capela do seminário, o pastor Samuel Mitt, secretário executivo de Missões Nacionais à época, fez o "convite-desafio" aos seminaristas das igrejas batistas para que participassem da primeira grande mobilização missionária a ser realizada em dezembro daquele ano, indo para a Transamazônica. "A mobilização era denominada Transtotal. Inscrevi-me e, para minha surpresa, fui aceito. Na época, eu tinha 17 anos, mas completaria 18, antes do evento, e creio que tenha sido um dos mais novos a participar", contou. 

Estudantes do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, do IBER (hoje CIEM), do Seminário Teológico Batista Fluminense, e do seminário onde Sebastião estudava, todos do Rio de Janeiro, além dos alunos do Instituto Tecnológico A. B. Deter, de Curitiba (PR), viajaram no mesmo ônibus com destino a Brasília. "Éramos aproximadamente quarenta pessoas, entre moças e rapazes, incluindo o então presidente de Missões Nacionais, pastor Henrique Marinho Nunes. Os seis ou sete passageiros não evangélicos do ônibus foram os primeiros a ouvir a mensagem de Jesus Cristo. Para mim, a Trans começava ali. Após 18 horas de orações, pregações, canções, alguns cochilos e também muitos bate-papos, chegamos a Brasília", relatou o pastor Sebastião, que após um dia de descanso com seu grupo na capital federal, seguiu para Araguaína (TO), onde participou de cultos nas igrejas e congregações. 

"Cantamos, pregamos, demos testemunhos e muitas orações foram feitas a favor dos que participariam da 'grande aventura missionária'. No dia seguinte chegamos a Marabá, cidade-base da operação missionária, já às margens da Transamazônica. Lá, nos encontramos com outros seminaristas, missionários, pastores e evangelistas do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Éramos, aproximadamente, 110 irmãos e irmãs desejosos de anunciar o evangelho aos milhares de brasileiros que vinham para a Transamazônica, cheios de sonhos, pois ali ganhavam terras do governo e promessas de que em breve a estrada seria asfaltada e a produção agrícola da região 'abasteceria o mundo'. As promessas dos governantes não se cumpriram, mas a mensagem do evangelho daria aos que nela cressem verdadeiramente uma nova vida", lembra o pastor. Na cidade de Marabá, todos foram divididos em equipes de 6 a 8 componentes e, após o treinamento coordenado pelo pastor Nilton Antônio de Souza, que trabalhava na sede de Missões Nacionais no Rio de Janeiro, foram enviados para seus respectivos trechos da estrada Transamazônica. 

As famílias receberam terras ao longo da Transamazônica, mas em alguns lugares havia pequenas comunidades chamadas "Agrovilas". Cada equipe tinha como tarefa evangelizar os moradores ao longo de aproximadamente 50 km da estrada, entre Marabá (PA) e Altamira (PA) e apesar de ser época de chuvas os objetivos foram alcançados.

O grupo de Sebastião era liderado pelo pastor Isaías Próspero Duarte, e também fazia parte de sua equipe a missionária Irtes Dias Delgado, que hoje, mesmo aposentada como missionária, vive naquela região. "Ficamos 10 dias visitando famílias nos sítios à beira da estrada. Durante o dia era feito censo religioso, e quando havia concordância apresentávamos, na mesma visita, a mensagem do evangelho e intercedíamos a Deus pelas famílias. À noite realizávamos cultos nos sítios, pequenos comércios ou escolas. Muitas pessoas receberam Jesus Cristo como senhor e salvador de suas vidas e ainda outras, mesmo não tomando uma decisão naquele momento, aceitaram fazer estudos bíblicos em seus lares". 

Com seu jipe, com tração nas quatro rodas, o pastor Isaías conseguia deslocar seu grupo ao longo daquela estrada de terra e muito barro. Eles ficaram hospedados em três diferentes casas durante dez dias, com famílias cristãs que tinham sido contactadas com antecedência. "Pela primeira vez dormi em rede e experimentei bacaba, cupuaçu, açaí e farinha puba. Também ouvi o ronco dos bugios e 'miados' de jaguatiricas. Andávamos bastante durante o dia (nos subdividimos em dois grupos) e apesar do cansaço físico sentíamos uma grande alegria e nossa disposição era constantemente renovada", recorda.

