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domingo, 14 de dezembro de 2025

Profeta Naum - Mensagem: O Senhor da história

  Introdução 

·        Sobre a história humana:

 

a.        Não são os homens que determinam os rumos da história.

b.       Deus é quem rege a história humana.

 

"Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta da língua." Prov. 16.1

 

c.       Diante do exposto podemos pensar da seguinte maneira: Já que Deus é quem controla tudo os homens não têm culpa dos descaminhos da humanidade.

 ·        Está tese está incorreta teologicamente porque ele ignora e anula o conceito bíblico de responsabilidade moral humana e o princípio do livre-arbítrio (em sua relação com a soberania de Deus).

·        A teologia cristã equilibra duas verdades que PARECEM OPOSTAS, mas são mantidas simultaneamente nas Escrituras:

 1.        A Soberania de Deus (Deus propõe)

 A Bíblia afirma a soberania total de Deus, ou seja, Ele é o Criador, Sustentador e Governante de todas as coisas (como visto em Provérbios 16:1).

 

  • Verdade: Deus é quem, em última instância, estabelece Seus propósitos e tem poder sobre o destino de tudo.
  • Implicação Incorreta do Argumento: Se levarmos isso ao extremo, anularíamos a humanidade, tornando-a meros robôs agindo sob um roteiro divino, sem mérito ou demérito.

 

2.        A Responsabilidade Moral Humana (O homem age)

 

A Bíblia ensina que o ser humano é criado à imagem de Deus, dotado de capacidade de escolha (livre-arbítrio, ainda que limitado após a Queda), e, portanto, é responsável por suas decisões.

 

Conceito Teológico

Descrição e Implicações

Livre-Arbítrio e Escolha

O ser humano não é forçado a pecar. A Bíblia sempre o chama ao arrependimento, o que pressupõe a capacidade de fazer escolhas (Deuteronômio 30:19, Josué 24:15). Os "descaminhos" (o mal, o pecado) não são atos divinos, mas sim o resultado da escolha humana de desobedecer a Deus (Romanos 5:12).

O Mal não é Criado por Deus

Teologicamente, Deus não é o autor do mal ou do pecado. Ele é perfeitamente bom e santo (Tiago 1:13). O mal é a ausência do bem ou a distorção da vontade de Deus, introduzido pela desobediência do ser humano e dos anjos caídos.

Juízo e Justiça

Se Deus fosse o único responsável pelas ações humanas, o conceito de Juízo Final e de Justiça Divina perderia o sentido. Deus julga as pessoas por suas obras porque elas são realmente responsáveis pelo que fizeram (Romanos 2:6-8).

A Vontade de Deus (Dividida)

Teólogos frequentemente distinguem entre a Vontade Decretiva (o que Deus determina que acontecerá, que é soberana) e a Vontade Preceptiva (o que Deus ordena, Seus mandamentos, que é frequentemente desobedecida).

 

Os descaminhos da humanidade vêm da desobediência à Sua Vontade Preceptiva, embora Deus, em Sua soberania, possa permitir ou usar as escolhas erradas (Vontade Decretiva) para cumprir Seus propósitos maiores (Gênesis 50:20).

 Reafirmando:

 ·        O livro de Naum nos apresenta essa verdade: OS ACONTECIMENTOS NA HISTÓRIA SÃO PRODUZIDOS POR DEUS SOB A RESPONSABILIDADE DOS HOMENS.

·        DEUS julgará Nínive por sua crueldade, tirania e crimes cometidos contra a humanidade.

 Aplicação para nossos dias.

 a.        A soberania de Deus é um consolo diante de um mundo que jaz no maligno [1 João 5:19].

 b.       É igualmente importante sabermos que por mais poderoso que seja o mal essas forças estão sob o controle do altíssimo.

 

·        Esta verdade está presente em Jó 1:12; Jó 2:6.

·        O Novo Testamento afirma que Jesus Cristo, o Filho de Deus, está acima de toda e qualquer força espiritual, celestial ou terrena - Colossenses 1:16; Mateus 28:18; Romanos 16:20.