No retorno à Marabá, houve um culto em ação de graças, por todas as bênçãos alcançadas naqueles dias. Estavam presentes, entre tantos outros, o missionário Jonas Bidart Lopes, pastor da Igreja local, as missionárias Sônia Maria dos Anjos Santos, Lúcia Margarida e a mensageira da noite foi a irmã Marcolina Magalhães. Tendo chorado durante toda a mensagem, Sebastião foi até a frente, consagrando sua vida enquanto era entoado o hino 298 do Cantor Cristão. "Senti em todo aquele culto, uma manifestação especial do Espírito Santo. Durante toda aquela experiência, do início do choro até o atendimento do apelo, fui perguntando a Deus o que Ele queria de mim. O que deduzi no fim daquela noite foi que Deus queria com aquele quebrantamento levar-me a viver com sinceridade a letra do hino de que aprendera a gostar: 'Nem sempre será pro lugar que eu quiser que o Mestre me tem de mandar'. Pois em relação ao ministério as posições estavam invertidas: eu queria determinar como ele deveria se desenvolver. Ali pude entender com clareza que o ministério não era meu e sim de Deus, para que eu o cumprisse".

Como consequência da sua participação na primeira Trans, Sebastião recebeu um convite para um trabalho de férias no interior de Goiás, para onde foi em janeiro do ano seguinte. De dezembro de 1975 até o fim de janeiro de 1976, ele participou da segunda Trans, a convite de Missões Nacionais, e auxiliou na coordenação da equipe que trabalharia na região de Sinop e Colíder (único grupo que atuou fora da Transamazônica). A maioria dos integrantes de sua equipe era da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, estando entre eles a atual missionária Analzira Pereira do Nascimento, que mais tarde foi para Angola e hoje coordena a JMM Jovem. 

Retornando da "Trans Total 2", Sebastião e seu grupo passaram na cidade de Campo Grande (MS), onde tiveram contato com o pastor Jonatan de Oliveira, que fez o convite a Sebastião para que realizasse um trabalho de férias na frente missionária de São Félix do Araguaia (MT), em frente à Ilha do Bananal. Tendo aceitado o convite, ele ainda retornou no início de 1977. 

Em função do contado com a PIB de Campo Grande, no fim do curso, em dezembro do mesmo ano, ele foi convidado para ser ordenado ao ministério pastoral e para servir como missionário da Igreja em Canarana - colonização gaúcha, no Cerrado Mato-grossense. Aquele jovem, que no início do seu ministério já achava que tinha tudo definido, foi profundamente transformado pelo primeiro grande impacto missionário dos batistas brasileiros.  Aquela primeira Trans foi o início da formação da visão ministerial dele, que está há 35 anos no exercício do pastorado, já o tendo exercido em Cuiabá, Campo Grande, Jundiaí e está há 21 anos na PIB de São Caetano do Sul, uma igreja que apoia diretamente 33 projetos missionários no Brasil e no mundo. Com todas as experiências que obteve, pastor Sebastião nunca perde a oportunidade de incentivar participações na Trans, afinal ele garante: "Além de participar de um impacto transformador em uma região de nosso imenso país, você também será profundamente impactado pelo Espírito Santo do Senhor". 

Conteúdo extraído da revista A Pátria Para Cristo.

Atentado suicida contra igreja na Nigéria deixa 2 mortos e dezenas de feridos


Um atentado suicida contra uma igreja católica na cidade de Bauchi, norte da Nigéria, no domingo (23) matou uma mulher e uma criança e dezenas de pessoas feridas.  O terrorista morreu quando detonou um carro carregado de explosivos na entrada da igreja Católica de Saint John.

Jornalistas foram impedidos de se aproximar pela polícia, que cercou o local. O vice-comissário de política, T. Stevens, disse que nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. Os últimos ataques a igrejas, porém, foram realizados pelo grupo terrorista Boko Haram, segundo a AP.

Segundo um porta-voz da polícia local, caso o homem-bomba tivesse entrado no edifício, a situação poderia ser mais dramática. “Quando o homem-bomba escolheu como alvo a igreja, foi impedido de entrar devido a certas proteções, e em vez disso detonou seu explosivos no estacionamento”, disse, segundo o Terra.

O atentado acontece dias depois da Força de Ação Conjunta (JTF) do Exercito da Nigéria ter anunciado a morte de dois líderes da seita radical em Maiduguri, localidade sede da Boko Haram. A Boko Haram quer impor a lei islâmica no pais africano; seu nome significa no idioma local “a educação não islâmica é pecado”.

Os radicais tem realizados muitos atentados terroristas desde que a policia nigeriana matou em 2009 o líder Mohammed Yousef. Segundo dados da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch já foram abatidas mais de 1,4 mil pessoas nos ataques.

A Nigéria tem uma população de 170 milhões de pessoas divididos em mais de 200 grupos tribais. Considerado o país mais populoso da África, sofre diversas tensões por profundas diferenças religiosas, políticas e territoriais.

Por Jussara Teixeira para o Gospel+

terça-feira, 25 de setembro de 2012

“Misticismo na igreja brasileira é falso evangelho”, diz Hernandes Dias Lopes


O reverendo Hernandes Dias Lopes, da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (ES) escreveu em seu Facebook sobre o misticismo presente na igreja brasileira.

Segundo o líder religioso, algumas igrejas trocam o evangelho da graça por rituais estranhos às Escrituras. “O misticismo de algumas igrejas brasileiras beira ao ridículo”, afirma.

De acordo com Lopes, algumas igrejas têm entre seus líderes obreiros inescrupulosos que, em nome de Deus, “torcem a Palavra de Deus, e conduzem o povo pelos atalhos sinuosos do engano para auferir vantagens pessoais”.

Entre os elementos que associa ao misticismo, ele cita a rosa ungida, água benzida, sal grosso, toalhas suadas, que, ao seu ver, distanciam as pessoas da “pureza e simplicidade do evangelho”.

Muitos desses elementos são distribuídos e até vendidos em igrejas neopentecostais. Esse segmento da igreja evangélica estão entre os que mais crescem em número de fiéis no Brasil.

O teólogo Wemerson Marinho, em sua análise “Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal” citado pelo jornalista Johhny Bernardo diz que nas igrejas neopentecostais existe a falta de uma liturgia eclesiástica e a pouca atenção dada às Escrituras Sagradas como a única regra de fé e conduta. Não somente isso, mas também a falta de estudo e discipulado consistente fazem com que os indivíduos que recorrem aos templos neopentecostais permaneçam adeptos de crendices e continuem a praticá-las.

Marinho explica que os místicos são induzidos a prescindir da Bíblia e a se basear apenas em suas experiências. “Este é um dos grandes problemas dos neopentecostais, pois eles colocam suas experiências acima da Bíblia e dão a ela uma interpretação particular fora dos recursos hermenêuticos”, diz.

Segundo Hernandes Dias Lopes, expedientes como os objetos e práticas místicas “atraem multidões, mas não levam o povo à fonte da salvação”.

“Precisamos erguer nossa voz e dizer que esse misticismo é um outro evangelho, um falso evangelho”, conclui Lopes.

Por Jussara Teixeira para o Gospel+

domingo, 23 de setembro de 2012

Pastor Youcef Nadharkani escreve carta de agradecimento a cristãos de todo o mundo


O pastor iraniano Youcef Nadharkani, libertado da prisão em 8 de setembro, escreveu uma carta a todos os cristãos que o apoiaram em sua posição de manter a fé em meio ao cárcere imposto pelo sistema judiciário do país. Ele permaneceu preso por 1062 dias, pouco menos de 3 anos, pelo crime de apostasia e por pregar o evangelho a muçulmanos.

Na carta, Nadharkani comenta sobre a prova de fé por que passou. “Fui posto à prova, passei num teste de fé (…) Mas nunca senti solidão, eu estava o tempo todo consciente do fato de que não era uma luta solitária”, escreveu.

A prisão do líder religioso foi considerada ilegal por violar a a diretriz de liberdade religiosa iraniana e internacional.

O caso de Nadharkani ganhou o mundo e um clamor internacional foi levantado pela sua libertação. O Centro Americano para Lei e Justiça (ACLJ) realizou uma campanha que atingiu cerca de 3,1 milhões de contas no Twitter com notícias sobre sua prisão.

Outros organismos internacionais como a União Européia e o congresso norte-americano também atuaram pressionando o Irã por violar a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Apesar de ter sido oferecido por três vezes a Nadarkhani a oportunidade de retornar ao islamismo, o líder religioso nunca aceitou renunciar à fé cristã.