 Primeiro ponto da lição

 

I.                       O juízo sobre Nínive é decretado pelo juiz de toda a terra [Na 1.1-15]

 ·        O profeta Naum exerceu seu ministério por volta do final do século VII a.C., um período que coincidiu com o auge do Império Neoassírio, antes de sua queda final em 612 a.C.

 

a.      Poder Militar e Brutalidade: O Império Assírio era conhecido por possuir um exército altamente organizado e profissional, sendo o maior e melhor preparado da Mesopotâmia. Sua política externa era marcada pela brutalidade e selvageria para com os inimigos, o que visava incitar o medo e persuadir à rendição sem luta.

b.     Expansionismo e Centralização: O império era centralizado na figura do rei, que era considerado intermediário entre os deuses e o povo (especialmente o deus Assur). Eles tinham uma ideologia expansionista, conquistando vastos territórios que se estendiam do Egito até os elamitas, e implementaram uma burocracia eficiente para administrar as províncias.

c.      Política de Deportação: Para evitar rebeliões, uma prática comum era a deportação e redistribuição dos povos conquistados por todo o império, diluindo o poder dos grupos e forçando a assimilação cultural.

d.     Riqueza e Tributos: A economia era baseada na agricultura, comércio e, principalmente, nos saques e tributos obtidos das regiões conquistadas, que financiavam suas contínuas campanhas militares.

·       Qual o objetivo de Naum ao declarar a destruição de um império que vivia seus melhores dias?

a.      Primeiro: Não apenas declarar o fim do império Assírio;

b.     Segundo: Exaltar o nome do Deus de Israel

c.      Terceiro: Antecipar os fatos com bastante antecedência para quando realizado redundasse em temor ao Senhor.

O período profético de Naum se situa entre 663 a.C. e 612 a.C. Isso significa que passaram 18 anos aproximadamente entre a profecia de Naum e a queda da cidade de Nínive.

·       Deste episódio podemos tirar lições preciosas sobre a natureza de Deus e Sua obra soberana na história.

1.     Deus é soberano – Na 1.1-6.

¹ Sentença contra Nínive. Livro da visão de Naum, da cidade de Elcos. #  A ira e a misericórdia de Deus ² O Senhor é Deus zeloso e vingador, o Senhor é vingador e cheio de ira; o Senhor toma vingança contra os seus adversários e reserva indignação para os seus inimigos. ³ O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado. O Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são a poeira dos seus pés.⁴ Repreende o mar, e ele seca; faz com que todos os rios fiquem secos. Basã e o Carmelo desfalecem, e as flores do Líbano murcham. ⁵ Os montes tremem diante dele, e as colinas se derretem.  A terra se levanta diante dele, sim, o mundo e todos os seus moradores. ⁶ Quem pode suportar a sua indignação? E quem subsistirá diante do furor da sua ira? A sua cólera se derrama como fogo, e as rochas são por ele demolidas. Naum 1:1-6

 

·        Esses versos exaltam o poder divino sobre a natureza e nações.

·        Outros textos que expõe o poder divino:

 

a.        Salmos 103.19 - ¹⁹ Nos céus, o Senhor estabeleceu o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo.

b.       Salmo 99.1 - ¹ Reina o Senhor; tremam os povos. Ele está entronizado acima dos querubins; abale-se a terra.

 

·        Ele julga as nações – v.2-3

 

² O Senhor é Deus zeloso e vingador, o Senhor é vingador e cheio de ira; o Senhor toma vingança contra os seus adversários e reserva indignação para os seus inimigos. ³ O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado.

 ·        Ele controla todas as forças da natureza – vs 3-6

 

³ O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado. O Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são a poeira dos seus pés.⁴ Repreende o mar, e ele seca; faz com que todos os rios fiquem secos. Basã e o Carmelo desfalecem, e as flores do Líbano murcham.

 

Problemas como o que aconteceu no RS, no Paraná e agora em São Paulo estão dentro da Sua vontade.