 Veja a carta do pastor Youcef Nadharkani divulgada pela ACLJ:

“Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e “Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade!… Salmo 115:1

Salaam! (A paz esteja com você!)

Eu glorifico e dou graça ao Senhor com todo o meu coração. Sou grato por todas as bênçãos que Ele me deu durante toda a minha vida. Sou especialmente grato por Sua bondade e proteção divina que estiveram presentes durante a minha detenção.

Eu também quero expressar a minha gratidão para com aqueles que, em todo o mundo, têm trabalhado por minha causa ou, devo dizer, a causa que eu defendo. Quero expressar a minha gratidão a todos aqueles que me apoiaram, abertamente ou em completo sigilo. Está tudo muito claro em meu coração. Que o Senhor te abençoe e te dê a Sua Graça perfeita e soberana.

Na verdade, eu fui posto à prova, passei num teste de fé que, de acordo com as Escrituras, é “mais preciosa do que o ouro perecível”. Mas eu nunca senti solidão, eu estava o tempo todo consciente do fato de que não era uma luta solitária, pois eu sentia toda a energia e apoio daqueles que obedeceram a sua consciência e lutaram para a promoção da justiça e dos direitos de todos os seres humanos. Graças a estes esforços, tenho agora a enorme alegria de estar de novo com minha maravilhosa esposa e meus filhos. Sou grato a essas pessoas através das quais Deus tem trabalhado. Tudo isso é muito encorajador.

Durante esse período, tive a oportunidade de experimentar de uma forma maravilhosa a passagem da Escritura que diz: “Porque, como as aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também por meio de Cristo transborda a nossa consolação.” [2 Co 1:5]. Ele confortou a minha família e lhes deu condições de enfrentar essa situação difícil. Em sua graça, Ele supriu suas necessidades espirituais e materiais, tirando um peso de minhas costas.

O Senhor maravilhosamente me conduziu durante os julgamentos, permitindo-me enfrentar os desafios que estavam na minha frente. Como a Bíblia diz: “Deus não nos deixa ser provados acima de nossa força…”.

Apesar de eu ter sido considerado culpado de apostasia, de acordo com uma certa interpretação da sharia, agradeço que o Senhor deu, aos líderes do país, a sabedoria para findar esse julgamento, levando em conta outros fatos. É óbvio que os defensores do direito iraniano e os juristas têm feito esforço importante junto às Nações Unidas para fazer cumprir a lei e o direito. Eu quero agradecer a todos aqueles que defenderam a verdade até o fim.

Estou feliz de viver em uma época em que podemos ter um olhar crítico e construtivo em relação ao passado. Isto permitiu que o surgimento de textos universais visando a promoção dos direitos do homem. Hoje, somos devedores desses esforços prestados por pessoas queridas que já trabalharam em prol do respeito da dignidade humana e passaram para nós estes textos universais importantes.

Eu também sou devedor àqueles que fielmente ensinaram sobre a Palavra de Deus, para que a própria Palavra nos fizesse herdeiros de Deus.

Antes de terminar, quero fazer uma oração pelo estabelecimento de uma paz universal e sem fim, de modo que seja feita a vontade do Pai, assim na terra como no céu. Na verdade, tudo passa, mas a Palavra de Deus, fonte de toda a paz, vai durar eternamente.

Que a graça e a misericórdia de Deus seja multiplicada sobre vocês. Amém!

Yousef Nadarkhani”

Por Jussara Teixeira para o Gospel+

Missionário Daniel Dantas



Daniel Dantas - Missionário local [RN] na cidade de Acari - Bairro Petrópolis.

Missionário Junior - Zona Norte, Natal, RN

Depoimento do Miss. Junior que juntamente com sua esposa Marli trabalham com moradores de rua na Zona Norte de Natal, RN. Homem de Deus, homem simples, mas de um enorme amor pelas almas perdidas. Esse amado irmão é da Igreja Batista de Novo Horizonte, Natal, RN e colabora com a Congregação Batista no loteamento Santa Cecília. Oremos por seu ministério e família.

sábado, 22 de setembro de 2012

Missionário Genilson



Relato missionário na 3ª Celebração Missionária - Natal, RN - Igreja Batista do Natal.

Grupo de louvor da Igreja Batista de Cidade Jardim

Violência na escola: também uma questão de espaço, ocupação e ação pessoal.