 

2.       Ele é protetor – Na 1.7

 

⁷ O Senhor é bom, ele serve de fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele. Naum 1:7

 ·        Promessa de consolo para Seu povo. Duas verdades transparecem nesse verso:

 

a.        Deus é Fortaleza no dia da angústia.

b.       Ele conhece os seus até para poder cuidar dos seus nos maus dias.

 

·        Isso significa que Deus é o lugar seguro onde as pessoas podem buscar proteção, força e amparo quando enfrentam dificuldades, sofrimentos ou momentos de aflição.

 

Um exemplo atual desta proteção divina:

 

O casal que teve sua casa poupada durante um tornado em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, por clamar a Deus é Ademilson de Araújo e Rosa Gonçalves.

 

A história, amplamente noticiada na época, relata que:

 

Ø  O evento ocorreu durante um tornado de categoria 3.

Ø  Enquanto o tornado atingia a cidade, Rosa estava dentro de casa. Ela buscou a Bíblia no escuro, levantou-a e clamou a Deus, pedindo proteção para ela e seu marido, Ademilson.

Ø  Apesar da força do vento ter causado grande destruição ao redor, derrubando a área externa da casa e árvores do quintal, a residência principal (que era de madeira) resistiu, e o casal saiu ileso.

Ø  E o puro e genuíno milagre e à sua fé.

 

·        A proteção de Deus gera consequências:

 

a.        Os que confiam no Senhor gozam segurança e paz - ⁷ O Senhor é bom – Há alguma dúvida acerca desta verdade?

 

ü  Para Judá a libertação dos Assírios deveria ser entendida como um ato de bondade de Deus.

 

b.       O que confiam no Senhor não precisam temer – Ele é fortaleza no dia da angústia.

 

3.       Ele é guerreiro – 1.8-12

 

⁸ E com uma inundação transbordante acabará de uma vez com o seu lugar; e as trevas perseguirão os seus inimigos. ⁹ Que pensais vós contra o Senhor? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia. ¹⁰ Porque ainda que eles se entrelacem como os espinhos, e se saturem de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca. ¹¹ De ti saiu um que maquinou o mal contra o Senhor, um conselheiro vil. ¹² Assim diz o Senhor: Por mais seguros que estejam, e por mais numerosos que sejam, ainda assim serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais. Naum 1:8-12

 

·        Nesses versos temos a imagem de um Deus em movimento.

·        Seus inimigos estão em aperto.

·        O foco principal é a destruição total da Assíria, representada por Nínive:

 

  • Destruição Total (v. 8-10): Deus declara que trará um "fim completo" a Nínive por meio de uma enchente avassaladora e perseguição aos seus inimigos nas trevas. A cidade será consumida como "palha seca" (v. 10), mostrando que não haverá possibilidade de se levantar contra Deus uma segunda vez. É um juízo definitivo.
  • O Plano Maligno Desfeito (v. 11): O profeta aponta para Nínive como o lugar de onde saiu o "que maquina o mal contra o Senhor" e que aconselha a iniquidade. O juízo de Deus é, portanto, uma resposta direta e justa contra a arrogância e o planejamento maligno da Assíria contra o povo de Deus e contra o próprio Senhor.

·        Fica claro que o Senhor e não o rei da Assíria é o grande guerreiro.

 

4.       Ele é disciplinador – 1.13-15

 

¹³ Mas agora quebrarei o seu jugo de sobre ti, e romperei os teus laços. ¹⁴ Contra ti, porém, o Senhor deu ordem que não haja mais linhagem do teu nome; da casa dos teus deuses exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepulcro, porque és vil. ¹⁵ Eis sobre os montes os pés do que traz as boas novas, do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos, porque o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado. Naum 1:13-15

 

·        Definitivamente o Senhor julga as nações.

·        Eles a usa como ferramenta de disciplina de acordo com a sua vontade - Isaías 10:5-6.

·        Deus usou os Assírios para punir Judá, contudo, agora, libertava o seu povo.