É comum nos depararmos com noticiários acerca da violência nas escolas. Não são poucos os casos que colegas professores sentiram e sentem na pele as consequências desse mal.

A falta de respeito, a violência verbal, o ser ignorado são exemplos de agressões rotineiras vivenciadas por professores e equipe técnica escolar. Mas, de onde vem tanta violência? O que leva um jovem a buscar na intimidação sua afirmação pessoal diante do grupo de convivência?

Alguns responderiam: as questões sociais; outros, a má formação familiar; e ainda outros, a falta de uma cultura de paz, bem como o ritmo da vida moderna com sua competitividade e selvageria. Como se observa, são inúmeros estímulos à violência e, de certa forma, a escola é impotente para lidar com a totalidade dos fatores acima expostos.

Se a violência não pode ser extirpada da sala de aula ou do pátio escolar como um todo, ela pode ser amenizada com algumas ações práticas. O espaço físico é um dos elementos que pode contribuir, e muito, para a diminuição de atitudes violentas no âmbito escolar.

A liberdade para correr e gastar energia em muito contribui para termos uma turma saudável e disposta ao aprendizado. Quando não existe espaço haverá necessariamente de se ter um maior controle sobre o pátio escolar. Uma solução para dificuldades com espaço podem ser os jogos coletivos ou não.

A estimulação de jogos de tabuleiros [dama, xadrez...] é uma boa sugestão para manter a mente e o corpo ocupados nos horários do intervalo. O uso da quadra, quando se dispõe deste recurso [bola, voleibol...], é também uma boa saída para o extravaso da garotada cheia de energia. A ausência dessas ações contribui para um permanente estado de tensão, que tende a ser extravasado de forma explícita ou não.

Além do espaço, o testemunho pessoal é outra ferramenta de grande importância no combate à violência escolar. Uma equipe técnica atuante, sensível às necessidades dos seus alunos, pode, em muito, fazer a diferença na vida da garotada. Em conversa com um colega professor ele me fez um relato que ilustra bem a intervenção positiva de um mestre na vida do seu aluno.

Conta o professor que em uma escola renomada na cidade do Recife um aluno foi denunciado por seus companheiros de classe como autor de um ato infracionário. O jovem colocou uma bomba junina no banheiro da escola e pichou a parede com a seguinte palavra de ordem: “Abaixo a burguesia”.  Quando abordado por seu professor logo ficou sem graça e, levado a refletir sobre seu ato, mudou drasticamente de postura.

Das muitas palavras ditas naquele encontro, uma em especial ficou no coração daquele jovem rico: “Se não se sente bem em ser o que você é, traga seus bens e entregue para os moradores de rua”. De cabeça baixa e em lágrimas o jovem se apresentou voluntariamente à coordenação da escola, pagou o prejuízo, mas foi afastado da comunidade. Passados alguns anos o professor encontrou-se ocasionalmente com seu ex-aluno, que lhe relatou haver trabalhado com jovens da FEBEM. O rapaz imprudente deu lugar a um homem maduro e consciente do seu papel social e em paz consigo mesmo.

A omissão é, sem dúvida, um pecado. Muito do que vemos hoje como violência na escola em parte se deve à falta de orientação de alguém próximo, cuja imagem suscite segurança e autoridade. A crise pela qual passa a família em nossos dias tem arruinado a vida de muitos jovens. Sem ter referencial no lar nossos jovens ficam à mercê da mídia, dos colegas, do mundo. Onde faltam pais, sobram aliciadores!

Fonte: 

O presente texto é fruto de uma conversa ocorrida entre os professores do Colégio Bereiano em nosso glorioso horário de intervalo. Esperamos que possa de alguma forma contribuir para  o debate sobre o tema. 

Jerônimo Viana

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Novo vídeo - Caçadores de Tróia.

Guiado por sua paixão de infância Heirich Schliemann, sonha em descobrir a antiga cidade de Tróia . Quando adulto Heinrich se torna um homem rico , o que lhe dá condições de mergulhar no mundo da arqueologia , iniciando uma incrível aventura em busca da antiga cidade Grega . Em meio a sua busca Sophia , uma linda jovem Grega , é prometida a Heinrich , Uma verdadeira História de aventura perigos e romance.

Veja o vídeo na página de vídeos do nosso blog.

Novo vídeo - Laurentino Gomes


Veja na página de vídeos o jornalista Laurentino Gomes falando sobre a importância da História para a construção da identidade do Brasil.