 

Governantes assírios

Reinado

Aflição

Significado e referência

 

Senaqueribe

 

705-618

 

Invadiu Judá

Sitiou Laquis e exigiu tributo ao rei Ezequias – 2Rs 18.13-16; sitiou Jerusalém [2Rs 18. 17-19.9]; O Senhor livrou Ezequias de Senaqueribe [2Rs 19.10-37].

Esar-Hadom

681-669

Exigiu tributo de Manassés de Judá

2Rs 19.37; sucessor de Senaqueribe ed 4.2.

 

·        Veja Isaias 10.12:

 

¹² Por isso acontecerá que, havendo o Senhor acabado toda a sua obra no monte Sião e em Jerusalém, então castigarei o fruto da arrogante grandeza do coração do rei da Assíria e a pompa da altivez dos seus olhos.

 

a.        Aqui o homem de Deus apresenta as razões da punição da Assíria.

b.       Se os irmãos tinham alguma dúvida que Deus odeia a soberba é só ler este verso.

 

II.                    O juízo sobre Nínive será aterrador – 2. 1-13

 

·        Naum fala de uma destruição avassaladora e narra literalmente a queda da grande cidade 18 anos.

·        . ¹³ Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos, e queimarei na fumaça os teus carros, e a espada devorará os teus leõezinhos, e arrancarei da terra a tua presa, e não se ouvirá mais a voz dos teus mensageiros.

 

a.        A questão aqui é quem livraria Nínive de tamanha destruição?

b.       O profeta ironiza as defesas de ninive – Vs 11-12.

 

·        Os alertas se sucedem:

 

1.       O destruidor já está a caminho – 2.1-4.

 

¹ O destruidor subiu contra ti. Guarda tua fortaleza, vigia o caminho, fortalece os lombos, reforça muito o teu poder. ² Porque o Senhor restaurará a excelência de Jacó como a excelência de Israel; porque os saqueadores os despojaram, e destruíram os seus ramos. ³ Os escudos dos seus fortes serão vermelhos, os homens valorosos estarão vestidos de escarlate, os carros como tochas flamejantes no dia da sua preparação, e os ciprestes serão terrivelmente abalados. ⁴ Os carros correrão furiosamente nas ruas, colidirão um contra o outro nos largos caminhos; o seu aspecto será como o de tochas, correrão como relâmpagos.

 

·        Os medos e caldeus marcharam sobre Nínive destruindo a cidadela inexpugnável.

 

2.       As defesas de Nínive e todo o seu poderio serão em vão – Na 2.5

 

Ele se lembrará dos seus valentes; eles, porém, tropeçarão na sua marcha; apressar-se-ão para chegar ao seu muro, quando o amparo for preparado.

 

Nínive era, na época, a capital de um vasto império e considerada praticamente inconquistável, sendo uma das cidades mais fortificadas e populosas do mundo antigo.

 

  • Muralhas Imponentes: A cidade era protegida por um sistema defensivo maciço, que incluía múltiplas muralhas (cinco, segundo algumas fontes), fossos e o próprio Rio Tigre. Algumas estimativas sugerem que a área cercada por muralhas tinha mais de 100 km².
  • Fortificações Reforçadas: As muralhas eram extremamente largas e altas, com torres espaçadas e portões fortificados (como a Porta de Mashki). A arqueologia moderna confirmou a grandiosidade e a complexidade dessas estruturas.
  • Preparação: A profecia em Naum 3:14 exorta ironicamente os ninivitas: “Reserve água para o tempo do cerco, reforce as suas fortalezas. Entre no barro, pise a argamassa, prepare a forma para os tijolos.” Isso indica que a cidade estava bem preparada para um longo cerco, com reservas de água e materiais de construção para reparos rápidos.

 

A frase profética "apressar-se-ão para chegar ao seu muro, quando o amparo for preparado" capta a desordem e a ineficácia de seus valentes. Apesar de toda a preparação (o "amparo preparado"), o ataque é tão repentino e devastador (como uma enchente, v. 8) que os valentes tropeçam em sua corrida para defender o que era tido como inabalável.

 

·        Como Medos e Caldeus Conseguiram Romper as Defesas?

 

A queda de Nínive ocorreu em 612 a.C. e foi o resultado de uma aliança militar formada por:

 

  1. Medos (liderados por Ciaxares).
  2. Babilônios/Caldeus (liderados por Nabopolassar).
  3. Outros aliados, como os citas e cimerianos.

 

·        A forma como eles conseguiu superar as defesas de Nínive é um dos grandes destaques do cumprimento profético:

 

ü  O Cerco Prolongado (Três Meses): O ataque começou com um cerco pesado em maio/junho e durou aproximadamente três meses.

ü  O Elemento Água: A profecia de Naum (1:8 e 2:6, que fala de uma inundação transbordante e “as comportas dos rios se abrirão”) é crucial. O registro histórico de Diodoro Sículo, corroborado por estudos modernos, sugere que um fator-chave para a queda foi uma grande enchente do Rio Tigre ou de um de seus afluentes.

ü  Rompimento das Muralhas: A inundação teria causado uma brecha na muralha maciça da cidade, ou enfraquecido tanto a fundação que ela desabou. Este colapso permitiu que as forças Medo-Caldeias invadissem a cidade que havia resistido ao cerco por tanto tempo.

ü  Destruição Total: Uma vez dentro da cidade, houve uma matança brutal, e Nínive foi saqueada e incendiada, exatamente como profetizado (Naum 3:13). A destruição foi tão completa que a cidade ficou escondida sob a terra por séculos.

 

Assim, o que a força militar humana não conseguiu fazer (romper as muralhas), a natureza, usada como instrumento da ira divina (como sugerido pela própria profecia), cumpriu, selando o destino da arrogante capital assíria.

 

3.       A queda de Nínive será completa – Naum 2:1-13

 

⁶ As portas dos rios se abrirão, e o palácio será dissolvido. ⁷ É decretado: ela será levada cativa, conduzida para cima; e as suas servas a acompanharão, gemendo como pombas, batendo em seus peitos. ⁸ Nínive desde que existiu tem sido como um tanque de águas, porém elas agora vazam. Parai, parai, clamar-se-á; mas ninguém olhará para trás. ⁹ Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não têm fim as provisões, riquezas há de todo o gênero de bens desejáveis. ¹⁰ Vazia, esgotada e devastada está; derrete-se o coração, e tremem os joelhos, e em todos os lombos há dor, e os rostos de todos eles se enegrecem. ¹¹ Onde está agora o covil dos leões, e as pastagens dos leõezinhos, onde passeava o leão velho, e o filhote do leão, sem haver ninguém que os espantasse? ¹² O leão arrebatava o que bastava para os seus filhotes, e estrangulava a presa para as suas leoas, e enchia de presas as suas cavernas, e os seus covis de rapina. ¹³ Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos, e queimarei na fumaça os teus carros, e a espada devorará os teus leõezinhos, e arrancarei da terra a tua presa, e não se ouvirá mais a voz dos teus mensageiros. Naum 2:1-13

 

·        No livro “Evidencias que exigem um veredito” [p. 370-379], de Josh McDowell apresenta uma série de evidência de que a profecia da destruição de Nínive ocorreu da forma como Naum profetizou.

 

Profecia de Naum

Evidência Arqueológica e Histórica

Naum 1:8: "No entanto, mediante uma enchente arrasadora acabará com a grande cidade de Nínive..."

Registro Histórico: O historiador grego Diodoro Sículo (embora posterior) relata que a queda de Nínive foi facilitada por uma grande inundação dos rios Tigre ou Khosr.

Naum 2:6: "As comportas dos rios se abrirão, e o palácio será derrubado."

Evidência no Local: Pesquisadores sugerem que chuvas excepcionalmente pesadas ou um aumento do nível do rio causaram uma brecha ou o enfraquecimento drástico das bases das muralhas maciças da cidade. Este colapso permitiu que os exércitos Medos e Babilônios, que cercavam a cidade, entrassem.

O Fim Repentino: A cidade era considerada inexpugnável e estava preparada para um longo cerco.