Laurentino é autor dos livros de sucesso "1808" e "1822". Em parceria com o projeto Educar para Crescer, elaborou um hotsite interativo sobre a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Confira, acessando: http://educarparacrescer.abril.com.br/1808/

Papiro que sugere que Jesus teria sido casado gera protestos de cristãos; Especialista afirma tratar-se de uma “fraude”


Nunca a ciência ou alguns que fazem ciências atacaram com tanta intensidade a figura de Jesus Cristo como em nossos dias. Em nome de uma pseudo conhecimento querem destruir nossa fé sem ter nada que a substitua. Como Cristo perturba esses corações insanos. Não foi atoa que o próprio Cristo afirmou:

Naquele mesma hora, ele exultou no Espírito Santo e disse: «Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar». E voltando-se para os discípulos em particular, disse-lhes: «Felizes os olhos que vêem o que vós estais vendo! Pois eu vos digo: muitos profetas e reis quiseram ver o que vós estais vendo, e não viram; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram». (Lc 10,21-24)
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A reação de cristãos à notícia de que um papiro com inscrições em copta (antigo idioma egípcio) traria indícios de que Jesus teria sido casado, foi manifestada com indignação.

O pastor Renato Vargens repudiou o alarde em torno da notícia, e afirmou que o que “impressiona é o fato de que existem cristãos que se deixam influenciar por uma bobagem deste nipe. Ora vamos combinar uma coisa? Cristãos que se deixam impactar por um pequeno fragmento de papel, negando assim, as Escrituras demonstram que nunca conhecerem a Cristo”.

O site da editora CPAD classificou o papiro como “fraude”, e ressaltou a importância de acreditar no que diz a Bíblia: “Diferentemente desses evangelhos apócrifos, confeccionados pelos gnósticos no segundo, terceiro e quarto séculos, os quatro Evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas e João – foram escritos ainda no primeiro século, sendo que dois deles foram escritos por dois dos 12 apóstolos de Cristo (caso de Mateus e João) e um outro foi redigido conforme os relatos ditados pelo apóstolo Pedro (caso do Evangelho de Marcos, o mais antigo dos quatro). Lembrando ainda que quando os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas já circulavam, o apóstolo João ainda era vivo. Por essa razão, esses foram os únicos Evangelhos aceitos pela Igreja Primitiva como fidedignos”.

Na mesma linha de desconfiança, o especialista Alin Siciu, papirologista da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, afirmou à agência de notícias Associated Press que a descoberta é uma farsa: “Eu diria que é uma fraude. A caligrafia não parece autêntica”, afirmou, fazendo também referências ao aspecto de limpeza do papel.

Karen King, professora da Escola de Teologia de Harvard que anunciou a descoberta, reconheceu que o papiro datado do quarto século d.C. não prova que Jesus tenha sido casado: “Esse novo Evangelho não prova que Jesus foi casado, mas nos diz que toda a questão só apareceu como parte dos inflamados debates sobre sexualidade e casamento”, pontuou.

Em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, o especialista em cristianismo antigo do Instituto de História da UFRJ e do Departamento de História da Unicamp afirmou que embora a veracidade do documento não possa ser comprovada, a pesquisadora Karen King merece crédito: “É difícil ter certeza sobre a autenticidade agora, mas ela tem excelente reputação e foi muito cuidadosa”, observou.

O bogueiro Hélio Pariz, de O Contorno da Sombra, ressaltou que a polêmica é inútil por não acrescentar nada realmente novo: “Muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte. Inutilmente, diga-se de passagem, mas fornecerá combustível gratuito à fervura requentada e recalcada das paixões anticristãs e antiortodoxas que grassam no mundo de hoje”.

Já o jornalista Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja e reconhecido como católico fervoroso, comentou a descoberta e a relevância do celibato para a crença católica: “Há vários indícios na Bíblia de que Jesus fosse celibatário, sim, e de que essa era uma orientação entre os primeiros divulgadores da fé cristã [...] Mas que fique claro: a divindade de Cristo não tem nenhuma relação com o seu celibato ou não, ainda que o tal fragmento de papiro fosse suficiente para combater as evidências em contrário. Assim, o pedacinho de papel é algo que não teria importância central ainda que se lhe pudesse dar fé histórica”.