Registro Cuneiforme: O registro do cerco (como a Crônica Babilônica) mostra que Nínive caiu relativamente rápido (em cerca de três meses) após o início do ataque combinado em 612 a.C., sugerindo um fator externo (como a enchente) que comprometeu o sistema de defesa, pondo fim à resistência assíria.

 

Profecia de Naum

Evidência Arqueológica

Naum 3:13, 15: "...o fogo consumirá os seus carros. ... Ali o fogo te devorará..."

Camada de Cinzas: As escavações arqueológicas em Nínive revelaram uma camada espessa e extensa de cinzas e detritos queimados (incêndio intenso e generalizado) que datam precisamente de 612 a.C. Isso confirma que, após a invasão (facilitada pela água), a cidade foi sistematicamente saqueada e incendiada pelos exércitos Medo-Caldeus, cumprindo a profecia de sua total aniquilação pelo fogo.

 

·        O que aprendemos aqui?

 

a.        Que Deus é justo e castiga a iniquidade.

b.       Ainda que tardio seu juízo é certo.

c.        Se arrepender dos nossos pecados e buscar a Deus é o caminha certo para a restauração da nossa relação com o Criador.

d.       A paciência de Deus tem limite.

 

III.                  O juízo sobre Nínive é justo – naum 3. 1-19

 

·        Ao punir a Assíria Deus não cometeu nenhuma injustiça.

 

1.       Os pecados da Assíria.

 

Na 3. 1-4

Exploração e crueldade contra outros povos.

Na 3. 5-6

O castigo será proporcional ao pecado.

Na 3.7

Ninguém se compadecerá dela.

 

2.       Nínive é comparada a Nô-Amom – [Tebas] – Na 3. 8-11

 

·        Tebas no Egito era semelhante a cidade de Nínive - Cidadela poderosa;

·        Tebas caiu e foi saqueada pelos próprios Assírios;

·        Agora era a vez de Nínive – O castigo seria o mesmo – Na 3.8

 

És tu melhor do que Nô-Amom, que está assentada entre os canais, cercada de águas, tendo por esplanada o mar, e ainda o mar por muralha? Naum 3:8

 

3.       Deus destruirá o que parece indestrutível – Na 3. 12-17.

 

¹² Todas as tuas fortalezas serão como figueiras com figos temporãos; se os sacodem, caem na boca do que os há de comer. ¹³ Eis que o teu povo no meio de ti são como mulheres; as portas da tua terra estarão de todo abertas aos teus inimigos; o fogo consumirá os teus ferrolhos. ¹⁴ Tira águas para o cerco, reforça as tuas fortalezas; entra no lodo, e pisa o barro, pega a forma para os tijolos. ¹⁵ O fogo ali te consumirá, a espada te exterminará; consumir-te-á, como a locusta. Multiplica-te como a locusta, multiplica-te como os gafanhotos. ¹⁶ Multiplicaste os teus negociantes mais do que as estrelas do céu; a locusta se espalhará e voará. ¹⁷ Os teus príncipes são como os gafanhotos, e os teus capitães como os gafanhotos grandes, que se acampam nas sebes nos dias de frio; em subindo o sol voam, de sorte que não se sabe mais o lugar onde estão. Naum 3:12-17

 

·        Assim como no passado hoje os grandes impérios não são capazes de resistir ao Senhor.

·        Portanto nossa confiança deve estar em Deus. Sempre.

 

4.       Nínive nunca se levantará novamente – NA 3. 18-19

 

·        Naum 3:11: "Você também ficará escondida..."

·        O Desaparecimento: Após a destruição, Nínive foi abandonada e coberta pelo tempo, tornando-se uma lenda.

 

Foi apenas no século XIX que os sítios de Kuyunjik e Nebi Yunus, as ruínas da antiga Nínive, foram redescobertos e escavados, provando que a cidade ficou "escondida" por milênios.

 

 

Conclusão:

 

·        Devemos ter em mente que Deus é o Senhor da História.

·        Deus realizará cabalmente a sua vontade entre os homens.

·        Você crê nisto? Reconheça Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador e gozaras da sua proteção e amor incondicional.

 

Amém

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